In the Captaincy of Pernambuco, in Portuguese America, sugar cane mill lords andsugar cane farmers managed throughout the seventeenth and eighteenth centuriesto secure successive extensions of a privilege guaranteeing that their their prop-erty would not be confiscated as payment for debt. To understand how this privilegehelped preserve the patrimony of the local nobility in the sugar-based economy of Per-nambuco, the origins of this privilege and debates surrounding it were analyzed. Re-search for this work involved accessing diverse historical sources, mainly the OverseasHistorical Archive, the Historical Documents collection of the National Library of Riode Janeiro and the Torre do Tombo National Archive in Lisbon
Resumo: A sociedade pernambucana desenvolveu-se por meio de uma economia açucareira agrícola e escravagista que ditou as relações sociais da época. O objetivo central deste artigo é analisar como a organização espacial e as possibilidades geradas pelo ambiente natural viabilizaram o sucesso dos senhores de engenho e lavradores de cana-de-açúcar, dependentes do potencial natural e logístico dos lugares onde se assentaram. Assim, o acesso às terras mais propícias para o cultivo da cana-de-açúcar possibilitou a ascensão e uma maior permanência na longa duração do período colonial de um grupo de senhores de engenho e lavradores de cana-de-açúcar. Este artigo apresenta resultados parciais de uma investigação de doutorado.
RESUMO A família Rego Barros comprou, em 1675, a propriedade do ofício da provedoria da Fazenda Real de Pernambuco, pela qual também foram juízes da Alfândega, cargos que ocuparam ao longo de um século. O presente artigo tem por objetivo analisar o impacto que a posse dessa propriedade de ofício e o seu exercício tiveram para a manutenção social e econômica da família Rego Barros. Verificou-se que o dito ofício tornou a família responsável por supervisionar todos os interesses da Fazenda, o que lhe garantiu uma boa fonte de rendimentos, mesmo que por vezes de maneira ilícita, e possibilitou sua ascensão social. Esta pesquisa aponta que a trajetória da família Rego Barros esteve em direta associação com a administração fiscal e tributária da capitania de Pernambuco, não devendo, portanto, ser analisada separadamente. Para tanto, realizou-se o cruzamento de informações de diversas fontes de variados fundos, especialmente do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) e dos Documentos Históricos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (DH).
A famália Carneiro é original de Portugal, tendo chegado á capitania de Pernambuco, na América portuguesa, antes da invasão holandesa. A famália destacou-se por ocupar cargos administrativos e militares, sobretudo, em Pernambuco, e por possuir engenhos. Além disso, a famália contava com uma ampla rede social, estabelecida por meio de casamentos e de amizades. Contudo, para estabelecer-se neste privilegiado espaço social da capitania de Pernambuco e suas anexas, a famália Carneiro passou por peráodos conturbados, de insegurança polática e econômica, como ocorreu na Guerra dos Mascates (1710-1711). A famália valeu-se de estratégias para ascender socialmente e manter-se no poder, tendo atuando também nas capitanias do Ceará e Rio Grande para diversificar suas atuações poláticas e econômicas, e estabelecer novas redes sociais.
1Os estudos sobre gênero como o compreendemos na atualidade teve seus contornos mais marcantes a partir da década de 1960 em um contexto de transformações das normas sociais e culturais, de desenvolvimento da teoria feminista e tomada destes saberes pelos meios acadêmicos 2 . Trata-se de um campo interdisciplinar que busca compreender o gênero enquanto organização social da diferença sexual 3 , ou seja, das complexas relações e construções sociais entre o feminino e o masculino.Nas últimas décadas, pesquisadores e pesquisadoras articularam a temática do gênero com a Nova História, a qual tinha por objetivo maior uma história social, na qual os oprimidos ganhariam voz, de forma direta ou indireta 4 . É neste sentido que, desde os anos 1990, surgiram inúmeros centros de estudos de gênero em reputadas universidades de todo o mundo e se organizaram vários eventos internacionais sobre o tema, todos mobilizados com questões atuais sobre as diversas perspectivas em que é possível colocar o tema.Das várias possibilidades de estudo sobre gênero, destacar-se-ão neste ensaio algumas aproximações de recentes pesquisas que visam explicar a reprodução social de famílias da nobreza da terra ao longo dos séculos XVII e XVIII na América portuguesa. Neste seguimento, optou-se por analisar o papel das mulheres ao que diz respeito à manutenção social do grupo, sobretudo, nas questões de reprodução material. Para tal efeito, serão apontados, de forma sucinta, os estudos sobre gênero realizados para a América portuguesa e, em seguida, de forma mais específica, os estudos produzidos sobre a posse de bens por parte de mulheres, principalmente nas capitanias do Norte (Pernambuco, Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará) do Estado do Brasil 5 .
