Resumo
Este artigo apresenta as diferentes estratégias de desenvolvimento de pequenos e médios fornecedores de três grupos de grandes empresas automotivas localizados no Rio Grande do Sul. Conforme constatado, esses três grupos de
IntroduçãoAs grandes montadoras da cadeia automotiva global iniciaram recentemente um processo de delegação produtiva junto a seus fornecedores de primeiro nível. Contudo, a prática da delegação produtiva não ficou restrita às montadoras, uma vez que os fornecedores de primeiro nível, bem como seus parceiros, também deslocaram parte de suas atividades produtivas para empresas atuantes nos níveis mais inferiores da referida cadeia, permitindo assim que muitas PMEs (pequenas e médias empresas) atuantes em outras cadeias produtivas se inserissem na referida rede de suprimentos.Uma vez que o desenvolvimento de pequenos e mé-dios fornecedores possui grandes benefícios, tanto para as grandes empresas como para as PMEs, cumpre aqui questionar os motivos da baixa inserção das pequenas e médias na cadeia de fornecimento automotivo.Objetivando entender melhor os diferentes elementos que influenciam as estratégias de desenvolvimento de novos fornecedores automotivos, esta investigação avaliou, por meio de um Estudo de Caso múltiplo do tipo exploratório e indutivo, a relação entre grandes e PMEs atuantes na cadeia automotiva do Rio Grande do Sul.Conforme contatado, a estratégia de desenvolvimento de fornecedores difere entre as grandes empresas do setor, sendo que a opção por uma dada estratégia é influenciada pelo par complexidade do produto final (em nível de nú-mero de itens que o compõem) e o volume de produção.Nas seções seguintes, são apresentados a fundamentação teórica do estudo, os procedimentos metodológicos observados, as informações auferidas e uma discussão acerca deles.
Referencial teórico
Tendências da cadeia automotivaOs novos relacionamentos de fornecimento e localização das atividades produtivas em curso na indústria automotiva global acabaram por influenciar uma desconcentração nas unidades de montagem, o que não necessariamente significa dizer que foram desconcentradas as operações de maior valor agregado. No caso específico do Brasil, os dados apontam que São Paulo ainda concentra 72% de todas as atividades de projeto desenvolvidas na cadeia automotiva nacional (Zilbovicius et al., 2002).
Este trabalho apresenta o processo de estruturação da "Feira Reversa", a qual se revelou uma excelente alternativa na criação de espaços de prospecção para as PMEs (empresas de pequeno e médio porte) junto aos fornecedores de primeiro e segundo nível da indústria automotiva, assim como de outros setores empresariais. Ademais, o referido evento igualmente se apresenta como uma ótima opção passível de ser aplicada pelas grandes organizações para a identificação de novos fornecedores de pequeno e médio porte.
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