O alto e médio curso do rio Macaé tem estado em foco devido às demandas de crescimento do município e à necessidade de se garantir a segurança hídrica. Diante desse quadro, o presente trabalho intenta identificar modelos de produção agrícola desenvolvidos na sub-bacia hidrográfica do Alto Rio Macaé, que favorecem a conservação ambiental, aliada às principais atividades econômicas da região: agricultura e turismo. Também foram revistas fontes documentais que denotam a participação dos agricultores e como os mesmos figuram em planos de gestão territorial, considerando sua importância para a conservação das águas. Foram realizadas entrevistas com agricultores locais, levantamento de projetos de gestão territorial e revisão bibliográfica. Os resultados constatam que os agricultores desenvolvem práticas que contribuem para a conservação da região e se mostram organizados e participativos nas formulações de políticas que permitem e permitiram a acomodação de uma estrutura de turismo local, inclusive fomentando redes de agroturismo. Os documentos de gestão avaliados evidenciam a participação dos agricultores, apresentando propostas de integração da cultura local com novas técnicas agrícolas e atividades turísticas como caminhos para a sustentabilidade. Essas iniciativas são cruciais para o desenvolvimento sustentável do município, considerando a importância do fortalecimento de ações que garantam a sobrevivência de outros modos de produção, no momento atual, que se mostra crítico para diversificação da sua matriz econômica baseada no petróleo e gás.
A noção de sustentabilidade associada ao planejamento turístico têm sido cada vez comum, principalmente em discussões sobre modelos de desenvolvimento socioeconômico que contribuam para a conservação da biodiversidade. O alto curso da bacia do rio Macaé (RJ, Brasil), área focal de políticas de proteção da natureza, tem vivenciado, desde a década de 1970, um expressivo crescimento da atividade turística. Nessa região, foi organizada, via protagonismo local, a rede de agroturismo Altos da Serramar, formada por dezenas de proprietários rurais. Inspirado nessa problemática, o artigo teve como o objetivo investigar em que medida a constituição e operacionalização dessa rede pode ser entendida como uma alternativa sustentável para o desenvolvimento socioeconômico da bacia do rio Macaé. A metodologia envolveu revisão da literatura, observação participante e visitas às propriedades durante o ano de 2019. Os resultados indicam expressivo potencial da rede para estimular o desenvolvimento sustentável na região de estudo.
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