INTRODUÇÃO: A dor lombar crônica (DLC) é uma síndrome que compromete negativamente a capacidade funcional dos indivíduos. OBJETIVO: Verificar se há diferença no nível de incapacidade autorrelatado entre pacientes alocados nos diferentes estratos de risco para desenvolver mau prognóstico na DLC. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo piloto, observacional e transversal. A amostra foi composta por 17 voluntários com DLC, provenientes de um Centro de Reabilitação Física universitário local. Os voluntários foram solicitados a responder dois questionários para avaliação do tanto do nível de incapacidade quanto para determinar o risco de mau prognóstico. O nível de incapacidade autorrelatado foi determinado pela Versão Brasileira do Índice Funcional de Oswestry (IFO). O risco para desenvolver mau prognóstico foi determinado pelo questionário STarT Back Screening Tool (SBST), baseado na influência dos fatores psicossociais, e os voluntários foram classificados em baixo (n=6), médio (n=6) ou alto (n=5) risco de mau prognóstico. O teste estatístico utilizado foi o Generalized Linear Model (GLzM), com α=0,05. RESULTADOS: O grupo de baixo risco apresentou incapacidade mínima e os grupos com médio e alto risco apresentaram incapacidade severa, porém observou-se diferença estatística no IFO apenas entre os grupos de baixo e alto risco. CONCLUSÃO: Houve diferença na incapacidade autorrelatada entre os estratos de risco de mau prognóstico, sendo a incapacidade significativamente mais alta no grupo alto risco em comparação com o baixo risco, sugerindo que os aspectos psicossociais impactam não só para o prognóstico, mas também o nível de incapacidade de pacientes com dor lombar crônica.
A estimulação diafragmática elétrica transcutânea (EDET) é uma modalidade da eletroterapia que utiliza estímulos elétricos rítmicos de curta duração e eletrodos de superfície, a fim de proporcionar a contração do principal músculo inspiratório, o diafragma. A presente pesquisa objetivou realizar uma revisão sistemática de literatura para verificar os desfechos da EDET sobre a força muscular inspiratória e expiratória e os parâmetros mais eficazes para aplicação da eletroestimulação. Esta revisão sistemática foi realizada de acordo com os critérios e recomendações indicadas para realização de revisões Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis. A análise dos artigos selecionados foi feita por dois autores, realizada de forma individual, caso houvesse discordância sobre a inclusão, um terceiro autor seria responsável pela inserção ou não de tal artigo nesta revisão. Os dados foram descritos de forma qualitativa e suas principais informações (autor, características da amostra, intervenção, tempo de intervenção e principais variáveis analisadas) apresentadas em forma de tabelas. Verificou-se que dentre os ensaios clínicos, a maioria aplicou EDET com frequência de 30Hz, largura de pulso de 1,2ms, tempo de subida de 0,7 segundos, frequência respiratória entre 14 e 15 rpm, com intensidade necessária para contração visível e duração de cada sessão de 30 minutos. Cinco dos 6 ensaios selecionados tiveram incremento significativo na PImáx e PEmáx. Esta revisão sistemática demostrou evidências que a aplicação da EDET proporciona desfechos favoráveis na força muscular respiratória em indivíduos saudáveis ou não. Além disso, destacou também quais foram os parâmetros mais eficazes para aplicação da corrente elétrica.
A obesidade é um distúrbio energético caracterizado pelo índice de massa corporal (IMC) superior a 30 Kg/m2 e pode advir de fatores comportamentais, genéticos e/ou ambientais. Acomete com maior frequência o sexo feminino e é fator de risco para patologias que afetam a fertilidade. A infertilidade é causada por uma perturbação no eixo hipotalâmico-hipofisário ovariano e dentre os tratamentos para tal aplica-se a perda de peso por meio de exercícios físicos e mudanças do comportamento alimentar. O objetivo do presente estudo foi desenvolver uma revisão sistemática para verificar a eficácia de intervenções físicas sobre a fisiologia do sistema reprodutor em pacientes obesas inférteis, a nível hormonal, metabólico e funcional. Foram utilizadas as bases de dados eletrônicos National Library of Medicine (PubMED), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico para pesquisar as palavras chaves em idioma português e suas respectivas traduções para o inglês correlacionando-as com “e” ou “and”. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados publicados a partir do ano de 2010 e que utilizaram exercício físico associado ou não a dieta sobre parâmetros reprodutivos de mulheres obesas inférteis. Dentre os resultados obtidos houve o aumento das taxas de implantação e ovulação e regularização hormonal. A conclusão da presente revisão sistemática foi que a perda de peso pode ser um fator coadjuvante no tratamento da infertilidade feminina e sugere que mudanças no estilo de vida quando associadas a outras técnicas garantem maior sucesso ao tratamento.
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