IP et al., em 2007 1 , realizaram uma metanálise com 15 estudos randomizados, para comparar a evolução de pacientes adultos, a contaminação bacteriana e os custos da aspiração traqueal aberta (ATA) versus a aspiração traqueal fechada (ATF). Não encontraram diferença significativa na incidência de pneumonia associada à ventilação pulmonar mecânica -VPM (oito estudos) e em relação à mortalidade (quatro estudos).Não foram possíveis conclusões sobre a saturação arterial de oxigênio -SaO 2 (cinco estudos), tensão arterial de oxigênio (dois estudos) e remoção de secreções (dois estudos). Os pacientes submetidos à ATF apresentaram uma redução significativa na freqüência cardíaca [4 estudos;33 (IC=10,87)] e na pressão arterial média [três estudos; RR=-0,43 (IC=-0,87-0,00)]; entretanto, na ATF, houve um aumento na colonização bacteriana [dois estudos; RR=1,51 (IC=1,12-2,04)] e esta apresenta um custo mais elevado. Com base nesta metanálise, não existem evidências de que a ATF seja superior à ATA.Comentário A aspiração traqueal é um procedimento de rotina em unidades de terapia intensiva de pacientes adultos, pediátricos e neonatais. Tem como objetivo remover as secreções da via aérea de pacientes submetidos à VPM, permitindo uma melhor ventilação pulmonar. Na ATA, pode ocorrer estímulo do reflexo vagal (pela introdução da sonda de aspiração na via aérea além do necessário), com conseqüente diminuição da freqüência cardíaca e constrição brônquica; derrecrutamento de algumas áreas pulmonares (pela utilização em excesso de vácuo); outras complicações hemodinâmicas e ventilatórias, como a queda do volume pulmonar e da saturação arterial de oxigênio (SaO 2 ), aumento da pressão positiva final intrínseca (auto-PEEP) 2 . Na ATF, o risco de queda da SaO 2 é menor, entretanto pode ocorrer redução do volume expirado, aumento do pico de pressão inspiratória, aumento da resistên-cia ao fluxo inspiratório e aumento da auto-PEEP durante o procedimento, dependendo do tipo de aparelho de VPM e do modo ventilatório utilizado 3 . Não existem evidências sobre a supremacia entre ATA e ATF. A ATF apresenta menos efeitos adversos, mas a sua eficácia parece ser menor 3 . Entretanto, os efeitos adversos da ATA (queda de SaO 2 e derrecrutamento alveolar) podem ser revertidos pela ventilação com bolsa auto-inflável ou após o retorno do paciente ao suporte ventilatório. Para pacientes com excesso de secreção nas vias aéreas, a ATA pode ser mais eficaz 3,4 . Independentemente do sistema de aspiração utilizado, é importante a monitorização dos sinais vitais e da curva pressão/volume durante e após a aspiração traqueal para minimizar os efeitos indesejados deste procedimento. Ginecologia E E E E ESTATINAS STATINAS STATINAS STATINAS STATINAS NANA NA NA NA SÍNDROME SÍNDROME SÍNDROME SÍNDROME SÍNDROME DOS DOS DOS DOS DOS OVÁRIOS OVÁRIOS OVÁRIOS OVÁRIOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS POLICÍSTICOS POLICÍSTICOS POLICÍSTICOS POLICÍSTICOSEm 2006, Duleba et al.1 publicaram o primeiro estudo demonstrando que a sinvastatina exerce importante ação antiandrogênica; no...
