Introdução: Estima-se que os distúrbios hipertensivos na gravidez afetam 6-8% das gestantes nos Estados Unidos e são considerados um dos principais fatores de mortalidade materna. No Brasil, de acordo com o DATASUS, se considerarmos as categorias O13 a O16 do CID-10, os distúrbios hipertensivos representaram cerca de 20,22% das mortes maternas no período de 2004 a 2014. Objetivos: O objetivo da revisão é demonstrar os tratamentos mais atuais para o tratamento de distúrbios hipertensivos durante a gravidez. Métodos: Foram consultadas as bases de dados Medline/Pubmed, LILACS/SciELO, Cochrane e Scopus, procurando artigos nacionais e internacionais publicados entre 2006 e 2016, em inglês e português, bem como os consensos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e as estatísticas do DATASUS. Resultados: As medidas recomendadas para prevenir a pré-eclâmpsia (PE) foram a suplementação de cálcio para gestantes com baixa ingestão dietética e a administração de baixas doses de aspirina. Na PE, se acontecer no termo, o tratamento é induzir o parto, mas se ocorrer pré-termo, é monitorar, administrar sulfato de magnésio (SM), anti-hipertensivos e corticóide. Em caso de eclâmpsia, a SM é muito eficaz para reduzir as convulsões eclâmpticas. Os fármacos utilizados no tratamento da hipertensão crônica grave são metildopa em associação ou não, com nifedipina ou hidralazina. A crise hipertensiva aguda é tratada com fármacos de primeira linha, como nifedipina e hidralazina, e alternativamente com nitroprussiato de sódio. Conclusão: Os principais protocolos mundiais seguem basicamente a mesma orientação, mudando apenas detalhes específicos de conduta de acordo com os recursos do sistema de saúde de cada país. O controle da pressão arterial materna apresenta resultados satisfatórios para o binômio materno-fetal, pois reduz o risco de PE e eclâmpsia. O tratamento definitivo para PE e eclâmpsia é a indução de parto, sendo utilizado apenas medidas terapêuticas para controle, já que não têm cura.
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