O presente artigo tem como objetivo, por meio de um relato de experiência, compartilhar reflexões a respeito das ações de um projeto de extensão realizado em 2020 com o intuito de fortalecer trabalhadores de saúde durante a pandemia da Covid-19. Estudantes de psicologia, psicólogos residentes e uma docente participaram da experiência, oferecendo acolhimento psicológico a treze trabalhadoras de instituições públicas de saúde, em sua maioria profissionais da enfermagem, que buscaram o projeto por demanda espontânea. Durante os encontros, estimulou-se a análise do cotidiano do trabalho e dos mecanismos de enfrentamento individuais e coletivos, metodologia baseada na Ergologia. Os temas convergentes nos acolhimentos foram: senso de responsabilidade, sentimento de culpa e sofrimento no trabalho; risco de contaminação, distanciamento social e estigmas; gestão do trabalho e humanização do cuidado. Por fim, considera-se a importância do projeto para o suporte e reflexão crítica das trabalhadoras sobre os processos de trabalho.
Embora as relações entre perfeccionismo e desfechos negativos de saúde mental sejam amplamente conhecidas, pouco se sabe ainda sobre o desenvolvimento dessas relações durante a adolescência e o papel do processamento emocional. Nesse sentido, os estudos apresentados fazem parte de um projeto de pesquisa maior, de caráter observacional, sobre o perfeccionismo na adolescência. O estudo 1 (N=406) apresenta um recorte transversal a partir de dados coletados em 2019 e objetivou analisar a relação entre perfeccionismo e sintomas psiquiátricos comuns entre adolescentes, enquanto o estudo 2 (N=392) buscou explorar a associação entre perfeccionismo e dificuldades no processamento emocional em uma análise longitudinal com dois pontos de coleta (∆=8 meses, DP=3,7). Os adolescentes responderam instrumentos para avaliar perfeccionismo auto orientado (PAO), perfeccionismo socialmente prescrito (PSP), presença de sintomas psiquiátricos comuns, neuroticismo e processamento emocional. Em linha com o esperado, níveis mais altos de perfeccionismo apresentaram correlação positiva com sintomas psiquiátricos comuns e dificuldades de processamento emocional. No estudo 1, análises utilizando regressões múltiplas hierárquicas apontam o PSP como único preditor significativo para explicar a presença de sintomas psiquiátricos em T1, para além do previsto pelo neuroticismo. Os resultados das regressões do estudo 2 indicam que ambas as dimensões perfeccionistas em T1 se associam de forma independente a dificuldades de processamento emocional em T2. Discute-se alguns fatores envolvidos na relação entre perfeccionismo e pior processamento emocional, tais como busca de objetivos irrealistas, maior reatividade a estressores, padrões cognitivos e estratégias de regulação emocional desadaptativas.
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