Este artigo explora os conceitos de performance, de Paul Zumthor, e existência, de Albert Camus. Na sequência, são rastreados, no texto poético das canções de Oswaldo Montenegro, especificamente no álbum De passagem, do ano de 2011, os sentidos existenciais performatizados abertos nas letras do artista em tela.
Este texto é dedicado à compreensão da designação de nação em Manoel Bomfim. A tese que sustenta essa concepção é a de que o Brasil se fez nação apoiado em todos os predicados necessários à sua consolidação (coesão social, amor à terra, amor à pátria e resistência) nos século XVI e XVII. O ânimo nacional, expressão utilizada por Bomfim para se referir à formação da pátria, manifestou-se em momentos específicos, a saber, durante a resistência à invasão francesa e, depois, à holandesa. Assim foi fundada a nação brasileira, na derrota dos invasores. O conhecimento da tradição resistente e fundadora da pátria – erguida no ânimo nacional e no suor derramado pelos herois da nação em sua defesa – Bomfim os recebeu dos escritos de Robert Southey. O ânimo nacional ganhou tonalidade nos escritos do autor em análise porque sua força repousa no sentimento, na paixão e no amor à pátria. A nossa proposta é expor os argumentos empregados por Bomfim que conferem sustentação ao aparecimento do fenômeno nacional, amparado no amor à pátria e que, depois, efervescerá as quatro revoluções do século XIX (época assinalada pela composição do Estado nacional brasileiro).
Este texto explora as categorias quilombismo, concebida pelo intelectual negro Abdias Nascimento, e canção, gênero híbrido composto por dois sistemas semióticos: poesia e melodia. O que se quer é apontar as relações entre quilombismo e canção. Para isso, toma-se como instrumento de abordagem a textualidade poética da sambista negra Dona Ivone Lara, por meio da lírica “Alguém me avisou”, analisada pelo quilombismo de Abdias Nascimento.
Este artigo tenciona examinar – a partir da obra A América Latina: males de origem, do pensador brasileiro Manoel Bomfim – as idéias de cultura, de identidades e de fronteira. A proposta de abordagem deste tema é levantada para que seja instigado o debate em torno da mestiçagem, tese capital que sustenta o projeto identitário de Bomfim na obra supracitada. Pois, o vislumbre do potencial identitário deste elemento, o mestiço, é necessário para que seja potencializada a cultura brasileira. Haja vista que essa discussão busca o reconhecimento do passado colonial ibérico, para que seja refletido o lugar do mestiço dentro da cultura e das identidades brasileiras. Desse modo, o que se quer é compreender como a articulação deste elemento, tão caro ao pensador brasileiro, o mestiço, pode contribuir para o levantamento de uma identidade brasileira que leve a cabo à concatenação de uma cultura nacional e que, por fim, tenha como ponto de partida a fronteira onde essa trama foi urdida, a América Latina.
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