Objetivo: Analisar e compilar estudos que relacionam a obesidade com complicações da COVID-19. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática com meta-análise, utilizando a estratégia PECOS: Paciente – obesos; Exposição- pessoas com COVID-19; Comparação – não obesos; “Outcome” – agravamento do quadro clínico; e “Studies”- estudos observacionais. As buscas foram realizadas em 16/06/2020 no PubMed, Lilacs e SciELO. A qualidade metodológica foi avaliada pela escala STROBE e os dados foram sintetizados de maneira qualitativa. Modelos de meta-análise foram realizados para necessidade de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) e mortalidade. Resultados: Foram avaliados 24 estudos, retrospectivos, publicados em 2020, de diferentes países. O tamanho das amostras foi de 53 a 3615 pacientes, de faixa etária variável, de etnias diversas, sem restrição de sexo e internados em centros de saúde. Na avaliação de qualidade 8/11 atingiram pontuação de 77% em A ou B. Em relação aos fatores metabólicos, os estudos mostraram que alterações propiciadas pelo tecido adiposo em excesso favorecem a desregulação dos níveis de interleucinas, desencadeando um quadro infeccioso crônico. A meta-análise da frequência de UTI foi de 27% entre obesos, necessidade de VMI foi de 34% e mortalidade foi de 14%. Conclusão: Constatou-se que a obesidade é um preditor para o agravamento da COVID-19. Portanto, indivíduos obesos necessitam de uma abordagem precoce bem como um atendimento especial em caso de contaminação.
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