ResumoA crise demonstra uma situação anormal, pois ela não rompe apenas com a prosperidade recebida e desfrutada até o momento, mas também cria um conjunto de escassez e de dificuldades para a grande maioria dos envolvidos. A ocorrência de uma crise financeira pode-se entender resumidamente como conturbações na economia, fundamentadas por eventos econômicos. A crise de 2008 representou uma mudança na história do capitalismo, atingiu todos os mercados, do monetário ao de crédito, das bolsas de valores à de mercadorias. Ela alcançou o âmbito internacional e foi muito intensa, gerando um indício da escassez global de liquidez em dólares e tornando pior os termos de troca, devido à queda dos preços das commodities. A bolha financeira americana foi considerada a maior, desde a grande depressão de 1929.Palavras-chave: Causas. Consequências. Crise de 2008. Impactos.
As normas voluntárias de sustentabilidade (NVS) estão assumindo importância cada vez maior na articulação das cadeias produtivas, seja pelas exigências das grandes redes multinacionais – principalmente as varejistas – de seus fornecedores para otimizar a logística e homogeneizar as características dos produtos; ou como instrumento para certificar a qualidade dos produtos e garantir acesso aos mercados mais regulados a respeito de critérios ambientais, sociais e cor¬porativos. Igualmente importante é a atribuição das NVS para provar que se cumpre mais do que os requisitos legais necessários, reforçando os compromissos de governança socioambiental assumidos voluntariamente pelas empresas. Neste trabalho, as NVS serão descritas sob diferentes perspectivas: i) os conceitos, motivações e desafios; ii) os efeitos diretos no comércio e indiretos na sustentabilidade socioambiental; iii) os canais de transmissão, e o papel das redes de varejo e certificações; e iv) a análise de estudos empíricos.
O objetivo do estudo é estimar os efeitos dos subsídios de apoio interno de países terceiros sobre as exportações agrícolas brasileiras. O estudo contribui com a literatura existente ao aplicar ao conjunto de dados os subsídios fornecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para diferentes níveis de desagregação do apoio governamental. O modelo gravitacional é aplicado para fluxos agrícolas agregados e desagregados por produtos e para as exportações brasileiras e mundiais, o que permite comparação dos resultados. Ao considerar as exportações de todos os produtos do agronegócio, o suporte ao produtor (producer support estimate – PSE) tem um efeito negativo sobre os envios do Brasil no período analisado. Considerando as estimativas de suporte a serviços gerais (general services support estimate – GSSE) e as estimativa de suporte ao consumidor (consumer support estimate – CSE), que tratam dos subsídios gerais ao setor e do apoio aos consumidores de produtos agrícolas, respectivamente, estes não apresentaram significância estatística. Partindo para uma análise mais detalhada no âmbito setorial, os resultados foram distintos para diferentes setores: em relação à soja em grãos, principal produto da pauta exportadora agrícola brasileira, o subsídio específico por produto (single commodity transfers – SCT) não apresentou significância estatística sobre os envios brasileiros. Ademais, as exportações de milho, carne suína e carne bovina do Brasil parecem ter uma relação positiva com os subsídios fornecidos pelos países concorrentes, enquanto os envios de açúcar parecem ser afetados de forma negativa. No setor de pesca e aquicultura, a indisponibilidade de dados afetou a obtenção de resultados econométricos para o Brasil, mas quando consideradas as exportações mundiais, foi possível constatar uma relação positiva de subsídios e exportações, ou seja, os subsídios fornecidos à pesca e aquicultura pelos países podem ter contribuído para o aumento das exportações desse setor.
Este estudo buscou verificar qual o efeito do aumento da concorrênciade importações chinesas nos acidentes e doenças do trabalho no Brasil no período de 2000 a 2016. Para isso, utilizou-se o método de variável instrumental, bem como um conjunto de efeitos fixos e variáveis de controle para captar o efeito de interesse. Os resultados obtidos demonstram que o aumento da concorrência de importações chinesas aumentou os acidentes e doenças do trabalho no Brasil em 2000-2016. Além disso, setores com menor número de empregados apresentam um maior efeito da concorrência de importações chinesas nos acidentes e doenças no trabalho.
Este artigo é dedicado analisar os efeitos econômicos de um TLC entre os EUA e o Brasil - na verdade, os EUA e o Mercosul, já que é um união aduaneira - usando um modelo de equilíbrio geral. A seção 2 apresenta o modelo utilizado e as características do simulações, que envolvem redução de tarifas e barreiras não tarifárias. A seção 3 mostra os resultados, no que diz respeito ao principais variáveis macroeconômicas em ambos os países, os efeitos sobre o bem-estar, os efeitos setoriais sobre a produção níveis de comércio exterior e os fluxos de comércio bilateral. A seção 4 discute as principais conclusões do exercício.
