A forte pressão antrópica no Cerrado torna necessários estudos para averiguar o nível de conservação de áreas que estão sujeitas a essa atividade. Com isso, objetivo do trabalho foi comparar e avaliar a florística, a estrutura e o grau de conservação de duas áreas adjacentes de Cerrado, sendo uma área de cerrado conservado (CC) e outra de cerrado antropizado (CA). Foram utilizados os parâmetros fitossociológicos convencionais: densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR), frequência relativa (FR) e o valor de importância (VI), além dos índices de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou. Foram feitas análises de ordenação pelo método DCA, dendrograma de classificação (UPGMA) a partir dos índices de Sørensen-Dice e Bray-Curtis, além da divisão hierárquica dicotômica por Twinspan. O teste t de Student foi utilizado para comparar as variáveis, classes diamétricas e classes de altura. O cerrado conservado apresentou valores maiores para número de indivíduos, classes diamétricas, área basal e altura. O índice de diversidade por parcelas, número de espécies, indivíduos e área basal total foram diferentes estatisticamente em relação as duas áreas. Através das análises multivariadas foi possível segregar as parcelas com base no grau de conservação, tanto na análise de ordenação (DCA) quanto de classificação (Dendrograma). Os métodos utilizados foram eficientes para demonstrar as diferenças entre as duas áreas, porém a análise multivariada se mostrou eficiente em fornecer maior detalhamento na diferenciação.
Efeito de borda são modificações ambientais que, por sua vez, alteram a estrutura e a composição da vegetação marginal em uma floresta. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o comprimento, em metros, da faixa exposta ao efeito de borda em dois fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual. O trabalho foi executado em duas áreas distintas. Em ambas as áreas foram plotadas 30 parcelas de 10 x 10 m, demarcadas a partir da borda florestal, dispostas em três transectos, nos quais foram amostrados e identificados todos os indivíduos com circunferência a 1,30 m de altura e diâmetro ≥ 15 cm. Para a avaliação da abrangência florística do método e suficiência amostral, foi elaborada a curva espécie-área, baseada na distância em relação à borda e calculada a regressão que melhor se ajustou à curva. Em seguida, dois dendrogramas de similaridade foram elaborados, baseados na presença/ausência das espécies em cada parcela e no número de indivíduos por parcela. No total, foram amostrados 955 indivíduos arbóreos. A curva espécie-área de um dos locais de estudo estabilizou a partir dos 40 m, indicando que nesta faixa não houve aparecimento de novas espécies. No entanto, a curva retomou aumento a partir de 50 m. Na outra área, a estabilização na riqueza das parcelas ocorreu a 60 m da borda, com aumento no surgimento de novas espécies a 70 m. Em uma das áreas avaliadas, o efeito de borda atingiu 30 m em direção ao interior da floresta, enquanto na segunda área avaliada, esta distância foi de 70 m.
ResumoDinâmica da regeneração natural em Caatinga arbórea submetida a manejo florestal. Este estudo visou avaliar a dinâmica da regeneração natural em Caatinga sujeita a diferentes técnicas de manejo. O trabalho foi realizado na Floresta Nacional de Contendas do Sincorá, sendo a cobertura vegetal predominante a Savana-estépica Florestada. A área de estudo consistiu em parcelas fixas plotadas em 2015. Os tratamentos foram: Testemunha; corte raso; corte seletivo por diâmetro mínimo à altura do peito ≥ 5 cm; e corte seletivo por espécies. Os parâmetros fitossociológicos foram estimados para cada espécie. O Índice de Diversidade Shannon-Weaver e o Índice de Expansão Florística (FEI) foram calculados e o método Ward foi utilizado para a análise da similaridade florística. Foram amostrados um total de 453 indivíduos, distribuídos em 31 espécies. Combretum monetaria foi destacada em todos os tratamentos e parâmetros fitossociológicos. O dendrograma mostra que existe similaridade florística entre os anos 2015 e 2020. O tratamento CC obteve a maioria das espécies com FEI positivo no período de 2015 a 2017, com um resultado semelhante aos outros tratamentos em 2020. Não houve diferença estatística entre os tratamentos em relação à diversidade, após cinco anos de intervenção. A rebrota por toco foi muito importante no início da regeneração. A semelhança florística entre 2015 e 2020 mostra uma recuperação cinco anos após a instalação do experimento. As técnicas de manejo não tiveram um impacto negativo sobre a riqueza florística da regeneração natural, demonstrando que a área recupera bem mesmo com as interferências feitas na área.
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