Objetivo da pesquisa: analisar a inserção do Orçamento Participativo Híbrido (OPH) do município de Volta Redonda-RJ na agenda governamental pelo modelo de Múltiplos Fluxos, a fim de identificar os fatores que levaram essa questão à agenda de governo, os atores envolvidos no processo e o contexto político que viabilizou a política pública. Enquadramento teórico: adota-se o referencial teórico sobre agenda de políticas públicas, especialmente, o modelo de Múltiplos Fluxos. Discute-se também, o Orçamento Participativo, suas potencialidades e entraves, assim como a interface com a gestão social. Metodologia: estudo de caso único com coleta de dados pelas técnicas bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas. O tratamento de dados foi realizado de forma qualitativa pela aplicação do modelo de Múltiplos Fluxos em três dimensões de análise. Resultados: o OPH foi uma tentativa de ampliar a participação e diversificar a representação para além das associações de bairro. A vitória eleitoral de um candidato outsider em 2016 e a nomeação do Secretário de Planejamento, identificado como o empreendedor da política responsável pela defesa e reformulação do OP, são os principais fatores que explicam a formação da agenda. Originalidade: adoção de um modelo teórico que considera aspectos da dinâmica política e dos atores na análise da agenda governamental, a partir da escolha de um objeto de estudo característico da gestão social. Contribuições teóricas e práticas: compreensão sobre os fluxos de problemas, soluções e políticos incluindo sua convergência na formação da agenda em uma política participativa. Palavras-chave:Orçamento participativo, Modelo de múltiplos fluxos, Formação da agenda.
O artigo tem como foco analisar a participação social durante o processo de anexação do Distrito Califórnia, em Barra do Piraí, ao município de Volta Redonda, ambos localizados na microrregião do Vale do Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. Busca-se problematizar a dinâmica participativa sobre a nova conformação territorial acerca dos anseios dos moradores pela anexação. A revisão bibliográfica parte da discussão sobre participação entendida como um processo de conquista relacionado à mobilização e organização social na reivindicação de interesses coletivos específicos e de direitos. O território, desta forma, constituiria um espaço com identidade compreendido não somente como uma realidade geográfica ou física, mas uma realidade humana, social, cultural e histórica. Por sua vez, a gestão social é definida por uma relação dialógica, participativa, entre os atores sociais no território tendo por finalidade discutir sobre as problemáticas comuns e deliberar sobre as ações a serem estabelecidas em prol do bem comum. A metodologia da pesquisa, de natureza qualitativa e do tipo exploratória, adota o método do estudo de caso único tendo a coleta de dados sido realizada por pesquisas bibliográfica, documental e de campo. O tratamento dos dados seguiu a análise de conteúdo com a definição de categorias por grade mista. Os resultados apontam que a anexação legitimaria o anseio da população local em pertencer ao município com maior proximidade geográfica, mas, principalmente, com melhor provisão de serviços públicos.
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