O interesse pelo estudo das relações entre humanos e animais tem vindo a crescer nos últimos anos, mas a empatia para com animais é um tema ainda recente na literatura, levando a uma maior necessidade de desenvolver instrumentos adequados para a medir. A Escala de Empatia para com Animais (EEA) é o instrumento mais utilizado, tendo por isso sido escolhido para o presente estudo. A EEA foi inicialmente traduzida para português, de seguida foi feita uma análise exploratória através do modelo de componentes principais (com 148 participantes) onde se obteve um modelo com dois componentes, os quais se denominaram de Ligação Emocional com Animais (LEA) e Preocupação Empática com os Animais (PEA). A estrutura do modelo foi reforçada com uma análise confirmatória (com 204 participantes). A estrutura final reporta um modelo bem ajustado, com um bom nível de consistência interna, tanto da escala global, como das suas subescalas. Foi encontrada uma correlação significativa e positiva entre a EEA e outra escala de empatia traço dirigida a humanos (Interpersonal Reactivity Index -IRI), o que veio reforçar a validade de constructo deste instrumento para a sua utilização no panorama nacional. Palavras-chave:Validação, Escala, Empatia, Animais. Introdução EmpatiaA empatia humana é um tema em crescimento desde a primeira vez que foi traduzido do alemão (Titchener, 1909), dando origem ao aparecimento de uma vasta literatura sobretudo no que refere à sua definição.A empatia tem uma função muito importante nas relações entre os membros de um grupo social, sendo esta capacidade de percebermos e respondermos adequadamente às emoções dos outros considerada o pilar da emergência dos comportamentos pro-sociais, aumentando assim a coesão e sobrevivência do grupo (para uma revisão ver Castro, Gaspar, & Vicente, 2010;Gaspar 2014). De uma forma geral, a empatia é definida como a capacidade de nos colocarmos no lugar de outro, o que envolve não só a compreensão do estado emocional de outra pessoa, mas também a capacidade de nos sentirmos afectados por essa mesma emoção (Blair, 2005;Hoffman, 1977), 189A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para:
A relação entre empatia dirigida a humanos (EDH) e empatia dirigida a outros animais (EDA) tem sido reportada como fraca, sendo pouco conhecidos os fatores que predizem a segunda. Neste estudo examinámos potenciais variáveis preditoras de cada uma das duas formas de empatia, e comparámos participantes lusófonos e anglo-saxónicos, inspeccionando possíveis especificidades culturais. Conduzimos um inquérito na web que incluiu versões portuguesa e inglesa duma escala de EDH, e duma escala de EDA, bem como questões relacionadas com animais de estimação, religião, dieta e participação em ONGs. A testagem de modelos de regressão múltipla mostrou que na EDH o género foi o único preditor, e apenas no grupo lusófono. O sexo feminino e a vivência com animais de estimação são preditores de EDA em ambos os grupos. Estar ligado a uma associação/ONG é um preditor na população lusófona, enquanto que na anglo-saxónica pesa mais a dieta vegetariana/vegana.
The Iberian lynx Lynx pardinus (Temminck, 1827) is currently considered the most endangered feline in the world. For this reason, in 2004, the Liga para a Protecção da Natureza (LPN) and Fauna & Flora International (FFI) launched the Lynx Programme whose main objective is to contribute to the conservation and long-term management of a corridor of priority habitats for the conservation of the Iberian lynx in Portugal. Here we present some results of this work relating to the recovery of wild rabbit populations at Serra do Caldeirão and the Moura/Barrancos Site – in this latter place, the work concerns the LIFE Lince Moura/Barrancos project, cofunded in 75% by the European Commission. The main objectives were: i) the establishment of management agreements with local stakeholders, and ii) the recovery of wild rabbit populations. Twenty four contacts were made with landowners/game managers, which resulted in nine management agreements with management plans to improve habitat and wild rabbit populations. Under the scope of these management agreements, 128 artificial shelters, 160 food suppliers and 116 water suppliers were implemented in different estates/hunting areas. Although still preliminary, these results were quite positive. In general, all the implemented structures (artificial shelters, food and water suppliers) were used by wild rabbits, indicating their suitability for this species. Given the results achieved, it is expected that, gradually, landowners and game managers will be more receptive to nature conservation, particularly of this Mediterranean habitat.
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