Natural and anthropogenic environmental gradients are associated with changes in species richness, abundance and resource use. There is increasing interest in understanding how the structure of interaction networks varies along environmental gradients, but most studies have focused on bird–plant networks, while studies on mutualistic networks formed by other vertebrate groups are scarce. Here, we compiled a database of 48 bat–fruit networks distributed in the Neotropical region and evaluated the influence of annual precipitation, annual mean temperature, latitude, altitude and human impacts on nestedness, modularity, specialization, interaction diversity and species richness. Furthermore, we characterized the distribution of the roles of bat species in networks of interactions inserted in different biomes of the Neotropical region. We found that annual mean temperature increased nestedness, but decreased modularity and diversity of interactions. In addition, the diversity of interactions was greater in areas with higher annual precipitation, with less human impact and in lower latitude regions. Plant richness increased in regions with higher annual precipitation, while latitude negatively affected both plant and bat richness. Regarding the role played by bat species, we observed that most species occupy peripheral positions and only 4% of the species acted as connectors. Consistent with previous studies that evaluated other mutualistic systems, we demonstrated that the structure of bat–fruit networks is influenced by climatic, geographic and anthropogenic factors. These findings enhance our understanding of how ecological communities are structured along an environmental gradient and allow us to understand how these systems can be affected by changes in climate and land use.

ResumoOs gradientes ambientais naturais e antropogênicos estão associados a mudanças na riqueza de espécies, abundância e uso de recursos. Há um interesse cada vez maior em compreender como a estrutura das redes de interações varia ao longo dos gradientes ambientais, mas a maioria dos estudos se concentrou em redes de aves e plantas, enquanto os estudos sobre redes mutualísticas formadas por outros grupos de vertebrados são escassos. Aqui, compilamos um banco de dados de 48 redes morcego‐fruto distribuídas na região neotropical e avaliamos a influência da precipitação anual, da temperatura média anual, da latitude, da altitude e dos impactos humanos no aninhamento, na modularidade, na especialização, na diversidade de interações e na riqueza de espécies. Além disso, caracterizamos a distribuição dos papéis das espécies de morcegos em redes de interações inseridas em diferentes biomas da região neotropical. Constatamos que a temperatura média anual aumentou o aninhamento, mas diminuiu a modularidade e a diversidade das interações. Além disso, a diversidade de interações foi maior em áreas com maior precipitação anual, com menos impacto humano e em regiões de latitude mais baixa. A riqueza de plantas aumentou em regiões com maior precipitação anual, enquanto a latitude afetou negativamente a riqueza de plantas e morcegos. Com relação ao papel desempenhado pelas espécies de morcegos, observamos que a maioria das espécies ocupa posições periféricas e apenas 4% das espécies atuaram como conectores. Em consonância com estudos anteriores que avaliaram outros sistemas mutualísticos, demonstramos que a estrutura das redes de morcegos e frutos é influenciada por fatores climáticos, geográficos e antropogênicos. Essas descobertas aumentam nossa compreensão de como as comunidades ecológicas são estruturadas ao longo de um gradiente ambiental e nos permitem entender como esses sistemas podem ser afetados por mudanças no clima e no uso da terra.

Os morcegos são cercados de mitos e superstições, fazendo com que grande parte da sociedade apresente aversão com relação a esses animais. O estudo da percepção ambiental permite identificar o modo como a sociedade enxerga o meio ambiente, assim como seus interesses e crenças. No ambiente escolar, a pesquisa da percepção ambiental é uma ferramenta para nortear o professor na melhor escolha do método de ensino-aprendizagem, além de permitir que os assuntos sejam tratados de forma contextualizada com o que os alunos trazem para a sala de aula. Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos alunos do 6º ano do ensino fundamental com relação aos morcegos. Foram entrevistados 100 alunos entre 11 e 13 anos. A entrevista foi realizada por meio de questionário com quatro questões fechadas e uma aberta. Foi possível identificar que embora os alunos possuam um bom conhecimento sobre morcegos, uma parcela considerável ainda possui um conhecimento equivocado sobre esse grupo, demonstrando que programas de Educação Ambiental são necessários para uma melhor conscientização ambiental.