RESUMOOBJETIVO. Verificar a associação entre o tempo de uso da ventilação mecânica e o desenvolvimento de displasia broncopulmonar em recém-nascidos com peso de nascimento ≤ 1500 g. MÉTODOS.Pesquisa retrospectiva em recém-nascidos com peso de nascimento ≤ 1500 g que utilizaram ventilação mecânica. INTRODUÇÃOO avanço na medicina perinatal, incluindo a introdução do surfactante exógeno, o uso do corticóide pré-natal e a melhora nos cuidados intensivos neonatais, tem se relacionado a um aumento importante na sobrevida de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso. Entretanto, a esse benefício se contrapõe o aumento concomitante da incidência de displasia broncopulmonar (DBP), permanecendo essa patologia como a maior complicação nos prematuros 1 . O uso da ventilação pulmonar mecânica tem sido identificado como um dos principais fatores de lesão pulmonar em prematuros. Apesar do seu efeito potencial salvador de vidas, esse recurso apresenta vários riscos e complicações inerentes a seu uso. A ruptura das paredes do espaço aéreo -barotrauma -é a lesão mais freqüente. Nessa situação, ocorre acúmulo de ar extra-alveolar com manifestações clínicas graves, das quais o pneumotórax hipertensivo é a mais deletéria. Além dos eventos macroscópicos do barotrauma, alterações mais sutis, fisiológicas, morfológicas e celulares têm sido relatadas [2][3][4] . Essa forma de lesão tem sido objeto de constante preocupação das equipes que utilizam a ventilação pulmonar mecânica em neonatologia.Estudos realizados com pacientes ventilados mecanicamente demonstram alterações do líquido extravascular pulmonar, na permeabilidade capilar, na produção de mediadores inflamatórios e no desenvolvimento de necrose celular. A lesão pulmonar provocada pela FATORES ASSOCIADOS À INTERRUPÇÃO DE TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL TRATAMENTO DE CRIANÇAS DESNUTRIDAS HOSPITALIZADAS SARNI ROS ET AL.Artigo Original Artigo Original Artigo Original Artigo Original Artigo Original ventilação pulmonar mecânica pode gerar alterações anatomopatológicas que não diferem, fundamentalmente, da lesão pulmonar difusa que se observa em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo. Dessa forma, a lesão pulmonar induzida pela ventilação pulmonar mecânica pode ser indistinguível do processo patológico inicial. Essas observações têm levado à utilização de estraté-gias ventilatórias protetoras, na tentativa de minimizar os efeitos lesivos da ventilação pulmonar mecânica 5 . Embora a lesão pulmonar induzida pela ventilação pulmonar mecânica venha sendo amplamente estudada, uma melhor definição sobre o momento exato em que o seu emprego é crucial para o desenvolvimento da DBP nos ajudará na prevenção dessa patologia, que freqüentemente ocasiona internações prolongadas com sérias conseqüências para o prematuro, sua família e a sociedade.Dessa forma, o objetivo principal desta pesquisa foi verificar a associação entre o tempo de uso da ventilação pulmonar mecânica e o desenvolvimento de DBP em recém-nascidos com peso de nascimento ≤ 1500 g.
Objective: To compare pulmonary function parameters and the prevalence of altered pulmonary function in children born preterm and full-term, using the Global Lung Initiative reference values. Methods: This is a cross-sectional study with 6–9-year-old children submitted to measurement of airway resistance (Rint) and spirometry according to the American Thoracic Society and European Respiratory Society Technical Statement. The inclusion criteria were, among the preterm group: gestational age <37 weeks and birth weight <2000g; among the full-term group: schoolchildren born full-term with birth weight >2500g, recruited at two public schools in São Paulo, Brazil, matched by sex and age with the preterm group. As exclusion criteria, congenital malformations, cognitive deficit, and respiratory problems in the past 15 days were considered. Results: A total of 112 children were included in each group. Preterm children had gestational age of 30.8±2.8 weeks and birth weight of 1349±334g. Among them, 46.6% were boys, 46.4% presented respiratory distress syndrome, 19.6% bronchopulmonary dysplasia, and 65.2% were submitted to mechanical ventilation in the neonatal unit. At study entry, both groups were similar in age and anthropometric parameters. Parameters of pulmonary function (Z scores) in preterm and full-term groups were: Rint (0.13±2.24 vs. -1.02±1.29; p<0.001); forced vital capacity (FVC) (-0.39±1.27 vs. -0.15±1.03; p=0.106), forced expiratory volume in one second (FEV1)/FVC (-0.23±1.22 vs. 0.14±1.11; p=0.003), FEV1 (-0.48±1.29 vs. -0.04±1.08; p=0.071), and forced expiratory flow between 25% and 75% of vital capacity (FEF25-75) (1.16±1.37 vs. 2.08±1.26; p=0.005), respectively. The prevalence values of altered airway resistance (16.1 vs. 1.8%; p<0.001) and spirometry (26.8 vs. 13.4%, p=0.012) were higher in preterm infants than in full-term ones. Conclusions: Preterm children had higher prevalence of altered pulmonary function, higher Z scores of airway resistance, and lower Z scores of FEV1/FVC and FEF25-75 compared with those born full-term.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.