RESUMO -O presente trabalho aborda a problemática de educação em Moçambique onde o português concorre com línguas bantu faladas pelas crianças quando chegam na escola, principalmente nas zonas suburbanas e rurais. Questiona-se quais os problemas que enfermam o ensino em Moçambique? Avança-se a hipótese de que o fracasso resulta da política e do planejamento linguístico acrescido à fraca formação dos professores. O trabalho discute questões de ensino de português nas escolas primárias; debate-se a infl uência da política linguística e; explica, sugere caminhos para a educação bilíngue. É uma pesquisa documental que analisa pesquisas, teorias e dados ofi ciais que tratam do assunto cruzando com experiências práticas como professor em Moçambique. Da pesquisa se conclui que há necessidade de incentivar a educação bilíngue, principalmente nas zonas rurais e suburbanas, mas deve-se apostar na elaboração de materiais do tipo dicionários, gramáticas e manuais escolares para que as crianças tenham a oportunidade de aprender na sua língua materna, direito concedido pela UNESCO. Palavras-chave: educação bilíngue, política linguística, línguas Bantu.ABSTRACT -This paper discusses the problem of education in Mozambique, where Portuguese competes with bantu languages spoken by the children when they arrive at school, especially in suburban and rural areas. We questioned what problems they suffer teaching in Mozambique. We foresee the hypothesis that the apparent failure is the result of policy and language planning added to the poor training of teachers. The paper discusses Portuguese teaching in primary schools; debates the infl uence of language policy and; explains and suggests ways to bilingual education. It is a documental research that analyzes papers, theories and offi cial data dealing with the subject crossing with practical experience as a teacher in Mozambique. The research concludes that there is a need to encourage bilingual education, especially in rural and suburban areas, but it should be focused on preparing materials like dictionaries, grammars and textbooks, so that children have the opportunity to learn in their mother tongue, a right granted by UNESCO.
Cadernos de , Campinas, Jul./dez. 2012 resumO Este trabalho é uma reflexão sobre a situação do português em Moçambique, especialmente na questão de "variação e mudança linguística" que se processa através de estrangeirismos e empréstimos. O português convive com mais de vinte línguas bantu e duas asiáticas, o que permite contato entre elas. O português é língua oficial e não é materna para a maioria dos moçambicanos. Assim, pretendemos identificar e apresentar os estrangeirismos e empréstimos fenómeno que se verifica mais nos mídias. Descreveremos a integração dessas "novas" palavras no português moçambicano bem como o seu valor semântico. O corpus é composto por 27 cartas de opinião recolhidas no jornal "Notícias", em 2010 e 2011, o qual foi inserido no programa Lexico-3. Da pesquisa, se concluiu que a maior parte dos empréstimos e estrangeirismos provém das línguas bantu bem como do inglês. A integração dessas palavras segue as regras gramaticais do português, havendo dificuldades em muitos casos, na transformação da ortografia das línguas bantu para português. Os estrangeirismos ainda são alvos de preconceito, principalmente no meio escolar mas as mudanças linguísticas são fenómenos naturais das línguas e ninguém os pode impedir de existir. palavras chave: estrangeirismos; empréstimos; Português moçambicano. abstract This work is a reflection of Portuguese situation in Mozambique, specially on the matter of linguistic changes and variation, which is processed through foreignism and borrowing. The Portuguese language is surrounded by more than twenty Bantu and two Asiatic languages. Portuguese is the official language and is not the first language (a mother tongue or a native) for the majority of Mozambicans. Thus, in this work we identified and described the foreignism and borrowing language phenomenon found in most media. Also, we described the integration of these new words into Mozambican Portuguese and their semantic value. The corpus consisted of 27 letters of opinion gathered in the newspaper " Jornal Notícias" in the period of 2010 to 2011, which was inserted into the Lexico-3 program. From research, it appears that most of the loans and foreign words come from the Bantu languages as well as English. The integration of these words follows the rules of Portuguese grammar. The difficulties observed in many cases are associated with the transformation of the spelling of the Bantu languages into Portuguese. The foreigners are still targets of preconception, mainly in schools but linguistic changes are natural phenomena of languages and one can stop.
Moçambique é um país multilíngue onde convivem línguas bantu, o português, o gujarati, o híndi e o árabe. O português é a língua oficial e é de uso obrigatório na educação e nas instituições públicas, mas cria impasses, porque os cidadãos não dominam a norma-padrão europeia. Por sua vez, o Português de Moçambique (PM) é uma variedade que resulta de contextos sociolinguísticos e da diversidade cultural. Nesse contexto, a presente pesquisa discute a situação do PM tendo em conta as variáveis sociais e explica as características léxico-semânticas e sintáticas. Tendo rodado os dados no GoldVarb 2001, concluiu-se que o PM se manifesta de forma mais visível a nível fonético e léxico-semântico. Além disso, observou-se que os estrangeirismos provenientes das línguas bantu são necessários. De modo geral, destaca-se que o Português é uma língua moçambicana falada como língua materna pela minoria (10.7%) e que tende a crescer devido à educação gratuita, obrigatória e inclusiva incentivada pela política linguística.
