Objective: To analyze the demand and use of health services by Brazilian adolescents, according to sociodemographic characteristics. Methods: Cross-sectional study with data from the 2019 National School Health Survey, that assessed 124,898 adolescents aged 13 to 17 years. The crude and adjusted prevalence ratios (RPaj) by sex, age, and school administrative status and their 95% confidence intervals (95%CI) were calculated for the variables “search for a service or health professional”, “search for a Basic Health Unit” and “assistance at the Basic Health Unit”, using Poisson regression with robust variance. Results: The demand for a health service was reported by 56.56% (95%CI 55.82–57.29) of the adolescents and was lower among male students (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94–0.95); those with black skin color (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94–0.97), brown skin color (RPaj: 0.97; 95%CI 0.96–0.98), yellow skin color and indigenous ethnicity (RPaj: 0.95; 95%CI 0.94–0.97); public school students (RPaj: 0.90; 95%CI 0.89–0.90); and rural residents (RPaj: 0.96; 95%CI 0.94–0.98). A Basic Health Unit was the service sought by 74.08% (95%CI 73.21–74.94) of adolescents, more frequently among students of brown skin color (RPaj: 1.06; 95%CI 1.03–1.08), from public schools (RPaj: 1.32; 95%CI 1.29–1.35) and residing in rural areas (RPaj: 1.05; 95%CI 1,01–1,09). The main reason for seeking the Basic Health Unit was vaccination (27,93%; 95%CI 27,07–28,81). Conclusion: More than half of the adolescents searched for a health service, which means that this group has a high demand. However, health inequalities still persist and point to the importance of health care planning, reception conditions, and the quality of care provided.
Objetivo: Descrever as prevalências de fatores de risco e de proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em adolescentes brasileiros em 2019 e compará-las às de 2015. Método: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Estimou-se as prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) dos indicadores de alimentação, atividade física e uso de drogas, segundo sexo, instituição de ensino e Unidade da Federação. Resultados: Em 2019, o consumo de frutas foi 26,9% (IC95% 26,3-27,6), de verduras e legumes 28,8% (IC95% 28,2-29,4), de ultraprocessados 97,3% (IC95% 97,1-97,6) e de guloseimas 32,8% (IC95% 32,1-33,4). Apenas 28,3% (IC95% 27,4-28,8) praticaram atividade física. O fumo entre os adolescentes totalizou 6,8% (IC95% 6,3-7,3) e o consumo de álcool 28,1% (IC95% 27,3-28,8). Ao comparar 2015 com 2019, observou uma redução do consumo de frutas (2015: 30,9% - IC95% 29,6-32,3; 2019: 26,9% - IC95% 26,3-27,6), refrigerante (2015: 27,2% - IC95% 25,6-28,9; 2019: 17,2% - IC95% 16,6-17,8), guloseimas (2015: 40,6% - IC95% 39,0-42,1; 2019: 32,8% - IC95% 32,1-33,4), de atividade física (2015: 31,6% - IC95% 30,1-33,2; 2019: 28,1% - IC95% 27,4-28,8) e aumento da embriaguez (2015: 27,2% - IC95% 25,4-28,9; 2019: 47,0% - IC95% 46,0-47,9). Conclusão: Os adolescentes estão expostos aos fatores de risco para as DCNT. Esses resultados reforçam a importância das estratégias e ações para promoção da saúde dos adolescentes, especialmente por ser um grupo em fase de grandes transformações psicobiológicas e sociais.
