As novas formas de comunicação e interação que surgiram nas últimas décadas podem ser de grande valia para o ensino de língua estrangeira. Assim, acredita-se que uma prática pedagógica que englobe a multiculturalidade presente nas sociedades atuais possa favorecer um ensino mais interdisciplinar e, consequentemente, mais contextualizado. Contudo, admite-se que o contexto formal e regular de ensino e a formação docente podem não ser, muitas vezes, aliados. Conclui-se que, de fato, existem desafios que precisam ser superados para a implementação de novas abordagens no ensino de LE que favoreçam o posicionamento crítico do estudante. Todavia, defende-se a necessidade de tentar enfrentá-los de forma analítica e consciente ao longo da carreira acadêmica: um bom professor não é aquele que sabe mais, mas o que está em constante formação e não perde do seu horizonte o compromisso com o ensino responsável e responsivo.
Para tanto, selecionamos os gêneros anúncio, editorial e notícia dos periódicos Diário da Manhã: órgão político e noticioso e Diário do Nordeste, a partir dos quais coletamos nossos dados. Observamos que a posição proclítica dos pronomes átonos é a favorita em nossa amostra e as variáveis formas nominais, época de publicação e modo/tempo verbal foram as mais relevantes para a investigação. Nesse sentido, o fator infinitivo da primeira variável e os fatores subjuntivo/presente e indicativo/pretérito da variável modo/tempo verbal se mostraram favoráveis à próclise. Além disso, identificamos o ano de 2019 como a época favorecedora da variante em foco. Em seguida, averiguamos qual gênero textual em cada época de publicação selecionada beneficia a próclise. Os resultados comprovaram que nenhum gênero textual privilegiou a posição proclítica no ano de 1929 e apontaram que o gênero anúncio, assim como os outros gêneros, está inclinado ao uso da variante em 2019. Defendemos que o maior conhecimento sobre o fenômeno de cliticização poderá incentivar a compreensão de seu próprio funcionamento, especialmente da variante proclíticafrequentemente mal avaliada socialmente. Por conseguinte, poderá contribuir, ainda, para uma reformulação das gramáticas tradicionais mais contextualizada com a realidade atual brasileira.
À luz da noção de heterogeneidade disciplinar na construção do conhecimento e na escrita acadêmica (Hyland, 2000; Pacheco, 2020), o presente trabalho é de cunho exploratório-descritivo (Gil, 2008) e propõe-se a descrever qualitativamente a cultura disciplinar da área de Direito quanto à prática de pesquisa e produção do gênero artigo acadêmico. Contamos com a participação de sete professores-pesquisadores que publicam artigos em periódicos reconhecidos pelo campo jurídico. Além disso, realizamos uma extensa pesquisa documental e bibliográfica para compreender o conjunto de propósitos, valores e crenças epistêmicas da área, bem como discutir elementos histórico-culturais que a alicerçam. Fornecemos um breve panorama das práticas disciplinares que atravessam essa comunidade acerca do fazer pesquisa científica e dos processos em torno de artigos produzidos pela área. Observamos que o gênero desempenha um papel representativo no âmbito acadêmico-científico do Direito, propiciando aprofundamento e atualização de temáticas significativas; agilidade na publicação de discussões teóricas e resultados de pesquisa; grande circulação de trabalhos em decorrência da democratização do conhecimento advinda da internet e de plataformas on-lines dos periódicos; e manutenção do fluxo de pesquisa. Ao discutirmos os aspectos que a sustentam, podemos perceber como essa disciplina produz e dissemina seus conhecimentos, especialmente por meio do artigo acadêmico.
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