O manejo da fertilidade do solo é a base para a busca do aumento da produtividade e inclui a análise de solo como medida para correção da acidez e, posteriormente, aplicações de fertilizantes. O estudo objetivou caracterizar a fertilidade média de áreas rurais do município de Chapecó - SC, a partir do banco de dados de análises realizadas nos anos de 2016 e 2017 fornecido pelo Laboratório de Solos da Epagri - Chapecó. Foram avaliados 147 laudos e interpretados os seguintes atributos químicos do solo: pH - água, saturação por alumínio (m%), capacidade de troca de cátions a pH 7,0 (CTCpH7,0), fósforo (P), potássio (K), matéria orgânica do solo (MOS), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e saturação por bases (V%). Os teores dos nutrientes foram interpretados segundo suas classes de disponibilidade conforme o Manual de Calagem e Adubação para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e analisados por estatística descritiva. A maior frequência de pH ocorreu para valores menores que 5,5 (53%) e entre 5,5 e 5,9 (30%). Para a V% das amostras 9% dos laudos de solo apresentaram valores ≥ 85%, 47% valores de 65 - 74%, 39% valores de 75 a 84%; e apenas 5% destes valores <65%. Praticamente 50% dos laudos das classes texturais 1, 2 e 3 apresentam teores muito alto a alto de P; com 46% dos laudos com teores muito baixo e 21% baixo de P na classe textural 4. Para a CTCpH 7,0 69% dos laudos tiveram CTC média (7,6 – 15 cmolc dm-3) com 100% destas amostras na classe de disponibilidade muito baixo. Nas demais CTCs encontradas a maior frequência dos valores de K ocorreu nas faixas muito alto e alto. Os teores de Ca e Mg tiveram frequência alta (86 e 93%, respectivamente). A MOS apresentou em 93% dos laudos teor médio. Os resultados mostram a necessidade de um cuidado por parte dos produtores e assistência técnica para adequação das doses de nutrientes como o P, Ca e Mg; bem como um cuidado quanto a correção do pH e aumento dos níveis de K em grande parte dos laudos analisados.
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
A conservação do solo em áreas agrícolas pode contribuir para a produtividade e produção sustentável. Nosso objetivo foi avaliar a taxa de perda de massa no processo de decomposição da celulose em sistemas agrícolas, em diferentes épocas de cultivo (mais de 30 anos vs. menos de 10 anos) considerando floresta em unidade de conservação e floresta antropizadas próxima, como sistemas de controle. Foram utilizados sacos de duas malhas (0,5 mm vs. 10 mm) na superfície do solo por 30, 60 e 90 dias em todos os sistemas (agrícolas vs. floresta antrópica e floresta em unidade de conservação). A decomposição diminuiu em um quarto (variação o tamanho do efeito ± -22 a -26%) nos sistemas agrícolas estudados em comparação com os sistemas florestais, evidenciando o processo de decomposição como um bom indicador ecológico. A alta riqueza de espécies e estratos vegetais em sistemas florestais aumentaram a perda de massa em comparação com sistemas agrícolas. A diferença entre 10 e 30 anos nos sistemas agrícolas variou de 3% (na decomposição total) a 7% (na decomposição microbiana), diminuindo em sistemas de 30 anos de uso. Além disso, percebemos que fragmentos florestais próximos a sistemas agrícolas podem funcionar como refúgios para macrofauna detritívora e assim ajudar a preservar este serviço ecossistêmico em áreas produtivas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.