Resumo:Recentes reflexões têm ampliado a atuação dos psicólogos no campo da saúde, principalmente mediante sua inserção no Sistema Único de Saúde, apresentando diversos desafios tanto na efetivação de práticas, quanto na construção de saberes voltados a novas demandas. Nesse contexto, a formação em saúde tem sido uma das grandes questões a serem enfrentadas pelas instituições de ensino superior, destacando-se aqui os cursos de graduação em Psicologia. O artigo trata de um relato de experiência de estágio básico da disciplina Práticas Integradas de Trabalho, realizada no 7º semestre do curso de Psicologia da Universidade Estadual do Ceará, cujo eixo temático é "Psicologia e Saúde". Essa disciplina tem buscado ampliar a compreensão das concepções e práticas que envolvem os processos saúde-doença-cuidado, a partir da reflexão crítica dos discentes no campo da saúde pública. Os estudantes realizam atividades práticas, estudos sistemáticos e atividades de supervisão englobando os diversos níveis de atenção. Destacam-se, a partir dessa experiência, algumas implicações formativas e vivenciais, como o compromisso social da universidade com a política pública; a redução da distância entre teoria e prática; a atualização de currículos "vivos" segundo a agenda pública da formação de psicólogos; e a supervisão como estratégia educacional promotora de práxis. Palavras-chave: Psicologia, Saúde, Currículo. Psychology and health training: curriculum formation and transformation experiences in debateAbstract: Recent reflections have amplified psychologists' performance area to the health field, mainly because of their insertion in the Unified Health System (SUS), which has meant several challenges for them, both in the praxis and in the knowledge construction oriented to new demands. In this context, the formation in health care has been one of the greatest questions to be faced by the higher level educational institutions, stressing here the Psychology undergraduate courses. This work brings an experience report of the subject "Integrated Practices of Work" from the 7th semester of the Psychology undergraduate course at the State University of Ceará (UECE), whose thematic area is "Psychology and Health". This subject aims to expand the concepts and practices' comprehension of the processes involving health-sickness care, from the critical reflection of the students in the field of public health. Students conduct practical activities, systematic studies and supervisions in numerous levels of attention. It is possible to highlight, from this experience, some formative and experiential implications such as: the University's social commitment with public policies, the reduction of the distance between theory and practice; the update of "live" curriculums according to the public agenda of the psychologist's' formation; and the supervision as an educational strategy for promoting praxis.
Objective The aim of this study was to evaluate the efficacy of a problem‐solving intervention for the prevention of suicidal risk in Brazilian adolescents with elevated suicidal potential and depressive symptoms. Methods A randomized controlled trial was conducted involving 100 participants (mean age 17.2 years, 60% women, 46% mixed race), allocated to the problem‐solving intervention (n = 50) or the usual care control group (n = 50). Blinded interviewers conducted assessments at pretreatment, posttreatment, 1, 3, and 6 months of follow‐up. The main outcome was suicidal orientation; secondary outcomes were suicidal risk, suicidal plans and attempts, depressive symptoms, and problem‐solving skills. Results At posttreatment and up to 6‐month follow‐up, there was lower suicidal orientation and suicidal risk in the problem‐solving group compared to the control group. There were lower suicidal plans and attempts (0.0% participants vs 2.2% with a suicide plan and 2.2% with both suicide plan and attempt); risk difference was 0.04 (95% CI: 0.01–0.09) and the number needed to treat was 25 (95% CI: 11–70). Significant effects of the intervention on depressive symptoms were found at posttreatment and maintained for 6 months. The change in global and functional problem‐solving skills mediated the reduction in suicide orientation. Conclusions Thus, suicidal risk can be successfully prevented in adolescents.
