O presente dossiê trata de um campo fundamental na vida internacional contemporânea, a Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID), abordando seus debates e práticas. Em termos históricos, esse campo começa a se delinear após a Segunda Guerra Mundial, em um contexto em que a estabilidade econômica em regiões periféricas se mesclava com preocupações de segurança e geopolítica. O processo de descolonização, intensificado nesse período, gerou novos atores estatais, fazendo multiplicar a representação e demandas relativas ao chamado Terceiro Mundo. Ao mesmo tempo em que esses países se inseriam no sistema internacional, traziam a contestação da estrutura bipolar e questionavam a condição de subdesenvolvimento. Esse foi o período da criação do Movimento dos Não-Alinhados na UNCTAD, do G-77 na Assembleia Geral da ONU, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Conferência para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), fortemente baseada nas teorias cepalinas de dependência. Com isso, o aparato de fomento à cooperação internacional ganha robustez, constituindo um campo de ação voltado para as novas demandas e necessidades relativas ao desenvolvimento.
El objetivo del artículo es analizar en qué medida la perspectiva descolonial se refleja en la enseñanza y la investigación en el área de relaciones internacionales (RI) en Brasil. La primera parte es conceptual y discute los significados de la decolonialidad y sus interfaces con el área de ri. Después, se presenta el análisis empírico, que utilizó documentos, datos y estudios relacionados con los cursos de grado y posgrado brasileños en esta área. Se destacaron avances iniciales con la inclusión de los debates sobre las relaciones étnico-raciales en los cursos de grado, la constitución de grupos de investigación y la existencia de algunas (pocas) tesis de posdoctorado sobre el tema. Sin embargo, se encontraron varios desafíos importantes para que la decolonialidad se afirme como un eje relevante en los estudios brasileños de RI, entre ellos la pequeña inserción de estos contenidos en los planes de estudio de grado, la centralidad de las teorías centradas en el Estado y el racismo y la resistencia institucional.
Social e Territorial responde por cerca de um terço do orçamento da União Europeia e representa uma das mais avançadas políticas desenvolvimentistas internacionais. Esta foi desenhada no sentido de causar impactos socioeconômicos-entre eles, redução das disparidades regionais e convergência do PIB per capita das regiões para a média europeia-e políticos-aumento da participação democrática no âmbito comunitário, tendo em vista o debate sobre o défice democrático da governança europeia. O objetivo do presente trabalho é analisar a influência da política de coesão europeia no processo de desenvolvimento socioeconômico e no tocante à evolução da Governança Multinível, assimétrica, em Portugal e em suas regiões. Destacaram-se relevantes impactos socioeconômicos e políticos nos níveis nacional e regional, mesmo com a permanência, em algumas regiões, das assimetrias.
O objetivo geral desse artigo é analisar a participação de organizações sociais brasileiras na produção das diretrizes de gênero da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (REAF) do Mercosul. Mais especificamente, os objetivos são: analisar as interações entre o governo brasileiro e as organizações sociais, assim como as demandas apresentadas pelos Movimentos de Mulheres; examinar os resultados dessas práticas sociais de resistência e de participação; e investigar as debilidades do processo participativo - sob a ótica das mulheres rurais. A metodologia é qualitativa, fundamentada em análise documental, observação e entrevistas semiestruturadas. A análise de conteúdo das entrevistas foi realizada por meio do software livre IRaMuTeQ. Os resultados mais destacados, na visão das trabalhadoras rurais, estão vinculados ao aprendizado, ao diálogo, ao fortalecimento da qualidade da sua presença nos espaços políticos e à maior visibilidade e articulação nacional e internacional dos Movimentos de Mulheres. Elas conseguiram colocar suas demandas de autonomia econômica e política, superando dificuldades anteriores e contribuindo ativamente com a construção de políticas públicas democráticas. As debilidades principais referem-se à frágil institucionalidade dessas iniciativas e à dependência da vontade política dos governos da vez.
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Autor(es):Castro, Aline Contti
Nessa entrevista, Dra. Tussie fala de sua trajetória profissional, de sua relação com Susan Strange e analisa o campo da Economia Política Internacional na América Latina. Além disso, aborda temas como as relações entre teoria e prática, as relações Brasil-Argentina, a hegemonia brasileira e o regionalismo latino-americano.
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