João Wanderley Geraldi possui graduação em LETRAS pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (1980), graduação em CIENCIAS JURIDICAS E SOCIAIS pela Universidade Federal de Santa Maria (1970), mestrado em LINGUISTICA (1978); doutorado em LINGUISTICA (1990); livre-docência em Análise do Discurso (1995) e Professor Titular (2003), pela Universidade Estadual de Campinas. Professor Aposentado, colaborador visitante da Universidade do Porto (Portugal), e de universidades brasileiras a convite. Atua principalmente nos seguintes temas: análise do discurso, estudos bakhtinianos e ensino de língua portuguesa. Faz parte do Conselho Editorial de várias revistas: Cadernos de Estudos Linguísticos (Unicamp). Palavras (APP/Portugal), Leitura: Teoria & Prática (ALB), Filologia e Linguística Portuguesa (USP), Educação & Realidade (UFRGS), Educação & Contemporaneidade (UNEB), Signo (UNISC), Letras (PUCCAMP), Espaço Pedagógico (UPF), Cadernos Camilliani (CUSC), Fórum Linguístico (UFSC).
O objetivo deste artigo é apontar a escrita como uma modalidade de linguagem gráfica e autônoma, em relação à oralidade, e apresentar algumas implicações pedagógicas para a organização do processo de ensino e de aprendizagem da escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental, à luz da psicologia histórico-cultural. Para situar a questão abordada e ajudar na discussão, busca-se subsídios teóricos na perspectiva histórica da escrita, por compreender que ela fornece contribuições valiosas para o estudo do signo linguístico e ajuda a esclarecer a confusão – também apontada na psicologia histórico-cultural – em torno da relação supostamente unívoca entre os aspectos oral e escrito dos signos. Por meio de uma revisão conceitual sobre o signo e a escrita, considera-se que a escrita é desenvolvida tanto na história da humanidade quanto na história de cada criança por meio de um processo de apropriação cultural cujo princípio é o uso simbólico do aspecto gráfico para expressar, trazendo à tona a discussão da maneira como hoje se concebe a escrita e a considera como objeto de ensino e de aprendizagem no contexto escolar para favorecer o desenvolvimento cultural das crianças.
RESUMO: Este trabalho tem o objetivo de problematizar o papel da educação escolar à luz do pensamento de Antonio Gramsci (1891-1937) e fazer uma discussão oportuna a este respeito considerando o atual estado da educação pública brasileira com base em avaliações de desempenho estudantil e algumas medidas de reestruturação, tendo em vista suas contradições e também princípios de Gramsci para uma educação popular. Uma revisão de literatura foi fundamental para discutir os principais conceitos que fundamentam este estudo, quais sejam: cultura, intelectuais orgânicos, escola única, educação humanista e ética na educação. A discussão conduz à elaboração de um pensamento a respeito da educação escolar pública com base em princípios educacionais, políticos e éticos para uma educação popular e humanista. .