Trata-se de questão controversa e polêmica, principalmente pela escassez de estudos de longa duração, randomizados, duplo-cegos e controlados com placebo.Após a publicação do estudo WHI (2002) 1 , ocorreu aumento considerável na prescrição de isoflavonas de soja, pois o referido ensaio clínico randomizado constatou que a terapêutica hormonal da menopausa contendo estrogênio conjugado eqüino e acetato de medroxiprogesterona, ministrada de forma contínua, provocava maior risco de câncer de mama e tromboembolismo. A partir de então, as isoflavonas passaram a ocupar uma alternativa terapêutica, principalmente em mulheres após a menopausa com sintomatologia hipoestrogênica.Entretanto, o impacto clínico do uso das isoflavonas ainda revela resultados conflitantes. Assim, em relação às mamas, Wood et al. (2006) A mesma controvérsia tem sido apontada para os efeitos das isoflavonas sobre a função cognitiva, ossos e perfil lipídico em mulheres após a menopausa 3 . Assim, frente a esse impasse e, como as evidências sobre a prescrição de isoflavonas carecem de estudos com adequado grau de recomendação, a American Heart Association (AHA) publicou em 2006 um aconselhamento visando esclarecer as repercussões das isoflavonas de soja, não só para a saúde cardiovascular, mas também para outros efeitos clínicos, a partir da avaliação de 19 estudos randomizados, dando destaque para os seguintes resultados:1. o impacto foi nulo para o HDL-colesterol, LDL-colesterol, triglicerídeos, lipoproteína (a) e pressão arterial; 2. não se observou melhora dos sintomas vasomotores da menopausa; 3. os resultados foram controversos no tocante à perda da massa óssea após a menopausa; 4. a eficácia e segurança na prevenção ou tratamento dos cânceres de mama e de endométrio ainda não estão estabelecidas; 5. e, em relação aos efeitos adversos, a AHA expressou muita prudência.Como conclusão, a AHA sugere que tanto o uso de suplementos de isoflavonas nos alimentos como em pílulas não deve ser recomendado; e mais: que muitos produtos de soja considerados benéficos para a saúde cardiovascular teriam suas ações baseadas no alto conteúdo de gorduras polinsaturadas, fibras, vitaminas, minerais e baixo conteúdo de gordura saturada 4 . Essas constatações destacadas no aconselhamento da AHA devem servir de alerta na prescrição, além de estimular a realização de mais estudos controlados de longa duração, com o propósito maior de esclarecer o real impacto clínico das isoflavonas de soja.
OBESOS OBESOS OBESOS OBESOS OBESOSUm dos principais impactos da epidemia de obesidade entre crianças americanas é o aparecimento precoce de diabetes mellitus tipo 2. O estudo de Sinha et al 1 avaliou a prevalência de tolerância à glicose diminuí-da (TGD) numa amostra multi-étnica de 167 crianças e adolescentes obesos, submetidos a teste oral de tolerância à glicose. Além da glicemia, foram dosados alguns hormônios e calculados índices para avaliar função de célula beta e resistência à insulina. A prevalência de TGD foi de 25% e 21% das crianças e adolescentes, respectivamente, e 4% dos últimos apresentaram diabetes. Insulina e peptídeo-C pós-sobrecarga foram mais elevados nos adolescentes com TGD, mas não nos diabéticos, os quais apresentaram queda da razão entre os incrementos da insulinemia/glicemia aos 30. Na regressão multivariada, a resistência à insulina foi o melhor preditor de TGD. Chama-se a atenção para prevalência alarmante de TGD nestes jovens e sugere-se que a resistência à insulina seja o grande fator implicado na sua gênese. A função da célula beta está relativamente preservada nesta fase da história natural da doença e, no momento em que ocorre falência das célu-las beta, há eclosão do diabetes.Comentário Este estudo é de grande relevância no âmbito clínico e da saúde pública, alertando sobre a epidemia de obesidade que afeta crianças e adolescentes americanos. Além dos danos sociais e psicoló-gicos que acarreta, a obesidade é fator de risco para uma série de distúrbios orgâni-cos desencadeados pela resistência à insulina. Doenças que compõem a sín-drome metabólica, característica do adulto em idade avançada, passam a se manifestar mesmo em crianças obesas. Dentre estas, é enfatizada a ocorrência prematura da intolerância à glicose. Também nos faz refletir sobre a importância relativa da história familiar de diabetes nestes jovens diante do impacto tão deletério da obesidade. A freqüência de antecedentes familiares não difere entre aqueles que apresentam ou não TGD, o que sugere que o componente genético perde em importância para a intolerância à glicose em grupos de alto risco como o da obesidade grave. Os achados hormonais e índices indicativos de função da célula beta e efeito nos tecidos-alvos permitem acompanhar a história natural do diabetes tipo 2. O fator idade, responsável por deterioração da sensibilidade à insulina, não está presente nesta faixa etária. Assim, é razoável supor que a resistência à insulina nestes jovens seja atribuída ao excesso de adiposidade corporal. O tecido adiposo, especialmente o visceral, tem sido incriminado no distúr-bio de captação tecidual de glicose de indivíduos obesos. Os achados reforçam a teoria de que a resistência à insulina precede a deficiência deste hormônio. A boa notícia advinda desta conclusão é que este fator etiopatogênico pode ser tratado. Tratamento, neste contexto, refere-se à prevenção da evolução da TGD para o diabetes tipo 2. Estudos epidemiológicos recentes
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