O aumento da expectativa de vida dos seres humanos favoreceu o aumento do diagnóstico de doenças crônico-degenerativas, dentre elas as que acometem o sistema visual. Uma vez que as células neuronais não são capazes de regeneração espontânea, diversas patologias como a Retinose Pigmentar (RP), glaucoma, Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI), dentre outras, podem levar a lesão tecidual e cegueira. O Epitélio Ciliar (EC), um tecido adjacente à retina, tem se demonstrado uma fonte promissora de células-tronco/progenitoras retinianas, uma vez que estas células podem ser reprogramadas em células-tronco e se diferenciarem em neurônios retinianos in vitro. Apesar desse potencial, estas células apresentam capacidade regenerativa limitada, que pode ser controlada por fatores e sinalizações contidas no microambiente. As vesículas extracelulares (VE) são sintetizadas e liberadas por células ao ambiente e podem conter componentes sinalizadores, inclusive inibitórios da capacidade de reprogramação. Este trabalho teve como objetivo estudar a maquinaria de síntese de VEs presentes nas células do EC, assim como caracterizar as VEs liberadas por estas células quanto a sua quantidade, tamanho e morfologia. Além disso, também investigamos a capacidade de liberação de VEs em modelo animal de degeneração retiniana (p23H) em comparação com animais sem degeneração. Nossos resultados indicaram que as células do EC apresentaram microvesículas em seu citoplasma e que expressaram os transcritos dos marcadores mais comuns da biogênese de microvesículas (Alix, CD63, CD81, Anexina V, EpCAM, ICAM, TSG101 e HSP70). A análise de Rastreamento de Nanopartículas (tamanho e concentração) indicaram que as células do EC foram capazes de liberar VEs de diferentes tamanhos, variando entre 100 e 1000 nm. Os animais modelos de degeneração retiniana expressaram menos marcadores de VEs em comparação com os animais controles, porém, as vesículas liberadas apresentaram maior tamanho. Nossos resultados sugerem que as VEs das células do EC podem ser um mecanismo de comunicação celular e a degeneração retiniana podem regular a síntese e liberação destas VEs.
ResumoEste trabalho tem como objetivo apresentar o processo de ritualização das atividades e práticas vivenciadas no primeiro jardim da Infância Público de São Paulo no período de 1896 a 1912. Podemos compreender este processo de ritualização em duas vertentes que se distinguem em ritos, correspondentes à ação que se desenvolve diariamente na vida dos seres humanos, constituindo verdadeiro ordenador descritivo da experiência de sentido conatural ao homem e assemelham-se aos jogos por estabelecerem regras com múltiplas simbologias presentes no espaço cujo significativo está para os sujeitos que interagem dentro de uma determinada realidade como o espaço escolar. O ritual, por sua vez, são práticas e ações vivenciadas e compreendidas a partir de sua localização, tanto em suas dimensões espaciais quanto temporais, traduzindo-se em expressões simbólicas da vida social. Percebe-se que um ritual é um conjunto de gestos, palavras, formalidades e manifesta-se principalmente nas religiões, nas tradições familiares ou na comunidade e está intimamente ligado ao conceito de rito. Mas o ritual acontece em comunhão entre sujeitos, tempo e espaço. O aspecto mais importante do ritual são as práticas sociais que dão sentido a todas as manifestações e tradições. Nesse sentido, os espaços ritualísticos não estão limitados apenas à religião ou ao misticismo, mas como um espaço que obedece a regras, apresenta padrões e procedimentos típicos. Sua manifestação pode ocorrer em um único indivíduo, um grupo, ou por uma comunidade inteira; como em locais arbitrários, específicos, diante de pessoas ou privativamente, onde os espaços ritualísticos podem se reinventar constantemente. Desta forma, os rituais na escola apresentavam-se na rotinização das atividades e eram vivenciados diariamente na organização das atividades em sequências fixas, repetidas e regulares, instituídas para alunos e professores. As atitudes formais auxiliavam na construção da pertinência a um grupo social, organizado a partir de regras específicas. Faziam parte desses momentos rituais: a entrada (com canto e saudações); o repouso; o recreio; os pensamentos; os méritos; os cantos de despedida e a saída. Para que possamos compreender como o processo de ritualização das práticas e do cotidiano escolar, na escolarização da infância, em São Paulo, no período de 1896 a 1912, foram se constituindo, foi realizada uma análise teórica e histórica a partir de relatórios de instrução pública, de materiais obtidos no acervo da Escola Caetano de Campos, nas revistas pedagógicas, nos relatórios de professores sobre os alunos e sobre o funcionamento da escola, os diários de classe e os brinquedos, que nortearam os nossos estudos acerca da educação dos sentidos no fim do século XIX e início do século XX, com base em Carvalho (1989), Geertz (1978), Kulhman Junior (2011), Pavan (1996) e Terrin (2004. A partir desta recriação, este trabalho nos possibilita compreender como os ritos e os rituais fizeram-se presentes na composição de uma escola que nascera não de um sonho, mas de um ideár...
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