Resumo O presente artigo constitui-se num relato de experiências de profissionais da Psicologia vivenciadas nos Centros de Cidadania LGBT do Programa Rio sem Homofobia, no período em que este programa e seus Centros de Cidadania estiveram plenamente ativos e presentes em diferentes pontos do estado do Rio de Janeiro. Este programa é vinculado à Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da então Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado do Rio de Janeiro (SUPERDir/SEASDH) e tem como objetivos gerais o combate às homo, lesbo, bi e transfobias, bem como a promoção da cidadania LGBT. A partir de alguns casos por nós acompanhados, discutimos possibilidades de intervenção que se colocassem ao lado do movimento de ampliação da potência de vida dos(as) usuários(as) do serviço, principalmente pela proposta de intervenções interdisciplinares e articuladas com o contexto da demanda e/ou violação. Desta forma, reiteramos a importância de construirmos o campo das práticas psi atravessado por um trabalho em rede pautado por questões relacionadas aos Direitos Humanos, movimento social e políticas públicas.
O trabalho apresenta uma reflexão sobre a oficina de corpo e dança com mulheres, empreendida em um serviço de atendimento às mulheres em situação de violência no município do Rio de Janeiro. A oficina de corpo e dança se refere a um trabalho dialógico desenvolvido por uma equipe interdisciplinar composta por uma profissional de psicologia e alunas do curso de Dança. Para o presente artigo, foram analisados os sessenta e cinco relatos produzidos pelas estagiárias de dança e pela psicóloga ao longo do trabalho de um ano de oficina. A partir do estudo dos relatos foi possível construir quatro categorias de análise: a estrutura das oficinas; a questão da interdisciplinaridade; os corpos nas oficinas; as falas nas oficinas. As reflexões propostas apontam para a importância de ações interdisciplinares no campo das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres.
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