Objetivo : Avaliar as ações da Fonoaudiologia nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família da cidade do Recife (PE). Métodos : Foi realizado um estudo de avaliação com abordagem normativa, considerando os aspectos relacionados à estrutura e processo. Para a avaliação, foi elaborado o modelo lógico da atuação fonoaudiológica no Núcleo de Apoio, a partir da análise dos documentos oficiais que regulamentam a atuação nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Em seguida, foi construída uma matriz de avaliação e elaborado o instrumento para a coleta de dados. Foram entrevistadas dez fonoaudiólogas integrantes das equipes NASF do município pesquisado. Para definição do grau de adequação das ações fonoaudiológicas no NASF, foi utilizado um sistema de escores que permitiu classificá-las em adequadas (75-100%), parcialmente adequadas (50-74,99%), incipientes (25-49,99%) e críticas (<24,99%). Resultados : O modelo lógico resultante deste estudo apontou para uma atuação fonoaudiológica fundamentada no Apoio Matricial e com atividades de apoio à Atenção e à Gestão. Em relação à avaliação das ações, as dimensões “estrutura” e “processo” foram classificadas, respectivamente, como incipiente e adequada. Considerando as duas dimensões avaliadas, as ações da Fonoaudiologia no NASF puderam ser consideradas adequadas. Conclusão : A Fonoaudiologia tem desempenhado de forma coerente seu papel nos NASF da cidade do Recife. Embora sua atuação seja fundamentada no processo de trabalho, aponta-se a necessidade de intervir em questões relacionadas à estrutura, a fim de aprimorar o desenvolvimento das ações realizadas nesse contexto.
OBJETIVO: caracterizar queixas, sintomas e fatores de risco relacionados à perda auditiva em crianças com suspeita de perda auditiva no Distrito Sanitário I do Recife/Brasil. MÉTODOS: relato de experiência de atuação fonoaudiológica em parceria com Agentes Comunitários de Saúde - ACS que foram capacitados sobre saúde auditiva para identificar crianças com queixas de audição. Foram realizadas visitas aos domicílios indicados e ao posto de saúde e entrevistadas 80 mães obtendo-se informações a respeito de 117 crianças de 0 a 7 anos. Para as análises dos dados foram privilegiadas informações sobre: queixas otológicas, audiológicas e fatores de risco para a audição. RESULTADOS: 35 crianças (29%) apresentaram uma ou mais queixas otológicas e/ou auditivas. Os dois principais sintomas otológicos referidos foram: otalgia (74,2%) e otorréia (34,2%). Os sintomas auditivos mais freqüentes foram: dificuldade de compreender o que os outros falam (25,7%) e diminuição da audição (20%). Com relação aos fatores de risco, verificou-se que 57 (48,7%) crianças possuíam um ou mais fatores, sendo eles: uso materno de álcool (59,6%) durante a gestação, antecedentes hereditários para a surdez (43,8%) e uso materno de drogas ilícitas (39,8%) durante a gestação. CONCLUSÃO: a otalgia foi o principal sintoma referido e a dificuldade de compreensão foi a queixa mais freqüente. Os fatores de risco mais importantes foram o uso materno de álcool e de drogas ilícitas como maconha e craque durante a gestação.
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