O dano que gera fadiga em camadas cimentadas é função dos diferentes esforços que solicitam a estrutura. Este conceito é o princípio da análise de dano acumulado, cujo uma das formas mais utilizadas de contabilização é pela Lei de Miner. Contudo, com o avanço progressivo do dano, a rigidez das camadas do pavimento é reduzida. Baseando-se nesses conceitos, realizou-se um estudo neste trabalho para avaliação de cinco modelos de previsão de desempenho para ruptura por fadiga em camada de Base de Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC), cujo foi monitorada por dois anos em uso. Três deles (AASHTO, 2004; BALBO, 1999; PCA, 1984) utilizam a relação da tensão de tração atuante na camada e sua resistência à tração na flexão. Devido à redução da rigidez da camada, a tensão de tração atuante tende a reduzir ao longo do tempo, gerando uma previsão de vida de fadiga tendendo ao infinito. Os dois outros modelos (SAPEM, 2013; AUSTROADS, 2012) utilizam a deformação específica de tração como critério de ruptura. Como ela aumenta com a redução da rigidez da camada, os dois modelos previram vida de fadiga, porém subestimento as observações em campo. Realizou-se ainda uma calibração destes dois modelos para o trecho experimental analisado, bem como foram definidos os modelos para estimativa do módulo de resiliência da BGTC em função da evolução do dano em cada um dos modelos calibrados.
<p>O setor rodoviário representa o maior meio de transporte utilizado no Brasil, tanto para pessoas como para cargas. As modificações, nas últimas décadas, de cargas máximas e materiais utilizados em pavimentos rodoviários, torna necessário um estudo mecânico dessas estruturas para garantir sua durabilidade. A determinação do módulo de resiliência destes materiais (necessários nos estudos mecânicos) pode ser realizada por meio de ensaios laboratoriais ou por retroanálise de bacias deflectométricas obtidas em ensaios não destrutivos de campo. Assim, diversos programas computacionais podem ser utilizados para calcular as tensões, deformações e deslocamentos que ocorrem na estrutura com a aplicação de cargas. São exemplos destes programas o EverStress 5.0 e o EFin3D, baseados nos Métodos das Camadas Finitas e dos Elementos Finitos, respectivamente. Neste trabalho, realizou-se um estudo comparativo de características elásticas obtidas em laboratório e em campo, sobretudo para estabelecer as diferenças na extrapolação de escalas. Este estudo foi realizado para uma seção de pavimento existente na BR-101/SE, construída com revestimento com ligante modificado por SBS e base de BGTC, para o qual foi avaliado o efeito destas diferenças em termo de tensões, deformações e deslocamentos calculados para cada situação. Pôde-se observar uma variabilidade importante de comportamento da estrutura em campo, principalmente de camada de BGTC e a subjacente a ela. A camada de revestimento também se comportou diferente na comparação campo-laboratório.</p>
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