CORRÊA, A. B.; BORTOLANZA, A. M. E. A produção textual como uma atividade discursiva e dialógica da criança: implicações da teoria histórico-cultural. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 7, n. 3, p. 50 -66, set./dez. 2018. Resumo: Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de Mestrado, em que a linguagem escrita é compreendida como um instrumento cultural complexo, capaz de possibilitar a interação verbal pela via do discurso. Tendo em vista que a capacidade de escrever textos tem papel determinante no desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade, nos propomos a eleger a produção textual e sua aprendizagem pela criança como um processo de apropriação de uma atividade discursiva de caráter dialógico, buscando apontar implicações pedagógicas para pensar a organização adequada do processo de instrução da escrita de textos nos anos iniciais do ensino fundamental, com foco na formação autora e leitora da criança. Situado na perspectiva histórico-cultural, partimos das concepções de Vigotski, Bakhtin e outros autores que dialogam conceitualmente sobre a linguagem, a enunciação e a prática de produção de textos, com foco na escrita como um instrumento de interação verbal. Os resultados apontam que as crianças aprendem a escrever textos como uma forma de dar significado ao mundo e, para isso, se envolvem em um processo dialógico de construção do discurso. Concluímos que um processo de instrução da escrita de textos, quando organizado de forma adequada para favorecer o desenvolvimento discursivo em contextos dialógicos, pode levar à aprendizagem e impulsionar o desenvolvimento, com foco na formação de crianças leitoras e autoras de textos. Palavras-chave: Produção textual; Anos iniciais do ensino fundamental; Dialogismo; Teoria histórico-cultural.Abstract: This article presents part of the results of a Masters dissertation, in which written language is understood as a complex cultural instrument, able to make verbal interaction possible through the discourse. With the perspective that the ability to write texts has a fundamental role in individuals and society development, we aim to consider the learning of textual production by child as an appropriation process of a discursive and dialogical activity, seeking to point out pedagogical implications to think the proper ways to organize the instruction process of texts writing in elementary school, focusing on child's formation as an author and a reader. Set in the historical-cultural perspective, we are based on the conceptions of Vygotsky, Bakhtin and other authors who dialogue conceptually about language, enunciation and text production practice, focusing on writing as an instrument of verbal interaction. The results point out that children learn how to write texts as a way of making meaning about the world and, for that goal, they get involved in a dialogically discourse construction process. We conclude that a child's text writing instruction process, when designed properly to favor discursive development in dialogical contexts, may drive to l...
Este artigo é parte de uma pesquisa de mestrado de abordagem histórico-cultural (CORRÊA, 2017) realizada com crianças de uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola do Triângulo Mineiro. O objetivo é discutir a descoberta e a apropriação da linguagem escrita da criança como a apropriação de um instrumento cultural de trocas verbais capaz de possibilitar a produção de enunciados singulares historicamente situados. Situado na perspectiva da teoria histórico-cultural, o estudo está fundamentado em conceitos de Vigotski, Leontiev e outros autores, como Bakhtin, Volochínov, Jolibert e Bajard. Aponta que as crianças se apropriam da escrita em seus usos e funções historicamente estabelecidos para produzirem suas expressões singulares por meio da composição de enunciados (textos) constituídos de símbolos e signos visuais.
Resumo: Este artigo constitui parte de uma dissertação de mestrado em que o desenvolvimento humano é compreendido em seu aspecto sóciohistórico, pois resulta de processos de apropriação de bens culturais historicamente constituídos em atividades mediadas pela linguagem, a qual, como atividade semiótica que se realiza por meio das modalidades de fala, possibilita a comunicação e a constituição das funções psíquicas superiores humanas, como a consciência. O objetivo é contribuir com uma discussão acerca do legado da Escola de Vigotski para a Ciência da Linguagem, buscando um aprofundamento sobre o papel constitutivo da linguagem na formação dos indivíduos e sua função reguladora. Situado na perspectiva histórico-cultural, este texto parte das concepções de Vigotski, Leontiev e Luria sobre o desenvolvimento humano e a linguagem verbal, com foco no papel do signo como meio para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores humanas. Apresentamos as implicações das ideias desses autores para a Ciência da Linguagem e ressaltamos que suas contribuições representam avanços revolucionários para os estudos no campo da linguagem e para o trabalho pedagógico com as crianças na escola, bem como para as investigações em contextos educacionais relacionadas ao desenvolvimento humano, à linguagem e à consciência. Palavras-chave: Linguagem. Desenvolvimento humano. Escola de Vigotski. Ciência da linguagem.Abstract: This article is part a Master's dissertation in which human development is understood in its socio-historical aspect as it results from the internalization processes of cultural assets, historically created in activities mediated by language which, as a semiotic activity materialized in forms of speech, enables communication and the development of human higher mental functions, such as consciousness. The aim is to contribute to a discussion about the legacy of Vigotski School for Language Sciences, seeking for a deeper comprehension about the constitutive
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