Este artigo explora os possíveis efeitos econômicos de um Acordo de Livre Comércio entre o Brasil (e também seus parceiros do Mercosul) e a Rússia (e seus parceiros da União Econômica da Eurásia, usando uma abordagem de equilíbrio geral computável. Dois cenários foram considerados, um que aplica apenas reduções tarifárias (Redução de 100% para todos os setores em ambos os países, uniformemente distribuída em um horizonte de 10 anos, de 2021 a 2030) e outra com esta mesma redução tarifária e também uma redução de 25% nas barreiras não tarifárias para todos os setores, uniformemente distribuída em Os resultados foram apresentados como desvios do cenário de linha de base, mostrando a variação cumulativa até 2035. O TLC teria, em geral, efeitos macroeconômicos e de bem-estar positivos para o Brasil e a Rússia, mas os resultados não são simples. Os efeitos sobre o PIB seriam pequenos, embora mais significativos para a Rússia, mas o investimento e os salários reais cresceriam no Brasil e cairiam na Rússia, o mesmo ocorrendo com os termos de troca. Os ganhos de bem-estar seriam maiores para o Brasil e para a Rússia seriam positivos apenas no cenário 2. Poucos setores no Brasil realmente se beneficiariam do acordo com o crescimento da produção nacional e das exportações: Carnes, Alimentos e bebidas e Outros agrícolas e florestais. Os outros setores veriam efeitos negativos. Na Rússia, por outro lado, quase todos os setores teriam ganhos de produção, exceto Carnes, Outros agrícolas e florestais e Alimentos e bebidas (e também oleaginosas no cenário 2), e as exportações cresceriam em todos os setores em ambos os cenários. O comércio bilateral entre Brasil e Rússia cresceria muito em todos os setores, mas quando considerados os ganhos em valores absolutos, o crescimento setorial se concentraria nas exportações de Carnes e Alimentos e bebidas do Brasil e Exportações de Produtos Químicos e Minerais e metais da Rússia - em fato que reforça o atual padrão de comércio bilateral.
A inovação e a agilidade no desenvolvimento de produtos por empresas espaciais sempre ficaram em evidência, contudo, durante a pandemia da COVID-19, acelerou-se. Várias empresas espalhadas pelo mundo colocaram a disposição da população diferentes equipamentos, tanto no que tange a assistência ventilatória, como relacionado a mudanças ambientais e sociais. O setor espacial, que é intensivo em tecnologia, pode contribuir para o desenvolvimento de diversos setores, como é o caso da agricultura, meio ambiente e eletrônicos. O governo chinês sempre preocupado com políticas de desenvolvimento e inovação criou ao longo dos anos políticas e estratégias para as indústrias, assim, ao passo que essas políticas foram bem sucedidas, foi possível observar uma aceleração na produção, no emprego e no comércio internacional. Sendo assim, o estudo tem como objetivo analisar as políticas de desenvolvimento da indústria espacial e de aviação chinesa desde a década de 50 até os dias atuais, com o “Made in China 2025” (MIC25) e o 14º Plano Quinquenal (2021-25). O estudo revelou que a China alcançou grandes avanços no setor espacial, se tornando um dos três principais países que dominam esse segmento. Situação um pouco diferente quando se trata de aeronaves comerciais, graças ao desenvolvimento tardio dessas indústrias. Por outro lado, o setor aeroespacial da China como um todo é fortemente nacional e vem ganhando cada vez mais relevância através de ambiciosos planos de desenvolvimento, tanto em inovação tecnológica quanto na disposição de recursos financeiros, no intuito de, entre outras coisas, superar o déficit na balança comercial dos produtos de alta intensidade tecnológica do setor.
As normas voluntárias de sustentabilidade (NVS) assumem papel relevante nas negociações comerciais. As exigências das grandes redes multinacionais determinam homogeneizar as características dos produtos e certificar a qualidade deles. Essas são imposições a que os fornecedores devem se atentar para garantir acesso aos mercados mais regulados a respeito de critérios ambientais, sociais e corporativos. Neste artigo, as NVS são incorporadas em um arcabouço teórico, preenchendo a lacuna sobre os efeitos dos padrões privados no comércio internacional. Por meio de uma revisão bibliográfica, são discutidos os canais de transmissão das NVS no comércio, os efeitos dos processos produtivos sustentáveis no ponto de vista dos fornecedores e consumidores e o papel das redes de varejo na difusão e no estímulo à adoção das NVS. O texto fornece um enfoque sobre bens agroalimentares, já que são os mais regulamentados por NVS.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.