O artigo propõe uma revisão teórica sobre a arquitetura indígena no Brasil. Foram selecionados três biomas e três povos indígenas para a realização do estudo: Mata Atlântica e o povo Mbyá-Guarani, o Cerrado e o povo Kuikuro, Pampa e o povo Kaigang. A intenção de determinar um povo para cada bioma é compreender os diferentes sistemas, bem como a variedade de materiais disponíveis, soluções arquitetônicas, influência dos fatores climáticos e características culturais. o estudo foi desenvolvido no âmbito de uma disciplina dedicada ao estudo da Arquitetura Brasileira, que gradativamente vem incluindo em seus programas a produção dos povos autóctones, frente a matrizes curriculares que, por décadas, foram marcadas pelo eurocentrismo. A metodologia usada para realização desse estudo foi a pesquisa bibliográfica e estudos de casos, a dificuldade imposta pela escassez de materiais reflete a negligência com estes povos.
O tema deste artigo é o uso da fotogrametria associada a pesquisas histórico-documentais, tomando como caso de estudo o reconhecimento da cronologia de formação e transformação do perfil edificado em volta da Praça XV de Novembro e da Praça Carlos Gomes, localizadas no Quadrilátero Central de Ribeirão Preto (SP). Trata-se do conjunto onde a cidade foi fundada e que vem sendo modificado desde sua origem, em 1856, aos dias atuais. Os documentos fotográficos, cartográficos e textuais disponíveis capturam fragmentos da área com grandes lacunas temporais e, por isso, o reconhecimento cronológico das transformações urbanas e arquitetônicas da área solicita a exploração da própria matéria edificada como fonte informativa. Para tanto, foi realizado um exercício experimental de observação, organização e representação de dados obtidos por meio de documentos existentes (fotos e mapas) e pela Fotogrametria terrestre, com vistas a apresentar uma proposta metodológica de levantamento das edificações e verificar os resultados obtidos.
Este artigo trata das representações arquitetônicas de duas estações ferroviárias da Cia. Mogyana em Ri-beirão Preto, uma projetada por Ramos de Azevedo em 1917 e publicada no almanaque de 1927, e outra por Oswaldo Bratke em 1961, publicada na Revista Acrópole em 1966. Embora a primeira não tenha sido construída e da segunda tenha sido concluída apenas a primeira das três fases previstas, ambas participam da constituição do imaginário da cidade.
No abstract
O objetivo é apresentar uma forma de uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para documentar e analisar redes ferroviárias, tomando como exemplo o caso de Ribeirão Preto (SP). Há quatro ferrovias de valor histórico relacionadas ao café: Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, Ramal Dumont, Ramal Santa Thereza e Estrada de Ferro São Paulo e Minas. Dentre elas, o artigo trata da Companhia Mogiana, especificamente da Linha do Rio Grande e do Ramal do Sertãozinho, no trecho interno ao antigo Núcleo Colonial Antônio Prado. O método é baseado em pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Os dados foram sistematizados em SIG, que serviu como suporte para reconstituir a rede ferroviária do município ao longo dos anos, a partir de documentação cartográfica, bibliográfica, iconográfica e de vestígios materiais. Como resultados, tem-se um banco de dados espacializados, referentes a diferentes escalas e tempos, que viabilizam a compreensão sistêmica do patrimônio ferroviário. Como contribuição, o artigo evidencia a importância histórica de outros elementos do patrimônio ferroviário, para além das estações, trazendo reflexões acerca dos critérios empregados nas políticas de preservação dos bens culturais do município. A mesma sistemática pode ser empregada em outras localidades e conformar um SIG histórico-ferroviário em escala regional.
Este artigo objetiva apresentar a sistemática de cadastro de edificações de interesse histórico do Quadrilátero Central de Ribeirão Preto (SP) por meio de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com destaque para a inclusão das arquiteturas menores. O interesse pela preservação destas arquiteturas remonta ao ambiente italiano do final do século XIX, quando se discutiam as estratégias de proteção das ambiências pitorescas. Ganhou relevância com a Carta de Veneza, em 1964, que considerou como monumentos históricos não apenas as criações arquitetônicas grandiosas e isoladas, como também as obras modestas. No Quadrilátero Central, onde teve início a ocupação urbana, está concentrada a maior parte do patrimônio cultural tombado do município. Dentre as edificações tombadas, são marcantes as características monumentais, associadas ao café e a personagens da elite local, contrapondo-se às características singelas das arquiteturas de caráter menor. Ambas caracterizam a área como uma paisagem histórica urbana, essencialmente heterogênea, cuja preservação demanda estudos e cadastros sistemáticos. Com o objetivo de documentar e oferecer subsídios para sua preservação, entre 2016 e 2019, foi desenvolvido o projeto “Levantamento histórico-patrimonial do Quadrilátero Central de Ribeirão Preto (SP)”. Em 2019, nesse projeto adotou-se um SIG, que possibilitou o armazenamento, a espacialização, a classificação e o processamento de grande volume de dados das edificações de interesse histórico remanescentes na paisagem. A criação desse sistema abre possibilidade de aplicação a outros recortes territoriais, tanto do próprio município quanto de outros, bem como do delineamento de estratégias de preservação a partir de parcerias entre administração pública e universidades.
O artigo relata uma experiência de pesquisa no acervo de obras particulares do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto (APHRP), na qual são utilizados Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para cruzar dados provenientes de documentos primários, como plantas cadastrais, livros de impostos prediais e projetos de arquitetura. Além dos documentos de arquivo, são utilizadas como fontes da pesquisa edificações históricas remanescentes na paisagem atual. O SIG facilita esse diálogo entre arquivo e paisagem na medida em que apoia todas as informações e documentos sobre o espaço geográfico. Especificamente, apresenta-se uma sistemática de reconhecimento de antigos sistemas de numeração predial, apoiada em SIG, desenvolvida a partir da identificação de incompatibilidades no modo de consulta aos processos particulares do APHRP, derivadas das mudanças de endereçamento dos imóveis. O artigo pondera que este método aplicado ao recorte espacial da pesquisa, o Quadrilátero Central, viabiliza a geolocalização de projetos de arquitetura e pode ser replicado nos demais bairros da cidade de Ribeirão Preto e de outros municípios.
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