Resumo: A presente pesquisa é uma reflexão sobre a variação linguística do português brasileiro e moçambicano na vertente lexical, na qual discutimos em primeiro lugar os conceitos de estrangeirismos, empréstimos, brasileirismos e moçambicanismos. Trabalhando com corpora de três dicionários (um moçambicano, um brasileiro e um português), concluímos que os brasileirismos provêm das línguas tupi, inglês, italiano, japonês e muitas outras línguas que chegaram ao Brasil fruto da colonização. Os moçambicanismos resultam também do contato entre o português e as mais de vinte línguas bantu faladas em Moçambique bem como do inglês e das línguas asiáticas. Concluímos ainda que tanto os brasileirismos quanto os moçambicanismos só enriquecem a língua portuguesa que une todos países lusófonos. Palavras-chave: Brasileirismos; moçambicanismos; variação.Abstract: This research is a discussion on the linguistic variation of Brazilian and Mozambican Portuguese in lexical aspect, in which we discussed first the concepts of foreigness, loans, brazilianisms and mozambicanisms. Working with corpora of three dictionaries (one Mozambican, one Brazilian and one Portuguese), we concluded that the brazilianisms come from Tupi, English, Italian, Japanese languages and many other languages that arrived in Brazil as result of colonization. The mozambicanisms also result from * Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
O estudo tem como objetivo identificar e discutir a formação de nomes de produtos alimentares industrializados mais comuns no contexto brasileiro. O nome faz parte do processo de ampliação do léxico da língua e assim, questiona-se qual formação linguística desses nomes? Utilizando 20 produtos sendo 5 enlatados e embutidos, 5 derivados de leite, 5 derivados de cereais e 5 bebidas. A escolha dos produtos foi aleatória e foi auxiliado pelo Dicionário Houaiss (2009) como corpus de exclusão no caso de neologismo. Da pesquisa concluiu-se que o nome do produto carrega uma história. O autor do nome não só pensa na beleza, mas também no impacto que o nome provocará diante do consumidor. Por isso o autor recorre ao inglês, francês, japonês e raras vezes no português. Basta ser processado, o produto perde seu nome original e passa a receber novo nome. Da pesquisa se conclui que a atribuição de nomes de produtos alimentares industrializados exige uma reflexão profunda, pois alguns nomes podem afastar o consumidor ao invés de atraí-lo. A atribuição do nome é cultural e surge da necessidade sociológica do ser humano, principalmente no espaço comercial.
A presente pesquisa trata de questões linguístico-discursivas, na abordagem policial de suspeitos na via pública. Chamo a atenção para o uso da linguagem na Justiça e levanto algumas questões referentes às características do discurso utilizadas pelo policial na abordagem dos suspeitos nas vias públicas. Quais são as especificidades do discurso dos policiais, neste tipo de interação? A pesquisa tem por objetivo analisar o impacto do discurso policial na abordagem de suspeitos, discutir sua relevância para o sucesso deste tipo de interação, e demonstrar os impasses que são constitutivos do trabalho do policial, levando em conta as condições de produção desse discurso, e as variáveis sociolinguísticas nele inscritas. O corpus desta pesquisa foi constituído por nove vídeos de abordagens policiais na Via Pública. Neles, observamos características linguístico-discursivas usadas pelo policial e pelo suspeito para a apuração de uma infração e sua autoria. Desta fase da pesquisa, concluiu-se, que há necessidade de se trazer conceitos da Linguística Forense para os cursos de Formação Policial, de forma que a Academia Militar possa “armar” os policiais com competências linguísticas que os auxiliem na prestação de um trabalho qualitativo e eficaz.
Wáquila Pereira NEIGRAMES (UFG) 1 Alexandre António TIMBANE (UNILAB) 2 Resumo: A proposta desse artigo é de refletir sobre os métodos de ensino da Língua Brasileira de Sinais-Libras como segunda língua-L2 no nível superior de ensino nos mais variados cursos como prevê o Decreto nº 5.626/2005. O objetivo, portanto, não é de se prender a um único método como o correto, mas poder refletir sobre diferentes métodos para então fazer uma escolha adequada e satisfatória, ou seja conhecer possíveis métodos existentes como formas e táticas alternativas para o ensino dessa língua de modalidade visoespacial. A Lei 10.436/2002 regulamenta a Libras como língua da comunidade surda brasileira o decreto 5626/2005 garante a implantação da Libras nos currículos dos cursos de Instituições de Ensino Superior. Preliminarmente conclui-se que a Libras está em ascensão, ainda é desconhecida por grande parte da nossa sociedade professores devem buscar novas metodologias para mediar o ensino-aprendizagem. Palavas-chave: Língua. Libras. Metodologia. Docente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.