A infecção meningocócica (IM) é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (N. meningitidis), um diplococo aeróbico, GRAM-negativo que possui 12 sorogrupos caracterizados por uma cápsula polissacarídica. Entretanto, os grupos A, B, C, X, Y e W são responsáveis por maiores repercussões clínicas. METODOLOGIA: Tratase de uma pesquisa quantitativa, retrospectiva e descritiva, realizada a partir de coletas de dados disponibilizados no Sistema de Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), abarcando uma série temporal de 2013 até 2017. Nesta pesquisa foi realizado o levantamento de dados referentes às internações hospitalares por infecção meningocócica no Brasil. RESULTADOS: Durante o período analisado, o Brasil registrou 4.101 internações por Infecção Meningocócica em crianças, sendo as regiões Sudeste (47,9%) e Nordeste (18,8%) as mais prevalentes. Nesse período, observou-se diminuição no número de internações pela doença, porém, é válido ressaltar que o ano de 2013 (34,2%) concentrou o maior número de hospitalizações, seguido por 2014 (23%) e 2015 (17%). Enquanto que os anos de 2016 e 2017 obtiveram o menor número de internações, com 13,3% e 12,4%; respectivamente. Ademais, taxa de mortalidade das regiões Norte e Nordeste (8,80 e 7,76, respectivamente) apresentou os piores registros, ficando ambas acima da média nacional (6,93). CONCLUSÃO: O estudo evidenciou que a IM em crianças é uma patologia que requer atenção especial, principalmente, em regiões onde há expressividade de notificações e óbitos pela doença (Sudeste e Nordeste). Além disso, devese atentar para a elevada taxa de mortalidade no Norte do país, o que pode estar correlacionado aos diferentes aspectos socioeconômicos dessa região.
Introdução: A elevação persistente nas concentrações plasmáticas do paratormônio (PTH) é responsável por um problema conhecido como hiperparatireoidismo, classificado a partir da origem da quebra da fisiologia normal. No hiperparatireoidismo secundário (HPTS), há alguma disfunção metabólica que leva ao estímulo das glândulas paratireoides, como a doença renal crônica (DRC), causa mais comum. A paratireoidectomia (PTX) possui algumas indicações no tratamento do HPTS, entretanto, condutas como adequação da dieta, reposição de vitamina D ou uso de drogas que provoquem o controle da secreção do PTH geram mais benefícios aos pacientes em detrimento da intervenção cirúrgica. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura em base de dados sobre as terapias disponíveis para pacientes que apresentam hiperparatireoidismo secundário. Metodologia: Realizou-se um levantamento de artigos em um período de 5 anos no banco de dados do Pubmed sobre as terapias disponíveis para pacientes que apresentam HPTS, localizando-se, ao final, 19 artigos. Resultados e Discussão: A partir dessa análise, observou-se que novos cálcio-miméticos como Etelcalcetide e Evocalcet demonstraram-se uma alternativa ao Cinalcacet, uma vez que possuem níveis similares de eficácia e segurança, mas com vantagens em relação ao uso e adesão. Além desses, Colecalciferol e Paricalcitol (análogos do calcitriol) e DP0001 (novo ativador do receptor de vitamina D) mostraram-se eficientes na redução do PTH sérico. Conclusão: Apesar de apontar alternativas promissoras, todos os estudos utilizados apresentaram limitações. Portanto, outros estudos devem ser desenvolvidos, com a finalidade de definir recursos farmacológicos e técnicos capazes de se sobreporem aos tratamentos adotados atualmente.
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Introdução: A Aids é uma doença que se caracteriza pela deficiência do sistema imunológico e que, no passado, trouxe para os seus portadores grande estigma social e baixa expectativa de vida. Com o aumento da expectativa de vida, surgiram novas questões de saúde dentre essa população relacionadas tanto ao envelhecimento quanto ao quadro de vulnerabilidade do HIV, o que resultou na complexidade inerente ao manejo farmacológico de doenças concomitante à terapia antirretroviral e seus riscos iatrogênicos inadvertidos, destacando-se assim a interação entre o Ritonavir. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados on-line da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com a utilização dos descritores: “Iatrogenic Cushing´s syndrome” AND “HIV” de 2011 a 2021. Resultados e discussão: 24 artigos foram encontrados, 2 eram revisões de literatura com abordagem sobre a relação entre o HIV e a síndrome de Cushing iatrogênica e 22 correspondiam a relatos de caso que tinham por base pacientes portadores de HIV em associação a doenças crônicas desenvolvidas pela idade, com destaque para as afecções osteomusculares, respiratórias e reumatológicas. Em função dessa combinação, a polifarmácia era aplicada, sendo o uso de corticoides e a terapia antirretroviral com o Ritonavir o fator farmacológico convergente entre todos os casos, bem como a principal manifestação clínica: A Síndrome de Cushing. Conclusão: Notou-se que o uso de glicocorticóides exógenos, como Triancinolona, Fluticasona e a Budesonida, que interagem com o Ritonavir, em pacientes que fazem uso de terapia antirretroviral do HIV pode induzir quadros clínicos da síndrome de Cushing.
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