Resumo Neste artigo apresentam-se a trajetória educacional de cinco professoras alfabetizadoras referentes à aprendizagem em Geometria e como elaboraram suas estratégias de ensino e avaliaram o curso, após terem participado de formação continuada sobre os respectivos conceitos no Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). De caráter qualitativo, este trabalho teve como instrumentos de coleta de dados entrevistas semiestruturadas e notas de campo elaboradas durante a observação das aulas. Para a sua análise, foram utilizadas metodologias decorrentes da Análise de Discurso, na linha francesa, visando compreender as condições de produção nas quais esses sujeitos situam-se. Os resultados mostraram que ocorreram lacunas conceituais na formação dessas participantes, bem como os discursos indicaram que os sujeitos sofreram influências do período de abandono ou minimização dos conceitos geométricos em suas formações iniciais e que afetam, ainda hoje, a maneira como compreendem e elaboram o seu fazer docente em relação a essa temática.
O presente artigo tem como objetivos refletir sobre alguns cursos de formação continuada (FC) oferecidos nas duas últimas décadas a professores alfabetizadores do estado de São Paulo e estabelecer relações a partir dos depoimentos de professores alfabetizadores a respeito de um curso de FC com conteúdo de Geometria oferecido pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa-PNAIC. Entende-se que as concepções formativas adotadas nestes cursos são norteadas por políticas públicas educacionais que, a princípio, parecem diferentes, mas que convergem para os mesmos propósitos. A partir de análises qualitativas, foi realizada uma breve explanação sobre cinco programas de FC de professores voltados à alfabetização: Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA); Programa Pró-letramento; Programa Letra e Vida; Programa Ler e Escrever; e PNAIC, relacionando-os aos modelos formativos adotados em diferentes momentos por uma rede municipal de ensino, situada no interior do estado de São Paulo. Os resultados apontaram que os cursos adotam concepções tecnicistas de ensino e reproduzem ações formativas que podem aligeirar o processo de apropriação teórica e metodológica, influenciando o processo de ensino. Nota-se, a partir das respostas dos sujeitos ouvidos, que o modelo tecnicista que enviesa tais formações é considerado positivo por ser prescritivo, mesmo que desconsidere as dificuldades conceituais dos professores que irão proceder as ações.
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