Este artigo foi elaborado por uma mulher indígena, pertencente ao povo Karipuna do Amapá e com formação na área de antropologia, onde atua em pesquisas colaborativas com as mulheres de seu povo. O texto trata sobre como o djispoze (menstrua ção) molda as tx ifam Karipuna (meninas) em jonfi e fam (moças e mulheres), assim como tal fluido pode interferir em aspectosdo cotidiano das fam, discutindo, ainda, os cuidados que devem ser observados, os perigos que ele pode proporcionar e as relações entre humanos e não humanos e de parentesco que o sangue menstrual gera.
Este artigo é redigido por uma indígena e antropóloga que possui suas raízes no povo Karipuna do Amapá. No texto trago reflexões acerca do parentesco e das relações intergeracionais entre as mulheres de uma mesma família, originárias de um único Território: a aldeia Santa Isabel na Terra Indígena Uaçá (Oiapoque - AP). Estando eu mesma, inserida nas relações de parentesco que proponho apresentar na pesquisa. Há no artigo, ainda, as relações de parentesco Karipuna desenvolvidas entre as mulheres e os “karuãna”. Além das relações desenvolvidas através dos sonhos, objetos e grafismos como substâncias que podem produzem parentesco no cotidiano. Ao longo deste escrito, através de meus relatos, irei explicar como estas relações surgem para mim e como elas se conectam entre si e no sistema Karipuna.
Este texto é um breve relato de uma mulher indígena do povo Karipuna do Amapá, sobre como, entre sua transitoriedade entre a aldeia e a cidade, ela percebe a pandemia de covid-19 (SARS-Cov-2), que está a atingir seu povo de origem, assim como mais de cento cinquenta povos no país. A reflexão que a autora desenvolve é construída com base em memórias, experiências pessoas e dados quantitativos sobre a pandemia.
Este artigo trata sobre a questão dos primeiros indígenas Karipuna do Amapá a saírem das aldeias com vistas a se inserirem nos ensinos secundário e de nível superior terem sido mulheres, filhas de uma liderança indígena local. Construindo-se a partir disso uma reflexão sobre as formas de protagonismo da mulher Karipuna, sobre o deslocamento para o espaço urbano, sobre o que é o território e por qual motivo, atualmente, nós indígenas, sentimos a necessidade de nos inserir em uma educação institucional, que em muito se difere da educação indígena. Ressaltando-se que a metodologia é embasada na auto antropologia e na auto tnografia, visto que a autora é mulher indígena do povo Karipuna e vivencia junto as suas parentes os processos apresentados.
Palavras-chaves: Karipuna do Amapá; mulheres indígenas; etnologia indígena; território indígena; educação com povos indígenas.
Este artigo é realizado por uma jovem do povo Karipuna do Amapá, antropóloga e socióloga, que realiza pesquisas com as mulheres de seu povo de origem, as quais são suas parentas por linhagem matrilinear: mãe, tias e com a memória da avó. Em conjunto com as oralidades, diálogos, vivências e memórias que nós indígenas compartilhamos nos territórios das aldeias e das cidades e com os ensinamentos que as parentas compartilham nos movimentos e nas universidades, busco por meio desta proposta de artigo tecer reflexões sobre os movimentos de indígenas mulheres e sobre os momentos em que fui questionada, nos espaços acadêmicos, sobre a existência ou não inexistência e sobre o que seria um feminismo indígena.
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