This paper aims to analyze the acting of the Curator's Council of Empresa Brasil de Comunicação (EBC), the main space of civil society participation of the communication company of public service in the country. From the analysis of documents, it seeks to analyze the profile of the actors who take part of the Curator's Council and the segments of civil society they represent, reflecting on the relative autonomy of the organism. In addition, it is adopted a content analysis of the debates about the EBC work plans in order to think about the participation of the actors in the deliberations of the Curator's Council. In this sense, it is adopted a maximalist perspective of participation, understanding that it goes beyond the interaction with the content, in the media sphere. Similarly, it is understood the limitations of the representation process and, therefore, the proposal is to reflect on what groups can take part of this space, since the beginning of EBC until today. Furthermore, it is understood that the process of participation of civil society and the autonomy of the Curator's Council reflect on the relative autonomy of the enterprise as a whole.
Propomos analisar como o Instituto Millenium busca estabelecer a sua legitimidade e, consequentemente, desenhar sua posição no campo do poder. Para isso, partimos da investigação do perfil social dos mais de 250 nomes elencados em seu site. Iniciamos o texto com uma análise da retórica difundida pelo Imil no momento de sua fundação, sublinhando em quais lutas ele investe; passamos para o exame das posições ocupadas por esses agentes por meio de uma Análise de Correspondências Múltiplas; em seguida, com a Análise de Cluster, traçamos os quatro grupos principais com os quais o Imil entabula relações. Concluímos que este think tank ainda ocupa uma posição frágil no campo do poder, buscando conquistar sua legitimidade por meio da mediação de uma rede de relações composta por jornalistas, empresários, intelectuais e agentes com postos na burocracia estatal, constituintes de uma elite que atua em diversos espaços sociais.
Esta pesquisa analisou a dinâmica estabelecida entre as posições dos economistas-colunistas no campo do poder e suas tomadas de posição acerca da PEC 241 e das reformas da Previdência e a Trabalhista. Para tanto, adotamos como objeto os colunistas economistas dos principais jornais generalistas do país – Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Delineando suas posições em relação aos poderes econômico e político assim como ao campo acadêmico e à mídia e analisando os discursos proferidos acerca das reformas, foi possível compreender as trocas simbólicas que esses agentes estabelecem entre si bem como com os jornais em que escrevem. Sublinhamos, ainda, a importância desses agentes para a ratificação e reiteração de determinados projetos para o país, como difusores de uma doxa forjada em lugares nos quais agentes provenientes de diferentes campos sociais estabelecem trocas.
Este trabalho faz parte do projeto de pesquisa Avaliação do telejornalismo da TV Brasil – monitoramento do cumprimento dos direitos à comunicação e à informação, realizado desde 2010. A pesquisa tem como proposta analisar a televisão pública brasileira, mapeando suas características, refletindo sobre seu papel na sociedade brasileira e propondo caminhos para a efetivação de um sistema mais plural e de caráter público no país. Este artigo em particular analisa a emissora sobre o ponto de vista dos discursos feitos sobre ela na grande mídia, buscando assim, refletir sobre a imagem que se constrói da TV Brasil. Este artigo é realizado a partir de pesquisas bibliográficas que enfocam o tema do sistema público de televisão, assim como através da busca por conteúdos citados pela grande mídia brasileira sobre a TV Brasil.
Este artigo tem como proposta analisar os diferentes mecanismos de produção de opinião política entre um grupo de colunistas, comentaristas e analistas políticos da mídia no Brasil contemporâneo, relacionando tais mecanismos com as posições dos agentes no espaço social. Tomando como base as análises de Pierre Bourdieu em A distinção – crítica social do julgamento, especialmente do capítulo “Cultura e política”, este artigo propõe correlacionar esses mecanismos com um conjunto de práticas e disposições relacionadas ao habitus – incluindo, portanto, expressões de gosto e estilo de vida – bem como com o campo em que esses agentes se inserem. O estudo foi elaborado a partir da análise de 51 indivíduos, com a realização de entrevistas e prosopografia.
Este artigo tem como proposta analisar como foi a atuação do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), então principal instância de participação da sociedade civil da empresa de serviço público de comunicação do país. A partir da análise de documentos, estatutos e normas, buscou-se observar o perfil dos atores que compunham o organismo e os segmentos da sociedade civil que eles representavam, refletindo assim sobre a autonomia relativa do Conselho. Além disso, adotou-se a análise de conteúdo dos debates sobre os planos de trabalho da EBC, a fim de refletir sobre a participação dos atores nas deliberações do Conselho. Nesse sentido, partiu-se de uma perspectiva maximalista da participação, entendendo que, na esfera midiática, ela vai além da interação com o conteúdo. Da mesma forma, entende-se as limitações do processo de representação e, portanto, a proposta foi refletir sobre que grupos conseguiram espaço nesse âmbito, da origem da empresa até a edição da medida provisória 744/16, que extinguiu o Conselho Curador da EBC. Além disso, compreende-se que os processos de participação da sociedade civil e a autonomia do Conselho Curador se refletiram no período analisado na autonomia relativa da empresa como um todo. Palavras-chaveParticipação; autonomia relativa; EBC; serviço público Introdução 1Em contraposição ao modelo de desenvolvimento dos meios audiovisuais na Europa, no Brasil, as emissoras de televisão se consolidaram como empreendimentos comerciais (Bolaño, 2004), embora a exploração dos canais de radiodifusão se exerça a partir de concessão pública. A função de publicidade e propaganda 2 da Indústria Cultural, observada por Bolaño (2000), foi, no contexto histórico brasileiro, realizada pelos meios de comunicação privados, em especial, a Rede Globo. Assim, os veículos denominados públicos, no país, apresentam uma função de "complementaridade marginal" (Valente, 2009).1 Este texto tem por base trabalho desenvolvido anteriormente por uma das autoras (Vieira, 2016).2 Segundo Bolaño (2000, p. 53), a Indústria Cultural é responsável por realizar a "mediação simbólica" entre o capital e o Estado de um lado e as massas de consumidores e eleitores de outro. Esse papel de mediação é exercido a partir da oposição entre duas funções gerais da Indústria Cultural: a publicidade e a propaganda. A propaganda, nessa perspectiva, é responsável pela coesão social, "sendo monopolizada pelo Estado e pelos setores capitalistas que controlam os meios de comunicação de massa"; enquanto a segunda se estabelece tendo em vista a acumulação do capital, estando "a serviço da concorrência capitalista" (Bolaño, 2000, p. 53). Segundo Bolaño, a função ideológica da publicidade "aparece diluída e serve à constituição de uma cultura capitalista no sentido geral do termo, uma cultura montada a um tempo na individualização e na massificação, na fragmentação e na rearticulação do corpo social, no consumo individual compulsivo e na produção em massa" (2000, pp. 92-93). Empiricamente, porém, os limites entre a propaganda e a publ...
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