No presente ensaio trazemos questões sobre os Direitos Humanos das Mulheres e das crianças, mencionando suas aproximações e percebendo o necessário ativismo das educadoras para com uma Educação emancipadora e feminista, sendo referidos Direitos das mulheres desvalorizados desde a criação dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), na França. Assim, entendendo gênero como construção social das relações de poder, é trazida a este artigo a ideia da Educação Infantil em união à luta das mulheres. A metodologia utilizada pautou-se em cunho bibliográfico. Mulheres e crianças encontram-se nas pautas da Lei Máxima do Brasil (1988), sendo o ponto de partida deste texto a valoração da efetivação dos direitos presentes nas letras das leis brasileiras.
O problema central do estudo é a condição da mulher na sociedade contemporânea. Pressupõe-se que em contexto social de regressão em relação aos direitos fundamentais da pessoa humana, as conquistas das mulheres ficam seriamente ameaçadas, fazendo-se necessário resistir e intervir de modo qualificado. O objetivo é problematizar o papel da educação escolar voltada para a formação integral e à emancipação da mulher, com destaque para as contribuições da expressão musical. Trata-se de estudo bibliográfico e de análise de experiências. O texto contém: parte introdutória buscando articular questões da cultura escolar, de gênero e expressões musicais no contexto atual; uma segunda parte versando sobre as conquistas históricas das lutas feministas e valorando a seriedade e a necessidade dos estudos de gênero com vistas à dignificação da mulher e; uma terceira parte acerca da música como possibilidade artística no ensino e estudos de gênero. Por fim, conclui-se que os estudos sobre gênero com os aportes artísticos, enaltecendo a música, possibilitam a sensibilização para com a humanização no processo educativo, além da conscientização de que, para mudar a cultura social, é necessário ressaltar a importância do conhecimento para com o aprendizado histórico da sociedade.
Recebido em: 30/06/2019.Aprovado em:10/11/2019.
Esta resenha se refere ao livro Eu quero ser o Sol! Crianças pequenininhas, culturas infantis, creche e intersecção, de Flávio Santiago (2019). O livro é resultado da tese de doutorado deste autor, a qual foi indicada pela Faculdade de Educação da UNICAMP ao Prêmio Capes de Tese/2020. Como destaca Faria (2019) no prefácio deste livro, "Este livro traz uma pioneira e profícua discuss ão sobre a interseccionalidade também em relação à idade". Flávio Santiago é caipira e gordo, como gosta de ser denominado. Ele é militante
O presente artigo tem por objetivo contribuir, a partir dos diálogos com os estudos sobre a branquitude e com os aportes teóricos do feminismo negro, com o campo da Educação. Para tanto, parte-se de uma análise de cunho qualitativo, inspirados pela história oral, e traz-se para a cena relatos orais de professoras que atuaram na Educação Básica. Os dados apontam para a manutenção das hierarquias impostas pela branquitude e explicitam as marcas raciais transpostas mesmo sobre o processo de flexibilização das desigualdades de gênero.
O presente trabalho propõe reflexões para com a atividade laboral docente de mulheres brasileiras atuantes na Educação Básica, possibilitando compreensões, a partir da metodologia de cunho bibliográfico, sobre as relações dos gêneros e suas intersecções, dada a situação contemporânea pandêmica do covid-19, sendo o objetivo: reflexões sobre os desdobramentos negativos ao trabalho docente de mulheres brasileiras durante a pandemia do covid-19. Os resultados se constroem na compreensão da presença da branquitude como um privilégio para estar na docência desde a feminização do magistério no final do século XIX, desdobrando-se nas análises realizadas e dialogadas com as relações de gêneros, enfatizando maiores sobreposições desvalorizantes culturalmente de mulheres professoras que não são brancas. Conclui-se que as escolas brasileiras devem repensar as subculturas existentes no espaço da escola e na sociedade, promovendo visibilidade e mudanças sociais para opressões culturalmente construídas.
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