Este texto apresenta fragmentos do processo de pesquisa sobre os registros e as memórias de um extinto abrigo de alienados na cidade de Joinville (SC). O objetivo deste projeto foi conhecer detalhes da história da referida instituição como forma de perfazer os primeiros capítulos da história da saúde mental/loucura na cidade. A composição metodológica consiste no diálogo entre a psicologia social e a história com base no paradigma indiciário, o qual mediante a observação minuciosa se interessa pelos rastros de memória que podem ser reveladores de pequenos detalhes para a compreensão do assunto pesquisado. Como resultado temos alguns achados de pesquisa – imagens da instituição, livros de registro de internos, reportagens sobre o local, entre outros –, revelando a instituição de forma tímida e superficial, por conta dos registros escassos.
Este trabalho nasceu do propósito de conhecer a participação da psicologia na implantação do Sistema Único de Assistência Social no município de Joinville - SC. A composição metodológica que norteou a atividade desta investigação foi a pesquisa de campo exploratória de cunho qualitativo, com a produção de informações realizada por meio de entrevistas, com três profissionais que participaram/contribuíram no processo histórico de implantação da política municipal de assistência social nos parâmetros do SUAS. As entrevistas foram analisadas a partir do método de análise de conteúdo, especialmente, no diálogo com referências da psicologia social brasileira. A partir das memórias e experiências das três participantes da pesquisa foi possível conhecer questões históricas da implantação do SUAS e dos serviços ofertados na cidade, bem como os dilemas na atuação profissional, afetações e desafios. Além de reflexões acerca dos aspectos relacionados aos modos de fazer assistência e a constituição dos trabalhadores deste setor.
O território tem sido um conceito cada vez mais valorizado nas políticas públicas, especialmente no campo da proteção social. O presente trabalho tem como objetivo analisar os sentidos do território para profissionais da média complexidade do Sistema Único de Assistência Social da cidade de Joinville, SC. A proposta de investigação, orientada pela pesquisa-intervenção, deu-se por meio de um percurso formativo mediado por oficinas estéticas, cuja característica é o desenvolvimento de atividades criadoras seguidas de grupo de discussão. Foram realizados cinco encontros, com duração de três horas cada um, e, no final do percurso, um grupo focal com os participantes. Tendo como conceitos norteadores as dimensões do território, nas atividades propostas para cada encontro, utilizamos o mapa do município em questão como um recurso metodológico, o qual se mostrou um instrumento potente para pensar sobre o território e suas especificidades. As informações produzidas pelo percurso foram analisadas a partir do método de análise de conteúdo, que gerou as seguintes categorias: sentidos do território e percurso da pesquisa-intervenção; encontro entre perspectivas conceituais e experiência com o território; e território e cidade: percepções (des)construídas na prática socioassistencial. A pesquisa tornou-se espaço de significação, pois o percurso possibilitou a produção de uma reflexão nos participantes a partir daquilo que emergiu entre esses sujeitos e a discussão sobre território, compreendendo-o como um dos conceitos fundamentais nas políticas públicas. Portanto encontro de pesquisa configurou-se como um ato significativo.
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo a análise de um filme de curta metragem Neguinho e Kika. O filme conta a história de Neguinho, um jovem trabalhador do tráfico de drogas, que vive um amor em meio aos dramas da vida. Para pensar o filme e as relações estéticas a partir da obra, tomamos como interlocutor o filósofo Jacques Rancière. A análise foi orientada pelo paradigma indiciário, método de investigação que se atenta aos detalhes das narrativas, cenários e atuações. As cenas escolhidas para análise têm em comum a presença de instituições que, de certa maneira, (des)ordenam a vida na comunidade: o estado, a família e o tráfico. Compreendemos, a partir de nossa análise, que o filme mostra sua potência nas relações que estabelece, além do que é visível e dizível, no fazer sentir e pensar para além do que o autor nos apresenta.
Resumo Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa-intervenção que teve como objetivo investigar a potência da mediação audiovisual em um percurso formativo com trabalhadoras da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no município de Joinville - SC no Brasil. A orientação teórica e metodológica foi a Psicologia Sócio-histórica em diálogo com conceitos da obra de Jacques Rancière. A ênfase metodológica do percurso foi a mediação audiovisual, que privilegiou a audiência de obras cinematográficas produzidas na cidade, dentre outras atividades imagéticas, seguida por um grupo de discussão. No processo de análise buscou-se trabalhar com a montagem de cenas da pesquisa, conjecturando relações entre o plano destes episódios na pesquisa-intervenção com o campo mais amplo que contorna a experiência de ser trabalhador(a) do SUAS. Os resultados e discussões são apresentados em três cenas. Na primeira cena destacamos o trabalho de mediação e apresentamos uma narrativa pontuando alguns episódios e detalhes dos próprios encontros da pesquisa. Na segunda são discorridos os prováveis sentidos da expectação e discute-se o modo como a participação no percurso produziu vivências qualitativas com a expectação. Por fim, na terceira cena, refletimos a necessidade de atividades de educação permanente que possibilitem espaços de diálogo, vivências e abertura para significar o trabalho socioassistencial. Consideramos que o modo como o percurso foi vivenciado permitiu a emergência de cenas na pesquisa que expressam a potência da mediação audiovisual. Ademais, o arranjo teórico metodológico que embasou o percurso formativo foi indispensável para a construção destes resultados.
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar as condições de trabalho do Docente de Apoio à Inclusão (DAI) em Córdoba, Argentina, a partir da Resolução nº 1.825, de 2019, sob a perspectiva das influências neoliberais na educação da América Latina. O percurso metodológico desta pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica encontrou sustentação na teoria histórico-cultural, e contou com pesquisa de campo em Córdoba, pesquisa bibliográfica e documental, entrevista não estruturada e análise de conteúdo. Os resultados apontam para a presença de efeitos do capitalismo de cunho neoliberal na política educacional que orienta o trabalho da DAI. Um dos efeitos percebidos foi a intensificação das atribuições docentes, que pode resultar em uma sobrecarga de trabalho na medida em que a política exige um “superprofessor” e contrasta com a adoção de uma concepção social de deficiência para orientar o trabalho do DAI.
A Residência Médica envolve mudanças na vida do médico residente e intenso contato com a dor, a doença e a morte, colocando esses profissionais em risco de sofrimento emocional. Este estudo teve como objetivo analisar as experiências dos médicos residentes na sua formação em um hospital público de Santa Catarina. Participaram da pesquisa oito médicos residentes, alunos do segundo ano de residência (R2). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada na análise de conteúdo.
Este texto tem como objetivo investigar como o trabalho intersetorial desenvolvido em um CRAS do município de Joinville - SC expressa modos de articulação comunitária e formas de participação social. Para tanto, foram realizadas observações participantes nas reuniões do grupo de articulação do referido CRAS e entrevistas semiestruturadas com atores representativos do grupo de articulação. A análise das informações produzidas foi orientada teórica e metodologicamente pela psicologia social em diálogo com o filósofo Jacques Rancière, sobretudo pelo Método da Igualdade. Os resultados estão apresentados em três categorias que emergiram do trabalho de campo e discutem questões relacionadas às histórias de vida e participação social, a atuação na associação de moradores no território estudado e a potência da mediação do CRAS na articulação comunitária. Considera-se como a mediação do CRAS qualificou a articulação comunitária no território estudado.
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