RESUMO: Estudos em cristais de quartzo presentes nas associações minerais para a área do depósito de ouro São Jorge, Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do estado do Pará, identificaram quatro tipos morfológi-co-texturais (Qz1, Qz2, Qz3 e Qz4) com base em imagens de microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência. Nas rochas mais preservadas do Granito São Jorge Jovem, ricas em anfibólio e biotita (associações 1 e 2), dominam cristais anédricos de quartzo magmático com luminescência alta a moderada (Qz1). Nas rochas parcialmente alteradas (associações 2 e 3), fluidos pós-magmáticos a hidrotermais afetaram o granito e percolaram fraturas do Qz1 e cristalizaram Qz2 não luminescente (escuro). Nas rochas mais intensamente alteradas (associação 4), sucessivos processos de alteração, dissolução e recristalização deram origem a cristais de quartzo zonados subédricos (Qz3) e euédricos (Qz4). Imagens por elétrons retroespalhados e análises semiquantitativas por espectroscopia por dispersão de energia identificaram duas gerações de ouro: Au1, enriquecido em Ag (4,3 a 23,7%) e associado a cristais de pirita; Au2, enriquecido em Te (1,1 a 17,2%) e incluso ou associado ao Qz4. O estudo de microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência forneceu informações importantes que foram preservadas na estrutura do quartzo. A evolução morfológico-textural desse mineral em diferentes estágios evidencia a ação gradativa do hidrotermalismo nas rochas e nas associações minerais do depósito São Jorge. A mineralização aurífera do depósito foi caracterizada quimicamente (espectroscopia por dispersão de energia) e parageneticamente (pirita, esfalerita e Qz4), podendo ser dividida em gerações ou eventos mineralizantes distintos. A eficiência da metodologia utilizada neste estudo foi comprovada, permitindo sua aplicação em estudos de outros depósitos hidrotermais. PALAVRAS-CHAVE:Tapajós; MEV; Catodoluminescência; Quartzo; Ouro. ABSTRACT: Studies in crystals of quartz present in the mineral associations to the area of the São Jorge gold deposit, Tapajós Gold
Na região de Água Azul do Norte, sudeste do Pará, diques máficos a félsicos com direção NW-SE dominante e espessuras de até 30 metros afloram em área peneplanizada, sob a forma de cristas descontínuas, seccionando granitos anorogênicos e rochas arqueanas encaixantes. Foram individualizados diabásios, andesitos, riolitos e álcali-feldspato riolitos metaluminosos a fracamente peraluminosos de afinidade toleítica. Os diabásios apresentam os menores conteúdos de SiO2 e TiO2, e os mais elevados de FeOt, MgO e CaO. Os andesitos apresentam valores intermediários quando comparados aos diabásios e riolitos. Os diques de riolito e álcali-feldspato riolito são mais enriquecidos em SiO2 e exibem correlação negativa de Al2O3, FeOt, MgO e CaO, e positiva de K2O em relação à sílica. Os diques de Água Azul do Norte mostram grande similaridade com aqueles de outras regiões do Domínio Rio Maria (DRM), implicando uma mesma origem para os diques dessa região. Entretanto, a evolução dos diques de Água Azul do Norte não aponta para a existência de uma série magmática contínua. Os dados geocronológicos confirmam o sincronismo dos diques félsicos com os granitos anorogênicos de aproximadamente 1,88 Ga do DRM.
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