O presente estudo teve como objetivo investigar a percepção do amor, compreendendo como esse sentimento é vivenciado nas relações amorosas em diferentes etapas do desenvolvimento – adolescência, adultez e velhice. Utilizou-se um delineamento exploratório, de abordagem qualitativa e transversal. Foram selecionados por conveniência nove adolescentes, nove adultos e oito idosos, que estavam em um relacionamento amoroso há, no mínimo, seis meses. Todos responderam a uma entrevista semiestruturada, que versava sobre a percepção do amor e como era vivenciado em seu relacionamento. A análise de conteúdo dos dados indicou diferenças e semelhanças entre as etapas investigadas. Em todas elas o amor foi associado ao apoio, cuidado, respeito e confiança, bem como sua vivência evidenciada pela troca de carinhos. Especificamente na adolescência, os relatos apontaram para um amor com características mais efêmeras, porém os participantes destacaram que estavam aprendendo a se relacionar. Entre os adultos se evidenciou um amor caracterizado como sólido e maduro, além do compartilhamento de sonhos e planos para o futuro. Já os idosos relataram que percebiam o amor como cuidado, principalmente devido ao medo da perda do parceiro. Evidenciou-se que a forma como o amor é percebido e vivenciado não está relacionada especificamente à idade, mas às experiências de vida e à relação que se constrói com o/a parceiro/a. Espera-se que os resultados encontrados promovam a reflexão sobre o amor e suas vivências nos relacionamentos atuais e que sirvam de subsídio para fundamentar intervenções que tenham como objetivo fomentar a qualidade das relações afetivas.
Este trabalho relata a experiência vivenciada por um grupo de pais/responsáveis de crianças com dificuldades de aprendizagem que participaram do Projeto de Educação e Ação Social no município de São Leopoldo, em 2014. O Grupo foi iniciado como um espaço onde os participantes (com idades entre 25 e 67 anos) poderiam falar sobre suas expectativas, sentimentos relacionados aos filhos, medos, entre outras coisas. Após encontros no formato de roda de conversa, os pais/responsáveis demonstraram interesse por outras formas de vivenciar aquele grupo. A partir da demanda do grupo os encontros passaram a ter um novo formato, desta vez, no laboratório de informática do projeto. Essa ação efetiva de vontade de mudança e de devir fez com que o grupo escolhesse o caminho das tecnologias e através disso pudessem dar novo movimento a essa experiência. Podese compreender essa desconectividade/ruptura como um movimento de reconexão no qual as coisas começaram a fazer mais sentido no e para o grupo, emergindo novas formas e daí dar continuidade ao processo de aprendizagem. Foram 9 encontros com o uso de tecnologias, dentre elas: Filmes do Youtube; Facebook; Word2007; Cinema. O primeiro contato dos pais/responsáveis com as tecnologias evidenciou as dificuldades relacionadas a esse uso: ligar o computador, utilizar o teclado ou digitar. A partir destes momentos foi então acontecendo um aprendizado coletivo, ao ritmo de cada um e do coletivo, por vezes mais lento e por vezes muito dinâmico. Essa aprendizagem, que a princípio era algo que todos saberiam fazer, foi uma tarefa de vários encontros. A estratégia de educação para aproximar os adultos das tecnologias de comunicação e informação foi desenvolvendo-se à medida que as dificuldades surgiam, naquele grupo e nos encontros: colando no teclado papeizinhos para mostrar os comandos do teclado, aumentando a letra, ajustando o espaço entre uma palavra e outra, criando um e-mail e perfil no Facebook. Dentre as atividades propostas de aprendizagem estavam: encontrar conhecidos e parentes no Facebook e adicioná-los; tirar fotografias e anexar ao perfil no Facebook, criar um grupo coletivo no Facebook do grupo Sala de Espera (que passou a ser Grupo da Família). Alguns com mais dificuldade na escrita, por não terem sido alfabetizados, ficaram com tarefa das fotografias e foram auxiliados pelos outros participantes. Em relação a essa aprendizagem, foi possível identificar e tornar claro para muitos as dificuldades a partir do aprender novas habilidades com os primeiros contatos com as tecnologias e que estas poderiam ser as dificuldades vivenciadas pelos filhos na escola. Da mesma forma foi um desafio para a profissional envolvida com o grupo deparar-se com as demandas que uma prática coletiva e problematizadora de educação e saúde requer: a educação em saúde como processo político pedagógico, pois são atitudes e movimentos que exigem o desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo, permitindo enxergar a realidade e propor ações transformadoras que levem o indivíduo à sua autonomia e emancipação como sujeito histórico e social, capaz de propor e opinar nas decisões de saúde para cuidar de si, de sua família e de sua coletividade e foi possível identificar isso por meio da interação do grupo e das atividades desenvolvidas.
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