A reflexão, baseada em revisão bibliográfica e fontes documentais, toma o trabalho como categoria chave da compreensão da história, bem como indica dilemas sobre a ação sindical em um contexto de restrição de direitos e de ações coletivas. Ao considerar a importância da ampliação de espaços da luta coletiva para a dinâmica do movimento organizado de trabalhadores, no Brasil atual, busca enfatizar que tal movimento não pode ser pensado apenas no espaço do mundo do trabalho ou mesmo no espaço institucional das relações pro1 ssionais. A ampliação do campo de ação se impõe, pois a ação tradicional do sindicalismo se mostra insuficiente para enfrentar a multiplicidade dos terrenos, das disputas e das lutas que devem ser conduzidas fora do trabalho, as quais são tão numerosas e complexas que nenhuma organização pode pretender assumi-las sozinha em tempos de intensificação do neoliberalismo.
Explora o discurso aparente em torno do corpo que visa a restringi-lo aos referenciais da tecnociência moderna. Nesse sentido, tem por objetivo desvelar as relações de poder que atravessam os conhecimentos sobre o corpo, evidenciando sua centralidade para o entendimento social, político e subjetivo do mundo. Com esse objetivo, realizamos um estudo de caráter bibliográfico com aproximações a algumas políticas sociais no campo dos direitos sexuais e reprodutivos. Afirma que o corpo tem sido central para as estratégias de poder e moralização de alguns segmentos lidos sob as marcas de gênero, sexualidades, raça e classe. Por meio do corpo, expressam-se diferenças e desigualdades da vida em sociedade. Apesar de na sociedade moderna capitalista se verificar as marcas do controle social, buscamos observar o corpo também na sua potencialidade de resenhar o mundo e de produzir resistências e inventividade.
Palavras-chave: Corpo. Gênero, Raça e Classe. Desigualdades sociais.
Entrevista realizada com Guido Liguori, professor de História do Pensamento Político na Universidade da Calábria, Itália, e presidente da International Gramsci Society Itália (IGS-Itália). Estudioso de história do marxismo, do pensamento socialista, do pensamento político italiano do século XX, da obra de Gramsci e sua disseminação no mundo, Liguori organizou, juntamente com Pasquale Voza, o Dicionário gramsciano, lançado neste ano no Brasil pela Boitempo. Esta entrevista busca enfatizar Gramsci como educador voltado a criar condições para a construção de uma vontade coletiva de base popular neste “mundo grande e terrível”.
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