Resumo O relato de história de vida não é, como muitos pensam, uma metodologia de fácil aplicação, pelo menos em se levando em consideração o pensamento de Walter Benjamin, para quem a história não é simples relato de fatos, mas um encadeamento de experiências que nem sempre podem ser expressas sem correr riscos que, em grande medida, prejudicam ou violentam a consciência do indivíduo que faz do relato um meio para encontrar “redenção” (Erlösung) de experiências do passado marcadas de sofrimentos. Acrescente-se a isso o fato de que, segundo o autor, com a modernidade, perdeu-se a capacidade tanto de contar quanto de ouvir experiências de vida. O texto trabalha essas questões, além de buscar contribuir com os estudos sobre identidade, na perspectiva da psicologia social crítica, que utiliza o método de relato de história de vida.
O GT compreende que o catolicismo é uma expressão da religião cristã em forma plural, e que assim tem se manifestado historicamente; entrementes, a Igreja Católica também reivindica a unidade da fé e doutrina, ainda que sob formas plurais de realização de tal intento. Eis o paradoxo (ou não): uma expressão religiosa que vive na/da dialética unidade-diversidade, instituição-carisma, normatividade-liberdade. A partir de tais pressupostos, este grupo de trabalho objetiva unir pesquisadores interessados em discutir as diversas temáticas relacionadas à Igreja Católica ao longo da história, particularmente aquelas que manifestam as tensões inerentes à complexidade da dialética unidade-diversidade, em suas muitas expressões e interfaces. Concretamente o GT propõe, entre outros, os seguintes segmentos temáticos: História do Catolicismo: Catolicismo Romano, Organização e Hierarquia Eclesiástica; Catolicismo Popular; Teologias da História: concepções teológicas acerca do tempo em grupos milenaristas, ultramontanos, integristas, tradicionalistas e neoconservadores; Relações da Igreja com a política, artes, teologias dissidentes e movimentos sociais católicos
Eu só peço a Deus Que a injustiça não me seja indiferente Pois não posso dar a outra face Se já fui machucado brutalmente Eu só peço a Deus Que a injustiça não me seja indiferente posso dar a outra face Se já fui machucado brutalmente Mercedes Sosa VEIGA, Alfredo César. Teologia da Libertação: Nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da imagem do excluído dos anos 1970 à época atual. São Paulo, 2009. 297 f. Tese (Doutorado em História) -Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. RESUMO: Destaca a reconstituição histórica e estética do processo da arte político-religiosa no Brasil de 1970 aos dias atuais. O período marca o nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da Teologia da Libertação, e junto com o discurso que brota dessa reflexão, nasceu uma produção iconográfica própria e que escapa daqueles modelos consagrados pela teologia tradicional. O negro, o índio, o retirante nordestino, a mulher marginalizada, emprestam seus rostos à Virgem Maria e a Jesus Cristo, a fim de reafirmar o nascimento de um homem novo que surge dos escombros da colonização e da dependência política e econômica que marcaram a América Latina. As figuras, os desenhos, os cartazes, as expressões corporais, se transformaram em documentos que essa teologia produziu ao longo das décadas e que aqui serão abordados. De fato, o que nos interessa de perto, não é privilegiar questões de estilo, mas compreender, através de dados iconográficos, a latência de uma teologia exuberante e eficaz em sua intenção de se tornar a voz do pobre e marginalizado. A hipótese da pesquisa se constitui no problema referente ao processo de sacralização de iconografias, personagens profanos sob a égide da Teologia da Libertação no decorrer desse período no Brasil. A originalidade está em mostrar como esse ideário tomou forma através de representações pictóricas que facilitavam a sua compreensão e aceitação por parte do povo, especialmente o morador da periferia das grandes cidades ou do campo. Nesses lugares, graças a essa estratégia, conjugada a outras, como canções, danças e novos rituais, a Teologia da Libertação teve grande aceitação e força, semeando, através das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), a proposta da criação de uma nova sociedade, baseada em relações mais justas e fraternas, superando a exploração e a opressão dos poderosos a serviço do sistema capitalista. No entanto, a partir do final dos anos 1980, o rosto do sagrado estampado no rosto do pobre começa a esmaecer, sinal de um retorno conservador na Igreja. Apesar disso, esse rosto resiste e atravessa os tempos revelando a sobrevivência de um nicho mais que sagrado no profano.
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