O Planejamento Estratégico Situacional (PES) torna-se uma ferramenta para a criação de práticas colaborativas, sendo utilizado como estratégia principal na perspectiva da elucidação dos problemas encontrados no espaço social na busca da assistência qualificada. Este estudo teve como objetivo descrever a experiência de alunos do PET-Saúde Interprofissionalidade em realizar um PES no Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas (CAPS ad). Trata-se de um estudo descritivo, realizado no período de julho de 2019 a fevereiro de 2020, no qual oito discentes conheceram a infraestrutura, os profissionais da Unidade de Saúde, usuários atendidos, atualizaram os prontuários quanto aos dados sociodemográficos e à saúde atual e realizaram atividades. Ao longo do estudo, os universitários executaram o PES em quatro momentos: no explicativo, identificaram-se os problemas e as necessidades relacionados ao atendimento na Unidade de Saúde; no normativo, foram elencados os objetivos para solucionar os problemas identificados; no momento estratégico, foram definidas as barreiras para o planejamento adequado das atividades e, no tático-operacional, foram realizadas ações como a horta comunitária, com palestra explicativa, a roda terapêutica sobre o Setembro Amarelo e as salas de espera sobre diversos temas. A realização do PES no CAPS ad qualificou a assistência desenvolvida aos usuários, permitiu o conhecimento da Unidade, aprofundou o conhecimento teórico sobre o assunto e possibilitou uma base de trabalho mais efetiva para a equipe de saúde. Foi possível conhecer o foco de trabalho do grupo PET-Saúde Interprofissionalidade, identificando forças desestabilizadoras externas e internas que operam no contexto (problemas de estrutura física, desarmonia entre a equipe, ausência de um Projeto Terapêutico Singular planejado de forma colaborativa), favorecendo a visualização das prioridades a partir do levantamento de dados, dos problemas e das necessidades. Os alunos, neste processo, puderam se integrar a uma realidade específica, identificar e estudar problemáticas buscando resolvê-las de maneira interprofissional por meio do trabalho em equipe e de práticas colaborativas.Palavras-chave: Saúde Mental. Avaliação em Saúde. Educação Interprofissional.
Objetivo: Compreender as percepções dos integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) sobre o conceito e contexto da “interprofissionalidade”, tendo em vista a relevância da temática no meio acadêmico e profissional. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo realizado por meio de uma entrevista em profundidade na qual foi utilizado um dispositivo eletrônico para a gravação e posteriormente, a entrevista foi transcrita e submetida para a técnica de Análise de Conteúdo Mecanizada Lexical com o auxílio do software IRAMUTEQ que resultou em um corpus. O segmento de texto definiu cinco classes divididas em dois eixos. Resultados: O corpus geral foi constituído por 12 textos, separados em 142 segmentos de textos (ST) com aproveitamento de 91 ST (64,08 %). Emergiram 5.094 ocorrências (palavras, formas ou vocábulos), sendo 864 palavras distintas e 413 com uma única ocorrência. Os segmentos de texto foram dimensionados e classificados na Análise da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), a qual definiu cinco classes divididas em dois eixos. O eixo 1, denominado constituição e práticas da interprofissionalidade, composto pela classe 05 e; tem-se a discussão dos significados da dimensão prática sobre a interprofissionalidade apresentando as ações e sua composição; subeixo 1.1, chamado dimensão prática da interprofissionalidade, que constitui-se pelas classes 04 e 01; eixo que está relacionado com a conduta das ações a serem realizadas; e o eixo 2, denominado conceitos e funções da interprofissionalidade, formado pelas classes 02 e 03. Conclusão: Constatou-se que o desenvolvimento do PET-Saúde, fundamentado na educação interprofissional, contribui para uma melhor formação em saúde, com integração curricular, diversificação de cenários de aprendizagem, articulação da universidade com os serviços de saúde, dimensão ética, humanista e crítico-reflexiva dentro de uma compreensão ampliada de saúde.
A dependência química do álcool apresenta fatores limitantes ao tratamento, como a ocorrência de recaídas, falta de adesão terapêutica, transtornos neurológicos associados ou decorrentes do etilismo e efeitos sinérgicos, tóxicos ou nulos do álcool. O presente estudo teve como objetivo identificar as interações potenciais entre medicamentos e medicamento-álcool em pacientes com tratamento de dependência química ao álcool atendidos por um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas. Desta forma foi realizado um estudo observacional do tipo transversal, descritivo, desenvolvido durante experiências vivenciadas no Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde, temática Interprofissionalidade. Foram avaliados os dados de 31 pacientes a partir da análise dos prontuários, bem como a avaliação do livro de registros de dispensação de medicamentos psicotrópicos. Verificou-se que os pacientes atendidos na unidade eram em sua maioria do sexo masculino e com idade entre 19 a 59 anos, 48,4% eram tabagistas e 58,0% fazem uso de drogas ilícitas. Identificou-se 41 potenciais interações medicamentosas (IM), bem como a ocorrência de interações entre o álcool e os medicamentos prescritos. A avaliação das prescrições, bem como do perfil desses pacientes, demonstrou a importância de se realizar um acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes alcoolistas, que estão sujeitos a inúmeras reações resultantes das IM e interações de medicamentos com o álcool, evitando situações de insucesso terapêutico, além de minimizar os eventos adversos que podem ocorrer.
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Objetivo: explanar as vivências de graduandos do segundo ano de medicina, relativas à implantação do projeto de intervenção em saúde mental em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Jequié, Bahia, Brasil. Metodologia: trata-se do relato de experiência, evidenciando a construção do projeto de intervenção da disciplina Práticas de Integração Ensino, Serviço e Comunidade e os resultados alcançados na USF. Foram realizados acompanhamentos das atividades: visitas domiciliares, palestras em sala de espera, Práticas Integrativas e Complementares, feira de saúde, e matriciamento; complementando o estudo, foi utilizada a ferramenta Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e a capacitação dos profissionais de saúde para uso posterior da ferramenta na comunidade. Resultados: no contexto dos discentes, o vínculo com a comunidade possibilitou o conhecimento do cotidiano dos pacientes, em seu âmbito biopsicossocial, e contribuiu para a formação médica humanizada. Os profissionais demonstraram interesse na melhoria dos serviços oferecidos, embora houvesse uma resistência na operacionalização das atividades na rotina da unidade. A população que participou das atividades propostas avaliou-as de forma positiva, apesar da baixa adesão, limitando o alcance das intervenções. Conclusão: a experiência vivenciada mostrou-se benéfica para a consolidação de uma nova forma de cuidado à saúde mental dos pacientes da USF, consistindo na integração ensino-serviço-comunidade.
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