Assunto dos mais interessantes, a hipsarritmia é ainda pouco conhecida em sua etiopatogenia. Em 1841, West publicou a primeira descrição clínica de uma forma singular de epilepsia, caracterizada pela flexão da cabeça, reviramento dos olhos e perda da consciência, em criança com acentuado retardamento motor. Em 1849, Newham, citado por Bower e Jeavons 1 , descreveu o quadro clínico característico dos espasmos em flexão, chamando a atenção para o fato dos pacientes serem retardados mentais. Em 1925, Azal e Moro, segundo Bower e Jeavons x , denominaram a síndrome de "Blitzkrämpfen" e "Salaamkrämpfen".Gibbs e Gibbs 8 , em 1952, destacaram um tipo particular de traçado eletrencefalográfico que denominaram de hipsarritmia (de hipsus -altura), em cuja sintomatologia correspondia aos espasmos em flexão da criança. A expressão fêz fortuna e logo despertou grande interêsse, com avultado número de publicações a respeito. Hess e Neuhaus 10 , em 1952, também descreveram êsses aspectos eletrencefalográficos, relacionando-os às crises de "Blitz, Nick e Salaamkrämpfen".Em 1953, Gastaut e Roger 6 designaram de "dysrythmie majeure" o aspecto eletrencefalográfico característico dos espasmos em flexão. Druckman e Chao 4 , em 1955, caracterizaram um tipo de crise que chamaram de "espasmos em massa", consistente na súbita e intensa contração da maior parte da musculatura corporal, geralmente com flexão e adução dos membros, como a dobrar o corpo; tais ataques assemelhavam-se, no dizer dos próprios autores, ao reflexo de Moro exagerado; outros, menos freqüentes, eram em extensão, a lembrarem os fenômenos de rigidez de descerebração. Não é difícil entender que, com variações de pequena monta, cuidaram os autores citados, da mesma síndrome, à qual se ajustou o aspecto eletrográfico peculiar. Em 1954, Gibbs, Fleming e Gibbs 9 acrescentaram notável contribuição, com uma casuística de 237 pacientes, estabelecendo as necessárias correla-Trabalho realizado no Instituto de Neurologia da Universidade do Brasil (Diretor: Prof. Deolindo Couto), apresentado ao I Congresso Brasileiro de Neurologia (Ribeirão Prêto, SP, em julho -1964);
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.