Observamos que os atuais conceitos e definições de aprendizagem matemática estão intimamente relacionados aos processos cognitivos dos alunos, nos quais as análises científicas, em sua maioria, excluem dessa dinâmica as emoções produzidas ou exteriorizadas na aprendizagem matemática. Por isso destacamos a necessidade de trabalhos que analisem o sujeito de forma integral, considerando todos os aspectos subjetivos que constituem o ato de aprender. Na área educacional ainda são poucos os trabalhos que têm como foco a subjetividade do indivíduo, em especial tratando-se de educação matemática, a maior parte estão relacionados às metodologias de ensino, currículo, avaliação, políticas públicas e aspectos sociais da educação. Já na área de psicologia da educação os trabalhos com foco cognitivista se apresentam em número bem maior do que aqueles relacionados às emoções e à subjetividade. Quando falamos em aprendizagem matemática devemos destacar aspectos que estão muito além do operacional, do cognitivo, pois os sentidos subjetivos que emergem no ato de aprender ultrapassam os muros da escola. Assim, enxergamos a aprendizagem matemática como um processo complexo e sistêmico. Nessa perspectiva o presente trabalho traz uma reflexão sobre o sujeito que aprende matemática, trazendo questionamentos referentes às metodologias que podem favorecer ou não o processo de construção do conhecimento matemático.
RESUMO: Este artigo teve sua gênese no parecer do artigo de Alves, Parente, Bezerra e Bezerra (2022), construído pela primeira autora deste trabalho. Seu objetivo é promover reflexões acerca da possível articulação entre os processos subjetivos e operacionais na aprendizagem em ciências. Nesse sentido, procuramos delinear uma articulação entre os tipos de aprendizagem trazidos por Mitjáns Martínez e González Rey, tendo como alicerce a Teoria da Subjetividade em uma abordagem cultural-histórica, e os tipos de conteúdo elaborados por Pozo e Crespo, tendo como base o trabalho inaugural de Alves, Parente, Bezerra e Bezerra (2022), que apresenta e relaciona essas abordagens. Mais do que um comentário crítico a respeito dessa aproximação feita pelos autores, este artigo teve como foco discutir algumas nuances dessa aproximação construída por eles, enfatizando as contribuições da Teoria da Subjetividade de González Rey.
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