Objetivo: Analisar a procura e utilização dos serviços de saúde por adolescentes brasileiros, segundo características sociodemográficas. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019. A amostra foi composta por 125.327 adolescentes de 13 a 17 anos. Foram calculadas as razões de prevalência bruta e ajustada (RPaj) por sexo, idade e dependência administrativa e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) das variáveis: “Procura por algum serviço ou profissional de saúde”, “Procura por alguma Unidade Básica de Saúde” e “Atendimento na Unidade Básica de Saúde”, utilizando a regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: A procura por algum serviço de saúde foi relatada por 55,93% (IC95%: 55,16-56,70) dos adolescentes, sendo menor entre o sexo masculino (RPaj: 0,95; IC95%: 0,94-0,95); aqueles com cor da pele preta (RPaj: 0,96; IC95%:0,94-0,97), parda (RPaj: 0,97; IC95%: 0,96-0,98), amarela e indígena (RPaj: 0,95; IC95%: 0,94-0,97); estudantes de escolas públicas (RPaj: 0,90; IC95%: 0,89-0,90) e residentes da zona rural (RPaj: 0,96; IC95%: 0,94-0,98). A Unidade Básica de Saúde foi procurada por 74,34% (IC95%:73,34-75,3) dos adolescentes e foi mais frequente entre aqueles de cor da pele parda (RPaj: 1,05; IC95%: 1,03-1,07) e de escolas públicas (RPaj: 1,29; IC95%: 1,26-1,32). O principal motivo da procura pela Unidade Básica de Saúde foi a vacinação (27,91%; IC95%: 27,03-28,8). Conclusão: Mais da metade dos adolescentes procuraram algum serviço de saúde, mostrando elevada demanda desta população. Contudo, ainda persistem as desigualdades, o que alerta para a importância do planejamento, acolhimento e qualidade da atenção prestada aos adolescentes.
Objetivo: descrever a prevalência de fatores de risco e proteção para acidentes de transporte terrestre (ATT) entre adolescentes brasileiros. Métodos: foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, de 2015 e 2019, referentes aos indicadores de risco e/ou proteção no trânsito. Foram estimadas as prevalências e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), segundo sexo, faixa etária e tipo de escola. Resultados: dos escolares de 13 a 17 anos entrevistados, 33,3% (IC95%:32,1;33,7) referiram ter dirigido veículo motorizado ou ter sido transportado em veículo conduzido por alguém que tinha consumido bebida alcoólica, 38,1% (IC95%:37,4;38,7) afirmaram ter sido transportados por quem utilizava o celular enquanto dirigia, 17,5% (IC95%:16,8;18,2) referiram não usar cinto de segurança no banco da frente e 30,2% (IC95%:29,4;30,9) no banco de trás, e 27,1% (IC95%:26,5;27,7) dos estudantes relataram ter sido transportado por condutor alcoolizado. Entre 2015 e 2019, o uso do cinto de segurança no banco de trás, reduziu de 33,7% para 30,2%, e de capacete ao andar de moto, aumentou de 84,6% para 88,9%. Conclusão: a prevalência de escolares que dirigiam ou andavam com pessoas sob efeito do álcool ou que usavam o celular enquanto dirigiam foi elevada. Além disso, o uso de cinto de segurança no banco de trás foi baixo. Entre 2015 e 2019, reduziu o uso de cinto de segurança no banco de trás e aumentou o uso de capacete. É necessário d ampliar as estratégias de educação no trânsito para os adolescentes, seus familiares e responsáveis.
Objetivo: identificar as produções científicas publicadas que utilizaram os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) como fonte de dados. Métodos: trata-se de uma revisão de escopo, desenvolvida com base nas recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews e do método proposto pela Joanna Briggs Institute. Foram incluídos na revisão estudos quantitativos ou qualitativos, em inglês, espanhol e português, publicados a partir de 2009. Para o processo de sistematização e apresentação dos resultados, considerou-se as seguintes variáveis: ano de publicação; idioma; autoria; vinculação institucional do primeiro autor; palavras-chave; categorias temáticas e periódico onde foi publicado o estudo. Foi realizada análise descritiva dos dados, a partir do levantamento das frequências absolutas e relativas para cada variável. Resultados: foram incluídos nesta revisão 131 estudos publicados entre 2010 e 2021. Em 2014, 2018 e 2021 houve um aumento expressivo do quantitativo de publicações. A maioria dos estudos foram publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia, Ciência & Saúde Coletiva e Cadernos de Saúde Pública. A principal categoria temática foi referente aos “Fatores de Risco e de Proteção para as doenças crônicas não transmissíveis”. Conclusão: os resultados evidenciam a importância da PeNSE para ampliação do conhecimento sobre as diversas pesquisas e seu impacto na produção científica brasileira. Portanto, reforça-se a necessidade da continuidade da PeNSE, seguindo sua periodicidade trianual e com coerência metodológica para que se tenha a continuidade e o monitoramento dos indicadores ao longo dos anos.
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