Um dos mais antologizados e discutidos poemas de Wallace Stevens, identificado inclusive pelo autor como um de seus preferidos, “The Emperor of Ice-Cream”, de 1922 e incluído no livro de estreia do poeta – Harmonium, lançado no ano seguinte – possui um lugar de relativo destaque na presença do poeta em língua portuguesa. Diferentemente de outras obras centrais do autor, esse poema foi traduzido por dois nomes de grande destaque do fazer poético-tradutório brasileiro: Décio Pignatari e Paulo Henriques Britto. Após análises do poema em inglês e das duas traduções brasileiras anteriores, apresenta-se uma nova tradução do poema, identificando, igualmente, suas características tradutórias.
Partindo-se do pressuposto de que a tradução poética deve ultrapassar os anseios de transpor, de uma língua para outra, apenas a informação semântica, e considerar criticamente aspectos sonoros, métricos, entre outros, o presente artigo visa propor uma análise do poema “Anecdote of the Jar”, de Wallace Stevens, e das traduções realizadas por Paulo Vizioli e por Paulo Henriques Britto para, por fim, apresentar uma retradução do mesmo.
“Sunday Morning” é um dos poemas mais importantes e celebrados de um dos maiores poetas do modernismo estadunidense: Wallace Stevens. Escrito em 1915 e publicado no livro de estreia do autor – Harmonium – oito anos depois, o presente artigo apresenta uma nova proposta de tradução às oito estrofes que compõem o poema e visa apresentar, a partir de análises, os processos que guiaram esta empreitada tradutória. Um poeta muito focado em relações sonoras potentes, em imagens precisas e notoriamente de difícil compreensão, aqui são abordadas as dificuldades de se traduzir tal poética enquanto se visa manter vivos e presentes tais peculiaridades e potências.
Harmonium é o primeiro livro de poemas do poeta modernista Wallace Stevens, e inclui poemas escritos entre 1914 e 1923, o ano de seu lançamento.Apesar de pouco conhecido no Brasil, é um dos poetas mais prolíficos do modernismo estadunidense, bastante sofisticado técnica e formalmente. Encontram-se aqui traduzidos os seis primeiros poemas dessa obra, organizados pelo autor nao em ordem de escrita, mas cuidadosamente selecionados para servirem como abertura ao livro, como um modo - até didático, diria-se - de introdução à poética que os leitores vão adentrar ao longo do livro.
“Em grande medida, os problemas dos poetas são os problemas dos pintores, e os poetas devem não raro se voltar à literatura da pintura para uma discussão de seus próprios problemas” (Stevens 1957: 187). Assim o poeta moderno estadunidense Wallace Stevens (1879 - 1955) descreve, ele próprio, sua relação com a pintura e seu posicionamento de que as duas artes são quase irremediavelmente conectadas. Ainda que alguns de seus melhores críticos tendam a ignorar essa associação (entre eles estão Harold Bloom, Helen Vendler, Frank Kermode e Eleanor Cook), não é incomum que análises de seus poemas e poética sejam atravessados por essa leitura. Um dos poemas mais explorados nesse sentido é “Sunday Morning” – publicado pela primeira vez em sua obra de estreia, Harmonium, de 1923 –, amplamente louvado como um dos melhores de toda a produção de Stevens. Aqui, além de expor tais leituras, iremos apresentar uma tradução a este poema e propor outras leituras que o relacionem com diversos aspectos da arte pictórica e, em especial, com as naturezas-mortas.
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