O objetivo do estudo foi identificar as principais características da captação de recursos para capital de giro das pequenas empresas da microrregião da Amurel (sul de Santa Catarina). Para tanto, realizou-se levantamento de dados por meio de sondagem (survey) com abordagem quantitativa. A amostra da pesquisa foi composta por 299 empresas de pequeno porte sediadas na área citada e a aplicação do questionário ocorreu nos meses de abril a junho de 2016. Após uma breve revisão da literatura foram abordados os procedimentos metodológicos adotados, descritas as principais características das entidades abrangidas e apresentados os resultados da pesquisa. A principal contribuição teórica do estudo reside na evidenciação das peculiaridades relacionadas às práticas de financiamento do capital de giro no âmbito das pequenas empresas. Nesse sentido, restou evidenciado que há uma intenção de evitar o crédito bancário, mas quando recorrem a essa forma de captação priorizam os bancos comerciais em detrimento de agências de fomento ou cooperativas de crédito e preferem taxas de juros mensais inferiores a 2%. Os motivos mais alegados para justificar a fuga das operações de crédito são as altas taxas de juros, a instabilidade econÿmica do país e a incerteza quanto ao futuro da empresa. Ainda, no caso de insuficiência de dinheiro para quitar as dívidas, a primeira iniciativa é na direção de negociar com fornecedores para postergar os prazos de pagamento.
<p class="Resumo">O estudo verificou a influência das conexões políticas no custo de financiamento da dívida de companhias abertas listadas na B3. Realizou-se pesquisa descritiva, quantitativa e documental, com consulta aos Formulários de Referência, banco de dados Economática, website do TSE e Asclaras. O custo da dívida foi analisado pela razão entre as despesas financeiras e o passivo oneroso. Para conexões políticas foram utilizadas três variáveis: (1) dummy para doações às campanhas eleitorais; (2) dummy para participação acionária direta ou indireta do governo na estrutura de propriedade das empresas; (3) dummy para doações às campanhas eleitorais ou participação acionária do governo. Os resultados indicaram que as médias do custo do endividamento eram estatisticamente inferiores, na maioria dos anos, somente no grupo de empresas que realizaram doações às campanhas eleitorais. A análise multivariada confirmou que as conexões políticas por meio de doações para campanhas eleitorais influenciavam para a redução do custo da dívida.</p>
Resumo: Objetivou identificar as características das políticas de compra e venda das pequenas empresas de microrregião do sul catarinense. Para tanto, foi efetuada sondagem que abrangeu 299 empresas. Os resultados destacaram a preponderância das vendas com prazos inferiores a 90 dias e a preferência por receber dos clientes por depósitos bancários (fábricas) e em dinheiro (comércio). O nível de inadimplência predominante ficou entre 0,1% e 2,0% das vendas a prazo e a análise do histórico do cliente foi a medida mais usada na concessão de crédito. Nas compras verificou-se que os prazos de pagamento eram, em sua na maioria, inferiores a 90 dias, mas pouco menos de 42% das fábricas conseguiam prazo maior. O boleto bancário foi a modalidade de pagamento mais utilizada nas empresas fabris e nas demais. A maioria das participantes não mensura o prazo médio de permanência no estoque, mas naquelas que medem-no este situa-se em 45 dias. Palavras-chave:Pequenas empresas. Políticas de compra e venda. Survey. IntroduçãoA capacidade das pequenas empresas atuarem de forma competitiva nos respectivos segmentos de mercado está amplamente vinculada à formulação de estratégias de negócios nas quais são levadas em consideração as ações e reações dos concorrentes diretos, assim como a existência e importância de fornecedores, clientes e produtos alternativos que auxiliem quanto às necessidades dos mercados onde estas empresas atuam (LUPOLI JUNIOR, 2016).Além disso, o ambiente econômico de mercado das pequenas empresas é caracterizado por uma concorrência acirrada, onde as políticas de compra e vendas passam a ter grande importância. Então, para conseguirem se manter competitivas estas necessitam adequar seus procedimentos operacionais a fim de atingir determinados níveis de qualidade, custos competitivos e políticas de precificação que, muitas vezes, são viáveis apenas na realidade das grandes empresas. Porém, os maiores afetados por alterações no ambiente competitivo têm sido as pequenas e médias empresas, que geralmente têm menos recursos à disposição para resistirem a essas mudanças (CARRÃO, 2004;FARIAS FILHO et al., 1999).Nesse sentido, diversos fatores afetam a realidade competitiva das empresas e têm merecido a atenção de pesquisadores. Entre esses destaca-se o aumento da influência dos compradores para estabelecerem o preço e as formas pelas quais se dispõem a pagar pela aquisição de bens e serviços. Isso acarreta a redução do poder das empresas vendedoras para estabelecer o preço e a forma de recebimento das vendas, passando a ser uma característica presente na maior parte dos segmentos mercadológicos, independentemente do porte das
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