Este artigo surgiu a partir do estudo monográfico Resiliência e Violência Sexual: um estudo sobre adolescentes vitimizadas por abuso sexual intrafamiliar (MARANHÃO, 2008), no qual se investigou a construção de resiliência em adolescentes vitimizadas. A resiliência é caracterizada como superação de situações adversas, configurando-se como algo processual, promovida pela interação de fatores de proteção pessoais e coletivos, em determinado contexto de risco ou vulnerabilidade social. Fizemos o recorte sobre os significados e sentidos da vitimização sexual intrafamiliar a partir da percepção das adolescentes entre 12 e 16 anos de idade atendidas em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social no ano de 2010. A pesquisa é de caráter qualitativo tendo como referencial teórico-metodológico a Teoria Histórico-Cultural. Na coleta de dados, foi utilizada entrevista semiestruturada. Percebemos que o perfil das vítimas é configurado pelo gênero feminino e o início do abuso sexual ocorreu entre a infância e pré-adolescência. Já o perfil dos agressores é de homens adultos, exercendo as funções familiares de padrasto, pai e tio. Apesar de um sentimento abjeto, as adolescentes não conseguiam romper com o ciclo de violência. Os amigos, a família ampliada, e o trabalho de profissionais surgiram como suporte para a ressignificação da relação abusiva. Palavras-chave:
Introdução o transplante de medula óssea, atualmente denominado como transplante de células tronco hematopoética (TCTH) é uma alternativa que vem se mostrando eficaz no tratamento de diversos tipos de neoplasias e doenças hematológicas. no entanto requer dos pacientes alterações em sua rotina que inclui além de vários procedimentos, muitas vezes dolorosos, mudanças físicas, isolamento e a necessidade de que um cuidador o acompanhe no tratamento. Observamos que os pacientes demonstram preocupações com suas próprias questões e também com as alterações provocadas na vida do cuidador. Estes fatores podem contribuir para aumento da ansiedade, estresse e reações depressivas. Objetivo: Auxiliar o paciente/cuidador a organizar e planejar questões pessoais antes do tcth. Metodologia: Após equipe médica constatar indicação para o TCTH, o paciente e cuidador são encaminhados para o programa de acolhimento pré-transplante onde a equipe multiprofissional (enfermagem, psicóloga, nutrição, serviço social) fará levantamento individual das necessidades apresentadas e em conjunto buscam as possíveis soluções. Posteriormente participam de grupo de orientação onde equipe multiprofissional abordam as etapas do transplante, permitindo expressão de expectativas e esclarecendo dúvidas. Resultados: Os pacientes/cuidadores que tem participado do programa, conseguem organizar questões importantes antes do inicio do tratamento, como local para hospedagem; quem poderá acompanhá-lo e se haverá necessidade de troca de acompanhantes; questões relacionadas ao trabalho; esclarecem dúvidas quanto ao tratamento contribuindo para a diminuição de reações de ansiedade e estresse. Conclusão: Este programa tem se mostrado importante suporte de apoio ao paciente/cuidador que consegue organizar questões pessoais e assim poder focar atenção no tratamento.
A crise na saúde mundial ocasionada pela pandemia do SARS-COV-2, a COVID 19, fez necessárias medidas emergenciais de isolamento social para amenizar o colapso nos hospitais e a transmissão exponencial do vírus mas, no Brasil, tais medidas não foram suficientes para evitar a sobrecarga de trabalho dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente. Desse modo, este artigo tem como objetivo debater e refletir sobre a saúde mental dos profissionais de saúde em tempos de pandemia da COVID-19. Para a consecução deste artigo, realizou-se um estudo exploratório de natureza qualitativa por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde -Psicologia (BVS-Psi) e Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foram utilizados os descritores Saúde Mental AND Enfermeiros AND Covid-19 e os descritores Saúde Mental AND Médicos AND Covid-19. Então, foram selecionados 16 artigos para a composição de uma revisão integrativa e, posteriormente, foi realizada uma categorização das temáticas: 1) fatores de risco relacionados à saúde mental em tempos de pandemia e 2) estratégias de enfrentamento. Assim, observaram-se as implicações das intensas demandas de trabalho, das vivências em situações desencadeadoras de culpa, medo e raiva na saúde mental dos profissionais de saúde, bem como a urgente necessidade da facilitação dos cuidados desses profissionais por meio do fortalecimento das estratégias de enfrentamento. Compreenderam-se como limitações da pesquisa a ausência de artigos que visassem a situação dos técnicos de enfermagem no contexto da pandemia, bem como estudos que abrangessem a realidade de outras regiões do país. Portanto, considera-se a necessidade de que novos estudos sejam desenvolvidos para apreender esses aspectos e possibilitar uma compreensão mais completa.
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