Este artigo tem por objetivo analisar a imposição de uma mentalidade proprietária familiar aos indígenas, operada por meio das obrigações do Diretório dos Índios (1758). Esse determinou que as terras comunais indígenas, as quais foram frequentemente usurpadas por colonizadores, fossem divididas em lotes, isto é, como residências familiares individuais. Ao longo desta pesquisa verificou-se que os índios da missão de Guajiru, capitania do Rio Grande do Norte, tiveram, desde a década de vinte do Setecentos, parte de suas terras apropriadas por membros da família Carneiro da Cunha, não lhes sendo restituídas mesmo após o conhecimento de sua usurpação mediante as averiguações realizadas para a implementação do Diretório dos Índios. Constatou-se que os índios de Guajiru apenas receberam terras de qualidade inferior, vizinhas ao antigo aldeamento, para, segundo as autoridades responsáveis, fomentar o projeto colonial do Diretório. Dessa forma, a pesquisa evidencia que os índios de Guajiru, além de terem parte de suas terras tomadas, sofreram, através da divisão de sua terra em pequenas propriedades, uma intensa mudança na cultura indígena no que diz respeito à sua relação com a terra. Para tanto, nesta pesquisa, inserida no campo da história social da propriedade, realizou-se o cruzamento e análise de diversas fontes, como cartas e requerimentos, de variados arquivos, especialmente do Arquivo Histórico Ultramarino, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, dos Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e do Arquivo Público do Estado de Pernambuco. Esta pesquisa apresenta resultados parciais de uma investigação realizada para uma dissertação de mestrado.
A família Guedes Alcoforado assentou-se em Pernambuco no início do século XVII, onde lutaram na Restauração contra os neerlandeses e passaram a integrar a nobreza da terra. Na década de 1730, João Guedes Alcoforado, por ter sido fiador de um contrato não pago à Fazenda Real, teve o seu engenho de açúcar, localizado em Itamaracá, penhorado para a quitação da dívida. A insatisfação da família com a penhora gerou uma contenda, culminando com o assassinato do almoxarife. A pesquisa evidencia uma complexa trama social acerca do endividamento e dos processos de penhora dos senhores de engenho, implicando nas estratégias de manutenção patrimonial de antigas estirpes. Para tanto, realizou-se a leitura e o cruzamento de diferentes fontes, algumas inéditas, existentes no ANTT, AHU, APEJE e IAHGP.
A ordem religiosa Companhia de Jesus estabeleceu-se na capitania do Rio Grande desde o primórdio de sua colonização, no início do Seiscentos, onde atuou até a data de sua expulsão, em 1759. Nessa capitania angariaram muitas sesmarias, terras, pessoas escravizadas e cabeças de gado. Neste artigo, questiona-se de que forma os jesuítas angariaram e geriram seus bens no Rio Grande do Norte ao longo de mais de uma centúria e meia de atuação na capitania. Este trabalho é fruto de uma pesquisa de mestrado, para a qual se realizou o cruzamento de fontes de variados fundos, como o Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), o Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), o Arquivo Público Estadual de Pernambuco Jordão Emerenciano (APEPE) entre outros.
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