RESUMO: O objetivo é apresentar a visão de Amartya Sen quanto à possibilidade da escolha social como um exercício comparativo e reflexivo com indivíduos comprometidos, tendo como ponto de partida a justiça como equidade de John Rawls. O argumento é o de que o agir por comprometimento e as várias identidades sociais estabelecidas pelos diferentes indivíduos durante suas vidas -considerando um conceito de indivíduo que não é o racional e autointeressado da Economia tradicional -são formas de desenvolver o pensamento seniano no que se refere ao processo de escolha social via raciocínio público, sem necessitar do conceito de racionalismo estrito como proposto na Economia.
Recebido em 27 de fevereiro de 2013. Aceito em 26 de fevereiro de 2014.
ResumoJohn Rawls fundamenta o utilitarismo na concepção de observador ideal presente nas teorias dos sentimentalistas escoceses do século XVIII, particularmente nas teorias de David Hume e Adam Smith. Como a tese do utilitarismo não é tão explícita e acessível na ótica de ambos os filósofos escoceses, pretendemos, no presente trabalho, confrontar a tese do espectador imparcial de Smith e a crítica de Rawls à concepção do observador ideal como fundadora do utilitarismo. Observamos maior abrangência para o espectador imparcial em relação ao observador ideal utilitarista nas escolhas morais.
AbstractJohn Rawls justifies the utilitarianism on the conception of ideal observer that is present on the theories of 18 TH century Scottish sentimentalists, particularly on the theories of David Hume and Adam Smith. As the thesis of utilitarianism is not so explicit and accessible on the views of both Scottish philosophers, we intend, in this paper, to confront the thesis of Smith´s impartial spectator and the critique of Rawls on the conception of ideal observer as the foundation of utilitarianism. We observe greater breadth to the impartial spectator in relation to the utilitarian ideal observer in moral choices.
O artigo considera a filosofia da ciência de Adam Smith na busca de argumentos a respeito da diferença entre os discursos morais e os discursos das ciências naturais. Essa diferença é proposta a partir dos princípios empregados por Smith nas suas teorias sobre os objetos científicos, os sentimentos morais e as riquezas das nações. Em decorrência, apresenta-se um entendimento acerca da ontologia científica de Smith, com destaque para os princípios de origem natural, os quais firmam a posição metafísica para a noção de liberdade, e o utilitarismo, que funda a Ciência Econômica.
Sugerimos, nesse trabalho, a investigação das concepções de Adam Smith e a de Francis Ysidro Edgeworth do utilitarismo. Ambas as concepções foram utilizadas para desenvolver a Ciência Econômica. Porém, também apresentaram as limitações da teoria econômica, cujas fronteiras vislumbradas pelos autores remetem para a necessidade de avaliar as ações e condutas humanas com teoria moral diferente do utilitarismo. Entendemos que a teoria moral de Adam Smith, esquecida pela história do pensamento econômico, se apresenta como alternativa e, em decorrência, uma ideia promissora para aperfeiçoar o estudo das ações e condutas ditas econômicas.
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