Resumo Introdução Periculosidade e insalubridade são características do processo de trabalho em um estaleiro. Objetivo Conhecer a percepção que trabalhadores de um estaleiro tinham sobre riscos a que estavam expostos, especialmente os relacionados a metais, e quais estratégias desenvolviam para lidar com os riscos percebidos. Método Pesquisa qualitativa com realização de entrevistas semiestruturadas, com 14 trabalhadores que atuavam diretamente expostos a metais em um estaleiro no Rio de Janeiro. O roteiro abordou questões relacionadas ao processo trabalho/saúde, riscos, acidentes de trabalho e estratégias defensivas. Realizou-se uma análise temática interpretada à luz da Psicodinâmica do Trabalho. Resultados Percepções sobre: organização do trabalho, riscos de acidentes, problemas de saúde relacionados ao trabalho e riscos dos metais. Estratégias defensivas identificadas: religiosidade, menosprezo dos perigos, submissão e passividade, controle, negação, cooperação/confiança, racionalização e uso de drogas no trabalho. Constatou-se que os trabalhadores detinham poucas informações técnicas sobre os perigos da exposição aos metais e somente trabalhadores mais antigos reconheciam os metais presentes nos processos de trabalho. Conclusão A percepção dos trabalhadores sobre os riscos está baseada na prática, deduções e conversas com os colegas. Quanto aos metais, a maioria afirma não receber informações a respeito, assim como não conseguem identificar a que metais estão expostos.
informação sobre o artigo Historial do artigo: Recebido a 27 de abril de 2015 Aceite a 30 de junho de 2015 On-line a 7 de dezembro de 2015 Palavras-chave: Diabetes Estudos observacionais Qualidade de vida Propensity scores r e s u m o Objetivos: O estudo, realizado em doentes diabéticos, teve como objetivo descrever as comorbilidades e complicaç ões associadas à diabetes, e caracterizar a frequência com que os doentes diabéticos fazem autovigilância da sua doença. Adicionalmente, pretendeu-se caracterizar a qualidade de vida do doente diabético, bem como os fatores que a influenciam. Métodos: Estudo observacional transversal. Foram convidadas a participar neste estudo 800 farmácias, com cobertura geográfica a nível nacional. Utentes das farmácias aderentes, com uma prescrição para uso próprio de, pelo menos, um medicamento com indicação para a diabetes (grupo A10 da classificação ATC da Organização Mundial de Saúde [OMS]), foram convidados a participar no estudo, através do preenchimento de 2 questionários. A avaliação dos fatores que influenciam a qualidade de vida foi efetuada através da modelação em 2 fases utilizando propensity scores. Resultados: Duzentas e onze farmácias aceitaram participar no estudo (26,4%). Foram recrutados 1.479 doentes diabéticos adultos, 53,7% do sexo feminino e com idade média de 64,1 anos. Neuropatia (27,3%), retinopatia (22,4%) e nefropatia (11,9%) foram as complicaç ões associadas à diabetes mais frequentemente reportadas. Na maioria dos doentes, a autovigilância da glicemia foi referida com frequência superior a uma ou 2 vezes por mês. Em cerca de 28% dos casos, a autovigilância dos pés nunca ou raramente foi efetuada e 27% dos doentes declarou nunca ter feito uma consulta de oftalmologia. Análises à glicemia e hemoglobina glicosilada foram realizadas anualmente em 25% dos participantes. A maioria dos doentes fazia terapêutica com antidiabéticos orais (ADO). O questionário ADDQoL foi preenchido por 1.151 participantes. A pontuação obtida revelou que o impacto ponderado da diabetes na qualidade de vida é percecionado como negativo. As variáveis que influenciam a qualidade de vida foram: nefropatia (Odds Ratio [OR] = 2,2 [intervalo de confiança 95% {IC95%}: 1,28-3,86]), toma de insulina (OR = 2,2 [IC95%: 1,35-3,50]), idade (OR = 1,9 [IC95%: 1,21-3,05]), retinopatia (OR = 1,8 [IC95%: 1,12-2,91]) e exercício físico (OR = 0,5 [IC95%: 0,33-0,83]). * Autor para correspondência. Correio eletrónico: zilda.mendes@anf.pt (Z. Mendes). http://dx.
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