Using recent data, this study examines the affirmative action programme of the Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), the first Brazilian university to implement admissions quotas. The article analyses admissions records and finds that both the ratio of applications per place and minimum admission scores are considerably lower among quota students; scores in the admissions test are associated principally with socio-economic factors rather than racial ones; preparatory courses for the university's admissions tests do not appear to be a substitute for the quota system in terms of improving access; few quota applicants would be admitted in the absence of the system; and the applicants who displace others come from disadvantaged socio-economic backgrounds. The article concludes that it is necessary to improve the quality of basic education in Brazil in order to enable disadvantaged applicants to compete.
Em 2004, ano da publicação do primeiro dossiê sobre ações afirmativas (AA) pela Revista Econômica, o Brasil presenciava a ascensão meteórica do movimento multiculturalista e a consequente implantação das cotas raciais em diversas universidades públicas. Naquele cenário, pesquisadores brasileiros de relevância internacional foram chamados a expor os seus pensamentos acerca do referido tema.Mais de uma década depois, o país vivencia o auge das AA raciais ao mesmo tempo em que também presencia uma quantidade significativa de publicações relevantes na área.Desta forma, pretendo retomar o debate ocorrido na primeira edição do dossiê a partir dos artigos de Jonas Zoninsein, Monica Grin e de Peter Fry com co-autoria de Yvonne Maggie. Concluo mostrando que a melhor forma de combater o racismo brasileiro é através do resgate da visão anterior de democracia racial ao mesmo tempo em que se definem políticas que diminuam as desigualdades socioeconômicas. As reservas de vaga do tipo "cegas à cor" (color-blind) poderiam compor parte dessa estratégia maior de redução das disparidades entre negros e brancos. O Resgate do Debate: Democracia racial x Multiculturalismo.Para que se torne possível demarcar o atual debate sobre as cotas raciais no Brasil é preciso entender que ele se materializa a partir de duas grandes linhas de pensamento. A primeira é denominada como democracia racial e foi uma visão de mundo hegemônica durante o período de 1930 até 2000. Os adeptos desta forma de pensar a sociedade brasileira têm em seu maior expoente o autor do livro Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre. Num mundo dominado pela crença na existência das raças do ponto de vista biológico, Freyre promoveu uma concepção das relações raciais no Brasil que contraporia nas décadas subsequentes a nossa experiência com aquelas verificadas na Alemanha nazista e nos Estados Unidos. Também para ele as raças
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