Introdução: A gravidez na adolescência ainda é uma questão preocupante para a saúde pública devido às implicações tanto no presente quanto no futuro. Objetivo: Analisar as publicações disponíveis sobre ações desenvolvidas pela Atenção Básica para prevenção da gravidez na adolescência no Brasil. Métodos: Revisão integrativa nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), U.S. National Library of Medicine (Pubmed), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Periódicos CAPES e Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature (CINAHL), no período de junho a julho de 2018. Resultados: Foram incluídos cinco artigos no estudo, que mostram que a Atenção Básica trabalha na prevenção da gravidez na adolescência por meio de orientações individuais em consultas, estratégias de educação em saúde, grupos de adolescentes e utiliza estratégias junto à escola, família e comunidade. Conclusão: As estratégias para a prevenção devem ser efetivas e a equipe da Atenção Básica, destacando-se aqui o papel do enfermeiro como parte desta equipe, é essencial para a realização dessas estratégias de prevenção, seja dentro da unidade básica de saúde, junto à escola, família, comunidade e outros contextos.Palavras-chave: gravidez na adolescência, atenção primária à saúde, prevenção de doenças, educação em saúde, cuidados de enfermagem.
Objetivo: Analisar a associação da continuidade dos estudos com as variáveis socioeconômicas, demográficas, sexuais, apoio após o parto. Método: Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado com gestantes adolescestes atendidas na atenção primária a saúde do município de São José do Rio Preto-SP, através de questionário semiestruturado e Instrumental de Avaliação Socioeconômica. Foram feitas análises estatísticas correlacionais (Pearson e Odds Ratio) por meio do Software SPSS Statistics (versão 19.0). Resultados: Associou-se a não continuidade dos estudos à gestação na idade entre 15 e 19 anos, estado civil casada ou em união estável, menores faixas salariais, primeira relação entre 15 e 19 anos, recebimento de apoio na gestação, parceiro fixo e relacionamento estável. Conclusão: Verifica-se que variáveis socioeconômicas, demográficas, sexuais e apoio após o parto interferem na continuidade dos estudos de gestantes adolescentes.
A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta, permeada por transformações físicas, biológicas, sociais e emocionais, representando um marco para a maioria dos indivíduos. Cronologicamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescência como o período compreendido entre os 10 e 19 anos de idade, tal definição também é adotada pelo Ministério da Saúde no Brasil [1-2] e programas e ações de saúde voltados à adolescência devem levar em consideração esta faixa etária.Nesta fase ocorre a puberdade e o início dos relacionamentos amorosos e, consequentemente, a primeira relação sexual. Atualmente a coitarca das adolescentes tem ocorrido em média aos 14 anos, porém percebe-se tendência de que a mesma ocorra de forma cada vez mais precoce. Frente ao início das relações sexuais e com a adolescente fisiologicamente pronta para a reprodução, a gravidez torna-se um fato, caso não sejam tomadas medidas para sua prevenção. Há de se considerar que mesmo pronta fisicamente, geralmente não acontece nos âmbitos social e emocional para exercer a parentalidade. Assim, a gestação na adolescência traz complicações consideráveis para esta população tanto no presente quanto no futuro.Tem-se observado a ocorrência da gravidez na adolescência em um perfil específico, adolescentes casadas ou em união estável, que não exercem atividade remunerada e que interromperam os estudos. Estas adolescentes podem ver no papel de mãe um meio para aquisição de “status” social e uma forma de reconhecimento. Tal fato pode ser compreendido quando esta não possui outros projetos ou expectativas ligadas ao crescimento pessoal e/ou profissional ou incentivo para os mesmos, sendo influenciada pela situação socioeconômica.Um fato considerável atualmente é que estas meninas possuem conhecimento em relação aos métodos