Teoria da literatura e História intelectual EditorialPela natureza da vida intelectual no Ocidente, uma História Intelectual necessariamente passa pela história da escrita e pela história do texto, das interpretações. O que torna fácil visualizar o âmbito de encontro entre os campos da teoria da literatura e da história intelectual. Todavia, boa parte da crítica e da teoria no campo dos Estudos literários permanece, de maneira mais ou menos consciente, apoiada sobre o conceito tradicional de uma história das ideias, que reduz a linguagem à sua função referencial, tomando as "ideias" como representações realistas da realidade.Em função deste contexto, fizemos, por meio desse dossiê, um convite aos
O texto propõe, por meio de um jogo interpretativo, abordar alguns aspectos da produção teatral Labirinto explorando uma cadeia de metáforas: luz, fio, labirinto e dívida.
Apresentamos, sob a forma de um comentário, uma hipótese: no processo histórico de formação da cultura literária e intelectual brasileira, há claros índices da constituição de uma dimensão compartilhada e comum entre a literatura, história e pensamento social e filosófico. Nesse terreno comum, percebemos um movimento que direciona a reflexão sobre a configuração da subjetividade moderna no sentido de compreendê-la como uma interioridade nacional. Nesse solo fortemente constituído, a obra de J. Cabral de Melo Neto impõe-se como um deslocamento. Para pensa-lo, recorro não à poesia, mas à reflexão sobre poesia moderna em prosa crítica escrita pelo autor na década de 1950 em dois textos bem conhecidos “Poesia e composição” (1952) e “Da função moderna da poesia” (1957).
Resumo: O texto busca considerar criticamente a noção de superastro, presente no livro Uma Literatura nos Trópicos, de Silviano Santiago (1972), entendendo-a como um operador interpretativo que pode tornar possível um exercício de teorização no horizonte conceitual e fenomênico aberto pela performatividade e pelo modo temporal que a perpassa: a presença. A questão levantada é se a exuberante figura do superastro pode servir como dispositivo de observação e reflexão teórica da performance.Palavras-chave: performance; superastro; Silviano Santiago; presença; teoria da literatura.Abstract: The text seeks to critically address the notion of superstar, present in the book A Literature in the Tropics by Silviano Santiago (1972), understanding it as an interpretative operator that can become an exercise of theorizing on the conceptual and phenomenal horizon opened by performativity and by the temporal mode that runs through it: the presence. The question is whether the lush figure of the superstar can serve as a device for observation and theoretical reflection of performance.Keywords: performance; superstar; Silviano Santiago; presence; theory of literature.
RESUMOA proposta deste texto é identificar a crítica de Derrida à subjetividade moderna para, em seguida, mapear o impacto dessa crítica e inflexão, apontando a tradução -no sentido que lhe é atribuído por Derrida -como possibilidade em aberto para a construção do discurso das ciências humanas.
Palavras-chave: Subjetividade. Interdisciplinaridade. Discurso. Tradução. Jacques Derrida. ABSTRACT The purpose of this text is to identify Derrida's critique of modern subjectivity, and then map the impact of critical and inflection, pointing the translation -in the sense attributed to it by Derridaas an open possibility for the construction of the human sciences. Numa fronteira, interdito e passagem se contaminam. Dobra de si pela qual o sujeito escreve, mas estraga-se na interrogação infinita sobre sua possibilidade. Nas faces contrapostas das páginas desta escrita porvir, desvia-se da busca por um passado com o qual controlar o futuro.O lugar de onde ela parte não é um espaço fechado, localidade de exclusão, um gueto. Não é o aqui empírico e nacional de um território. Escrever a partir de um lugar não é necessariamente tomá-lo como propriedade para encerrá-lo dentro de um discurso de representação a ser fixado e reificado.A escrita disseminada, itinerante, faz sulcos nos territórios por onde passa. Inventa um caminho inencontrável. Mas, ao mesmo tempo em que desenha, ela reconhece os gestos que produz. Como um registro nômade, a escrita e o pensamento de Jacques Derrida trabalham a historicidade dos
O crítico, ensaísta e romancista Maurice Blanchot explorou o fenômeno literário ao longo de sua obra mantendo como horizonte o reconhecimento da condição radicalmente póstuma da escrita e a inquietude que essa condição imprime ao escritor. Sua obra, fragmentária, esteve sempre atenta à relação entre a finitude - como experiência antropológica fundamental e como evento que evidencia a duração da vida humana, isso é, sua relação com o tempo - e a arte da escrita. Partindo desse ponto, propomos um estudo da imagem da morte em “Le regard d’Orphée”, ensaio de Maurice Blanchot. Esse ensaio apresenta-se como uma fascinante encenação da metáfora da morte e uma profunda meditação sobre a possibilidade da arte literária no imediato pós-guerra, tempo em que a aflição e o desamparo modernos se aguçam. Nossa intenção é desvendar a historicidade embutida da imagem da morte nesse ensaio de Blanchot.
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