A biodiversidade tem sido apontada como um elemento de importância estratégica devido, entre outros fatores, ao seu potencial como fornecedora de matéria-prima para diversos setores da economia. Diante deste quadro, mas também do de destruição deste patrimônio, têm se inserido muitas das atuais estratégias de empresas, as quais vêm procurando acompanhar e aproveitar o desenvolvimento de novas oportunidades tecnológicas abertas pelos mercados de produtos obtidos de forma ambientalmente responsável. A incorporação de modelos sustentáveis de uso dos recursos é, portanto, vista como um diferencial capaz de gerar vantagens competitivas. Dessa forma, o presente trabalho apresenta e discute de que forma algumas empresas brasileiras vêm utilizando em suas estratégias competitivas o potencial da biodiversidade como forma de criar e/ou de aproveitar novas oportunidades e explorar novos nichos de mercado, apontando as principais vantagens e limitações encontradas neste tipo de estratégia. Para tanto, traz uma análise dos casos de quatro empresas nacionais atuantes no mercado de produtos obtidos de forma sustentável nos segmentos de fitoterápicos, cosméticos, extratos naturais e de manejo florestal. Parece claro que a incorporação dos preceitos do desenvolvimento sustentável no uso da biodiversidade é uma tendência que vem se fortalecendo, principalmente em setores altamente dependentes de matéria-prima advinda da biodiversidade. Neste contexto, destaca-se a importância da geração de inovações para atender à demanda por novas práticas e tecnologias, assim como da conformação de um ambiente institucional capaz de estimular a incorporação da variável ambiental por todo o setor produtivo.
RESUMO Por causa da reconhecida importância da inovação para o crescimento e desenvolvimento das organizações, tem-se procurado desenvolver formas e ferramentas para otimizar sua gestão. Estas, por sua vez, variam de acordo com o setor e a dinâmica produtiva da indústria. O funil de inovação é uma ferramenta desenvolvida com base na observação da gestão da inovação em empresas de bens de consumo, como alimentos, higiene e limpeza, cosméticos, entre outros. A gestão da inovação por meio da utilização do funil tem sido adotada por algumas empresas, sejam essas nacionais ou multinacionais, matrizes ou subsidiárias. Daí o interesse em verificar a eficácia de sua aplicação, bem como as vantagens e dificuldades de sua utilização e também as diferenças da prática do funil com relação à teoria desenvolvida, constituindo esses pontos de interesse os objetivos do presente trabalho. Para tanto, foi realizado um estudo de caso em uma subsidiária de uma grande multinacional de bens de consumo. Com base nesse estudo, foi possível concluir que o funil é uma ferramenta adequada a empresas de bens de consumo e que sua aplicação não diverge muito da teoria, porém são necessários pequenos ajustes, como a adequação a diferentes culturas e rotinas empresariais, a adoção de ferramentas de apoio e atividades de incentivo e motivação dos funcionários.
ResumoNo Brasil, companhias atuantes no setor elétrico (geração, transmissão e distribuição – GTD) são obrigadas a investir pelo menos 1% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética, obrigação que traz grandes desafios à gestão da pesquisa e da inovação. Inseridas em um setor tipicamente comprador de inovações, essas companhias enfrentam limitações relacionadas à geração de inovações: com frequência, os resultados de projetos de P&D não são implementados, o que aponta para problemas na lógica da política de incentivo para inovação no setor, mas também para ausência de mecanismos robustos de tomada de decisões que apoiem as empresas na geração de benefícios a partir de seus esforços de pesquisa. Este trabalho apresenta uma ferramenta aplicável a empresas do setor elétrico brasileiro com o propósito de caracterizar e propor soluções para superar e/ou prevenir lacunas científicas e tecnológicas, mercadológicas e gerenciais susceptíveis de ocorrência em projetos de P&D, no intuito de ampliar a apropriação, adoção e difusão de seus resultados e dos benefícios decorrentes.
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