As fontes visuais são recursos operacionais para o ensino de História. A proposta deste trabalho passa pelo debate da memória, da educação patrimonial, da História Visual e dos estudos de gênero. Toma-se como objetos empíricos uma seleção de quadros históricos de Moacyr Freitas e de Antônio Parreiras. As pinturas de Freitas têm como objetivo tratar de temas debatidos no campo da História de Mato Grosso, em articulação com o Instituto Histórico. Os quadros históricos de Antônio Parreiras trazem os embates de mercado, de concepção de história, de contexto de época e de arte. Ambos os artistas, em temporalidades e lugares diferentes, sinalizam um forte discurso que construiu lugares de mulheres e de homens, especialmente aqueles que se consagraram como heróis nacionais.
Resumo: O presente artigo aborda a Lei Maria da Penha sob o prisma do debate da violência contra a mulher. A violência é tratada sob aspectos culturais e historicamente estabelecidos nas relações de poder entre homens e mulheres. A Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, revela-se parcialmente alheia aos debates mais recentes dos estudos feministas ao considerar o sexo biológico definidor do gênero. Fez-se importante apresentar o surgimento e andamento das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher que sofre violência. Em especial, focalizamos Mato Grosso. Apresentamos os antecedentes da lei a partir dos juizados especiais e decisões judiciais a partir da lei.
Palavras-chave:Lei Maria da Penha; gênero; violência; Mato Grosso.Abstract: This paper addresses the Maria da Penha Law in the light of the discussion of violence against women. Violence is treated under cultural aspects and historically established power relations between men and women. Law 11.340 of August 7, 2006, it is revealed partially foreign to most recent discussions of feminist studies to consider the defining biological sex of the genre. There was important to present the rise and progress of the Special Police Departments for Assistance to Women suffering violence. In particular, we focus on Mato Grosso. Here is the background of the law from the special courts and judicial decisions from the law.Keywords: Maria da Penha Law; gender; violence; Mato Grosso.
IntroduçãoEste artigo apresenta algumas reflexões sobre a Lei Maria da Penha. Busca fazer uma análise historicamente contextualizada de um período, mas também de alguns antecedentes legais e culturais que mobilizaram a sociedade e acaloraram importantes debates feministas, como as questões da violência contra a mulher, as relações de dominação/submissão embasadas em uma suposta fragilidade natural das mulheres, as medidas governativas paliativas e as medidas judiciais que visavam conter ou minimizar tais problemas. Focalizamos particularmente Mato Grosso para o estudo de caso.
Este trabalho busca analisar mudanças discursivas construídas durante as décadas de 1970, 1980 e 1990, em torno de questões do envelhecimento. Nestas três décadas a velhice foi colocada como um problema devido ao crescimento populacional, que ampliara a expectativa de vida em contraste com os índices de natalidade. A preocupação deste crescimento, que estaria a transformar países capitalistas em países “de velhos”, mobilizou vários segmentos sociais no sentido de garantir “qualidade de vida”. O Brasil é contemporâneo deste movimento que tira o “velho” da invisibilidade, passando pelo processo da cidadania, e o constitui como sujeito idoso “autônomo”. O gênero construiu importante divisor de comportamentos de uma geração que envelheceu.
Este artigo objetiva apresentar os resultados de um estudo sobre a vida da cuiabana Bernardina Maria Elvira Rich, mulher, negra, professora, editora, membro-fundadora da Federação Matogrossense pelo Progresso Feminino. Alguns aspectos da biografia de Bernardina são focalizados aqui para discutir as sinuosidades do racismo nos tempos que sucederam a “abolição da escravatura” e a interseccionalidade de gênero.
Resumo: A historiografia é impregnada dos sentidos da universalidade do masculino e do branco. Para desconstruir ou questionar as violências, que são também imagéticas, apresento parte de uma pesquisa que toma como fonte o acervo dos quadros históricos de Moacyr Freitas arquiteto e desenhista, autor de telas que representam fatos da história de Mato Grosso. Os quadros estão no Museu Histórico de Cuiabá e alguns foram reproduzidos em livro didático. As duas pinturas selecionadas para a construção deste artigo são as únicas do acervo pesquisado que trazem mulheres como protagonistas: A paz com os Guayacurus e Rosa Boróro. Por intermédio dessas obras, é possível desenvolver debates étnico-raciais e de gênero.
O presente artigo pretende expor os debates presentes inicialmente no Centro da Mulher Brasileira (CMB), fundado em 1975, para mostrar as tendências do feminismo ali retratadas e analisar como o feminismo esteve presente na revista de informação semanal Veja, durante o ano de 1975, fazendo um contraponto com as discussões presentes no CMB na época. Entendemos que as tendências expostas no CMB foram influenciadas pelo momento histórico brasileiro e mundial, seja pelos debates feministas que aconteciam no exterior e que foram introduzidos no movimento, principalmente por mulheres que retornaram do exílio, ou pela militância de sócias que participavam da resistência à ditadura militar. A revista Veja expõe valores predominantes de uma época, todavia apresenta referências tímidas e por vezes preconceituosas sobre o feminismo.
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