A Caatinga é um bioma localizado na região Nordeste do Brasil, abrangendo cerca de 10% do território nacional e com elevada população dependente dos produtos oriundos de sua vegetação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a composição florística, fitossociológica e a diversidade do componente arbóreo-arbustivo na área dos lotes do Assentamento Rural Lagoa Nova I, localizado no município de Riachuelo, Rio Grande do Norte/RN. Para tanto, realizou-se o levantamento florístico em 15 unidades amostrais de 20 x 10m (200mÇ), onde, em cada unidade amostral, foram inventariados todos os indivíduos arbóreo-arbustivos vivos que apresentaram circunferência a 1,30m do solo superior ou igual a 15cm (CAP ≥ 15cm). Avaliaram-se os parâmetros fitossociológicos e a estrutura, além da diversidade florística das espécies através do Índice de Shannon-Weaver, a dominância de Simpson e a equabilidade de Pielou. Depois de mais de 30 anos após a erradicação do cultivo de algodão na área, com a vegetação dos lotes sendo mantida em sistema de pousio, observou-se que a família com maior destaque foi a Fabaceae, com 8 espécies e 186 indivíduos, enquanto as espécies com maior importância na área de estudo foram Poincianella pyramidalis (15,55%), Bumelia sartorum (12,46%) e Mimosa tenuiflora (11,25%). A diversidade de espécies na área dos lotes dos assentados foi considerada acima da média, quando comparada com outros fragmentos florestais de Caatinga já estudados, com condições edafoclimáticas semelhantes, e se encontra em bom estado de preservação, estando ainda no estágio inicial de sucessão ecológica.
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Com vegetação típica da região Nordeste do Brasil, a Caatinga é uma das maiores áreas de formação de florestas secas da América do Sul, justificando a busca por técnicas e instrumentos de mensuração que promovam maior agilidade e menor erro em inventários florestais. O objetivo do estudo foi comparar o desempenho e eficiência da fita métrica, da suta métrica mecânica e da suta finlandesa na medição diamétrica de árvores em um fragmento de Floresta Estacional Decidual. Em uma parcela amostral de 400 m² foram medidos os DAP de 62 árvores contidas na parcela, por cinco operadores, utilizando a fita métrica, a suta e a suta finlandesa. Para cada medição houve a cronometragem do tempo gasto em cada árvore e do tempo total gasto na parcela. Após as medições, os operadores responderam a um questionário específico. A média do tempo de medição do DAP dos fustes das árvores foi maior com a fita métrica, seguida da suta métrica e da suta finlandesa, indicando que esta última fornece maior rapidez na medição. Não houve diferença nos valores de DAP medidos com os três instrumentos, mostrando que os mesmos dão resultados precisos. O operador influencia no tempo de medição, sendo necessário que os mesmos possuam conhecimento prévio sobre o manuseio e os procedimentos de medição. O estudo mostrou que a suta finlandesa foi o instrumento que forneceu maior rapidez na medição. Os três instrumentos são eficientes para Caatinga, podendo ser usados em outras vegetações parecidas, como encontradas em florestas secas com outras localizações.
ResumoMuito se tem discutido sobre as atividades tanto positivas como negativas da mineração no Brasil e no mundo, e com isso surgem os modelos para remediar e/ou recuperar os locais onde essas atividades foram implantadas. Uma das estratégias mais utilizadas é o plantio de mudas, o qual pode ser composto por espécies nativas ou exóticas. Baseado no que foi exposto, este trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento em altura e diâmetro da base de mudas de Inga vera Willd em uma área explorada por mineração na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, UFRN, Macaíba/ RN. O plantio foi realizado no mês de maio de 2017, e as avaliações foram feitas entre os meses de junho a setembro do mesmo ano, sendo realizadas ao todo três medições. Para a coleta dos dados foi utilizado um paquímetro digital e para a mensuração do diâmetro da base e uma régua métrica de 2 metros para a altura das mesmas. Para a análise estatística foi usado o Assistat® sendo feitos os testes de normalidade e em sequência o teste de Tukey. Os dados evidenciaram que ocorreu significativa diferença tanto em diâmetro como em altura entre a primeira e a terceira medição, indicando que essa espécie está se adaptando ao local explorado por mineração, sendo mais significativa na terceira medição. Palavras-Chave:Reflorestamento, desenvolvimento e ingá banana.
Resumo: Os benefícios de manter a vegetação em áreas urbanas, como em campus universitários, são diversos, como a melhoria do microclima, beleza cênica, barreira natural contra ruídos e ventos e bem-estar psíquico, tornando necessário o conhecimento da flora ocorrente no local através de um levantamento florístico. Desse modo, devido a inexistência de um plano de arborização no Campus de Macaíba, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e por não haver levantamentos florísticos indicando o status dos táxons ali presentes, nativos ou exóticos, este trabalho teve como objetivo realizar o levantamento florístico e quantificar o número de espécies exóticas e nativas da área construída do campus. O estudo foi realizado nas áreas construídas do Campus de Macaíba, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), totalizando 43310 m², durante o mês de setembro de 2017. O censo da vegetação foi realizado em áreas em torno dos prédios e praça. As espécies reconhecidas foram identificadas no local, enquanto para as desconhecidas foram retiradas fotos de tronco, folhas e flores para identificação posterior. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos a análise estatística descritiva no Microsoft Word Excel 2010. O levantamento apresentou 240 indivíduos, sendo 186 arbóreos e 54 palmeiras, representados por 42 espécies e distribuídos em 19 famílias. Dentre as espécies encontradas 22 foram classificadas como nativas e 20 exóticas. A arborização do Campus Macaíba-UFRN apresentou uma riqueza de família e espécies, destacando-se as famílias Fabaceae e Arecaceae e a espécie Azadirachta indica. O levantamento constatou o domínio de espécies nativas, porém, o número de indivíduos exóticos é superior as nativas.
IntroduçãoO Nordeste do Brasil possui forte atividade de extrativismo dos seus recursos naturais (GUIMARÃES FILHO, SOARES, ARAÚJO, 2000). No Rio Grande do Norte, a maior parte da madeira consumida possui procedência da extração de espécies da Caatinga com percentual em torno de 80% da oferta regional . A retirada desta madeira, em sua maior parte, ocorre sem planejamento, autorização de desmate e de forma não sustentável (PAREYN et al., 2013).Uma das alternativas para suprimento de madeira legal são os planos de manejos e pequenas áreas de reflorestamento. Em relação a plantios florestais na região Nordeste, existem alguns problemas principalmente no que se refere à utilização de espécies que apresentem bom desenvolvimento em diferentes condições ambientais, sendo recomendados plantios de espécies nativas. (RIEGELHAUPT et al., 2010). Lam (GAGNON, 2016), conhecido popularmente como Pau Brasil, é uma árvore nativa que ocorre desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro e possui sua maior abundância no estado da Bahia (AGUIAR, 2011). Por já ter sido muito explorada no período da colonização no Brasil, atualmente, é uma planta ameaçada de extinção (LIMA, 2010), e por isso é que se faz necessário plantios para a perpetuação da espécie e para atender a demanda de sua madeira (PIZZAIA, 2005). Ela é utilizada na indústria de tinturaria, na fabricação de arcos de violino e de outros instrumentos e na construção naval (LEÃO; BARROS; GOMES, 2001). Nesse sentido, o Paubrasilia echinata
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