contraceptivos, principalmente do preservativo masculino e anticoncepcional hormonal oral, porém somente o conhecimento não se traduz em uso, e para que ele ocorra faz-se necessário assegurar o acesso aos métodos e o combate às barreiras que prejudicam a sua utilização.Frente a este painel, há três pilares essenciais para a prevenção da gravidez na adolescência: a escola, a família e a atenção básica. Para o sucesso das ações é necessário que o trabalho ocorra de forma intersetorial. A escola é um local privilegiado para a execução de ações de educação em saúde, pois é um espaço para aquisição de conhecimento, socialização e debates, porém vê-se a necessidade de discutir a saúde sexual e reprodutiva de forma cada vez mais precoce, pois, se abordado somente no ensino médio, oitavo ou nono ano, talvez as ações preventivas não atinjam o esperado, visto o início cada vez mais cedo das relações sexuais. Quanto à família, sabe-se que a supervisão dos pais ou responsáveis retarda o início da relação sexual e aumenta as taxas de uso de métodos contraceptivos. Por fim, a atenção básica, e dentro dela o enfermeiro, tem trabalhado a saúde sexual e reprodutiva e a prevenção da gravidez na adolescência através da educação em saúde e ações em conjunto com escolas e comunidade, consultas de enfermagem, grupos de adolescentes e planejamento familiar.Vale a pena ressaltar que o acesso do adolescente à unidade de saúde deve ser facilitado e o mesmo deve ser visto como indivíduo que necessita de atenção integral, privacidade e confidencialidade pelos profissionais de saúde, além de acolhido de forma adequada. A Estratégia de Saúde da Família e o Programa Saúde na Escola são instrumentos essenciais para aproximação desta população, criação de vínculo e queda de barreiras, trazendo o adolescente para dentro da unidade de saúde. Entretanto, apesar dos esforços, muitas vezes as ações realizadas parecem insuficientes para a prevenção da gravidez na adolescência. Talvez realmente sejam, pois, além de discutir saúde sexual e reprodutiva, um tema essencial deve ser trabalhado, o empoderamento das adolescentes, capacitando-as para a tomada de decisões, para a realização de projetos e planos, para a continuidade dos estudos, profissionalização e entrada no mercado de trabalho, para que estas sejam capazes de atingir o crescimento pessoal e/ou profissional e superar as vulnerabilidades a que está sujeita em seu meio através do incentivo e de oportunidades. Portanto, trabalhar o empoderamento também é prevenir a gravidez na adolescência.
Introdução: A adolescência é uma fase de transformações físicas e emocionais e o início de relacionamentos amorosos. Quando acontece a gestação na adolescência, há aspectos específicos que devem ser considerados; torna-se fundamental dimensionar estratégias para a redução das taxas de fecundidade nesta faixa etária. Objetivo: Identificar o perfil socioeconômico e obstétrico das gestantes adolescentes atendidas nas unidades de atenção primária à saúde. Métodos: Estudo descritivo realizado com 100 gestantes adolescentes atendidas nas unidades de atenção primária à saúde do município de São José do Rio Preto/SP, através de entrevista semiestruturada e Instrumental de Avaliação Socioeconômica. Foram feitas análises estatísticas descritivas através do Software SPSS® Statistics (versão 19.0). Resultados: Idade média de 17,45 anos, 68,0% não estavam estudando, 65,0% estavam casadas ou em união estável e 79,0% não estavam trabalhando. Primeira relação sexual em média com 14,46 anos, 70,0% não estavam utilizando método contraceptivo quando engravidaram, apesar de 99,0% conhecerem algum método, 100% procuraram a unidade de saúde e 91,0% engravidaram de parceiro fixo. Conclusão: Somente o conhecimento dos métodos contraceptivos não se traduz em prevenção da gravidez; torna-se necessário o empoderamento das adolescentes, sobretudo, o desenvolvimento de projetos de vida que possam lhes envolver tanto no trabalho quanto no estudo.Palavras-chave: gravidez na adolescência, atenção primária à saúde, adolescente, educação em saúde.
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